Introito
Este final de semana, dia 12, falece-me o Wilson, um maravilhoso confrade com quem dividi a mesa nos últimos anos. Uma pessoa com quem aprendi pouco sobre vinho - mais ensinei, não há dúvida, mas de que servem o conhecimento e o vinho, senão para compartilhar? E se não ensinou-me sobre vinho, com seu exemplo e estórias iluminou-me em muitas outras direções: relacionamentos inter-pessoais, paciência com determinação, respeito ao próximo, filosofia, vida... esses assuntos pelos quais a maioria das pessoas se interessa aquém do necessário. O Wilson foi muito, mas muito cedo, para todos os que dele gostavam... aprendi ainda significados mais profundos de amizade e de generosidade, assim como todos que usufruíram dos bons momentos que sua presença naturalmente exalava para todos os cantos a cada encontro. Infelizmente foi vítima de um quase-infarto há 10 meses, situação que levou-o à mesa de cirurgia e à luta pela vida durante toda a pandemia. Faleceu - provavelmente - vítima de outro infarto.
O Wilson deve estar em um lugar bem legal neste momento. Um lugar onde Romanée Conti corre pelos riachos nos arredores e ele desfruta de companhia bem melhor do que a nossa... uma companhia Divina, sem dúvida... Pressinto ainda que ele agora está bebendo vinho de verdade. E rindo para nós. Ou de nós, vai saber... ele não está preocupado, nós é que estamos. Vá lá, meu amigo, tenha conosco um pouco da paciência que nos ensinou. Nós insistimos em ficar por aqui mais um tanto achando que sabemos de tudo, quando na verdade sabemos de nada.
Realmente o querido Wilson foi muito cedo, Carlão... Uma grande perda. Pena que o conheci há pouco tempo. Mas todas as vezes que nos encontramos foram excelentes. Além da simpatia, o Wilson era uma pessoa polida, educada e culta, que tornava nossos encontros muito agradáveis. Deixará muitas saudades, sem dúvida...
ReplyDeleteAbraços,
Flavio
Grande verdade. Ainda levantaremos um brinde a ele.
ReplyDelete[]s,
Carlos