R. López de Heredia Viña Tondonia, Vinha Gravonia 2007, 100% Viura, 12% de álcool.
Domaine Bernard Moreau & Fils, Chassagne-Montrachet 2007, 100% Chardonnay, 13,5% de álcool. Seu nome do meio é exuberante.
O Chassagne-Montrachet havia sido muito bem recomendado pelo Flávio Vinhobão. Ficou por mais de um ano descansando na adega antes de ir para o abate. Resfriado a uns 12-14 °C, mostrou-se balanceado, mineral e boa acidez, mas pouco mais além disso. O Akira sugeriu deixar esquentar um pouco mais, e enquanto isso apreciamos o Gravonia, que, por já conhecermos, não resfriamos tanto. Então vamos ao Gravonia antes. É um Crianza, envelhecido 4 anos em barricas de carvalho americano e recomendado servir entre 14-16 °C. Nossa experiência mostra que a faixa 16-18 °C é mais adequada; no limite inferior proposto (14 °C), o vinho perde suas principais características. É um vinho que impressiona, em primeiro, pela longevidade. Esse 2000, assim como outra garrafa já experimentada, estava inteiro. E o pior (melhor?), continuou inteiro no dia seguinte, porque sobrou meia garrafa, por maior que tenham sido os esforços. No nariz, o Akira apontou amêndoas - e prestando atenção, estavam lá, mesmo. Para mim, o cítrico estava muito mais evidente (infelizmente sou um degustador de "primeira camada", apenas; as demais, só com ajuda- rs). Bem mineral, boa acidez, corpo médio, bom final. Seu preço é um tanto proibitivo, mas foi comprado com um desconto próximo a 50%. Na faixa de R$ 100,00, é imbatível. Voltando ao Chassagne-Montrachet a uma temperatura mais adequada, mostrou ótima mineralidade, boa acidez e muito integrada a notas cítricas, com bom corpo e final longo. Final longo em vinho branco eu nunca havia encontrado... e este, além de longo, muito, muito rico. A mineralidade foi o que mais chamou atenção; para quem não conhece muito os brancos, foi uma experiência singular. Em uma palavra: exuberante. O duro é que, custando 50 euros "lá", vai saber o custo por aqui. Como última análise, a frase do Akira diz tudo: "eu não gostava de vinho branco". Percebeu o tempo do verbo, né?
Carlão,
ReplyDeleteBelos vinhos!
E os vinhos brancos têm dessas coisas. À vezes vão-se algumas taças até se "regular a lenta" (acertar a temperatura de serviço), então é prazer total.
Vinho branco na faixa de 16-18° C? Sensacional. Sinal que tinha muito pra mostrar.
Abraço!
Pois é, Alexandre, e assim que vamos aprendendo e compartilhando as informações.
ReplyDeleteObrigado pela visita,
Carlão
Grande Carlão!
ReplyDeleteTondonia e Chassagne-Montrachet! Que beleza! Belíssimos vinhos. Isso aí!!!
No entanto, permita-me fazer minhas restrições quanto à temperatura de serviço. Recomenda-se para Tondonias, ou outros brancos barricados e com mais corpo, a temperatura de 11-13 graus, o que já é acima do que se usa para outros brancos mais leves (7-9 graus). Servir qualquer branco a 16-18 graus é jogar pela janela a sua principal característica, que é ser refrescante.
Abraços,
Flavio
Flavitxo, quem tem que refrescar é ar-condicionado! (gargalhadas)
DeleteComeçamos a beber com o Montrachet a temperatura baixa, e eu estava preocupado: parecia um negocinho sem-vergonha. Respirei aliviado quando o Akira sugeriu aumentar a temperatura e o vinho também melhorou.
[]s,
Carlão
Carlão, como diz o poeta, nós medimos um bebedor pelos brancos. Vc já mostrou que, mesmo negando, tá na parte de cima da lista. Pegou pesadíssimo dessa vez!
ReplyDeleteAbs.
Vitor, é a estória de quem não conhece mas quer aprender. Já assumi não conhecer brancos (nem rosés, nem espumantes, etc); não significa que não consiga gostar do que é bom...
Delete[]s,
Carlão