Introito
Róliúdi já nos soterrou em milhares de toneladas de fétido material orgânico disfarçado de suas sequências que danificam nossa inteligência com sequelas graves. Títulos como 'o retorno', 'a vingança', 'agora é pessoal' e assim vai ad nauseam, sobram na programação de tv (suadamente) paga com nossa labuta diária. Que as pessoas acordem desse torpor é, reconheço, sonho de uma noite de verão. O ser humano gosta de famosa lei do menor esforço. E não falo do brasileiro não, falo do Homo sapiens. É triste, mas é a verdade. A parte boa de escrever sobre vinho no brasio é que esse público tende a ser mais crítico, colocando o cérebro a funcionar com maior frequência. Então, se não podemos sonhar com usuários abandonando em massa os canais pagos, ouso imaginar que os bebedores brasileiros algum dia darão um via il culo aos importadores energúmenos e começarão a racionalizar suas compras. Estamos na Era da Informação. Ela se propaga... volto ao assunto.A vingança
De vingança, essa postagem nada tem. Aconteceu apenas que, no meio da degustação dos burge, a vestal Dayane propôs apresentar um vinho na quinta-feira. Foi a deixa para a Noiva de Baco Eduardo Viagens (sic!) imediatamente sugerir outra reunião, dessa vez em minha casa, local oficial dos cultos da confraria. A Noiva de Baco Gustavo ficou de pensar o cardápio, e não demorou para sugerir um Fetuccinne Alfredo com Bisteca Fiorentina. Entre adesões e algumas pessoas impossibilitadas, a adesão do grupo ficou clara e o encontro estava viabilizado.
Noivas de Baco e Vestais do Templo juntos deste Prelado. Da esquerda: Gustavo, Dirlene, Riana, este Prelado, Luciana, Tatiane e o Eduardo tentado operar o celular sem cortar nossas cabeças. Isabela, Dayane, Renata e Ricardo, participantes mais frequentes dos Cultos, não puderam comparecer, o que foi uma pena. Esperamos ainda que outros participantes juntem-se a nós tão logo professem sua fé. Anunciado o cardápio, lembrei providencialmente que sua procedência - Florença - situa-se na região de Chianti, e outras DOCs próximas seriam Brunello di Montalcino e Vino Nobile di Montepulciano. Nunca se perde a esperança de que alguém traga um Brunello, não é mesmo? 😝 Ainda que dificilmente alguém levasse... 😔
A bisteca e os vinhos
Alguém ofereceu entrada com salame e presunto, e claro ninguém recusou. Começamos com um tinto, enquanto o Eduardo não aprecia com o prometido espumante. Também não ouve reclamações. Em dado tempo, o Gustavo apareceu com seu prato, e também não houve quem se fizesse de rogado. Nota-se sem a menor dificuldade um fervor religioso profundamente arraigado em todos... Baco gostou... A maior parte dos devotos acabou comparecendo com Chiantis. A esperança é a última que morre... mas morreu mesmo (rs); ninguém levou um Brunello. Contudo, antecipando o fato, este Enochato guardara algo diverso para contrapor às demais oferendas.
Como último registro, cito conversas com as vestais vindas de S. Paulo. Elas reclamam do preço dos vinhos por aqui, no umbigo do estado. O Akira, vindo da cidade grande para fazer doutorado por aqui nos idos de 2001, já dizia o mesmo em sua época. E pouco tem mudado desde então e até o momento, com a diferença de muitos e muitos compradores locais migraram para a internet como ponto preferencial de compras. Recuperando o dito, a informação se propaga... as pessos chegam de fora com suas impressões, os locais também percebem a diferença de preços cá e lá. Os lojistas, todos eles, parecem conformar-se com a situação. Não é o caminho.
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