Sunday, November 13, 2022

Espanholeto 20 II - conclusão

Introito


A discussão nunca foi liberdade de expressão... é sobre uma briga muito asquerosa que está acontecendo. E se você só tomar pé de um dos lados, sem olhar o todo, eu volto a repetir: você é o idiota deste jogo.
Renan Santos, no canal do Youbube no MBL.

Antes, cumpre-nos a nós, os presentes, dedicarmo-nos à importante tarefa que temos pela frente...e que o governo do povo, pelo povo e para o povo jamais desapareça da face da Terra.
Abraham Lincoln, no Discurso de Gettysburg.


Ali Lulá e seus 40 ministérios vêm aí. Ele e seus PTlhos ficaram 16 aos no poder, e, vide ao lado, a ocupação urbana em áreas de risco só subiu. Fonte aqui. Exemplo acabado de um governo do povo, pelo povo e para o povo. Fora, claro, todo o conjunto da obra. Não reclame, Ali Lulá está eleito democraticamente. Só resta-nos aguardar a oportunidade de ejetá-lo de maneira igualmente republicana do cargo. Mas já comentei, esse impixe (sic) será mais difícil do daquele eventualmente levado a cabo contra o mão esquerda do diabo cuja excomunhão tem data até publicada em jornais. Enquanto isso Ali Lulá já vai aprontando das suas: ameaça mandar o Andrada para a fazenda. Sabe, acho que faz sentido. Vejamos o currículo do rapá. Na faculdade, colou do amiguinho


Foi o mais longevo ministro da educação da história deste país (2005-2012), e o Brasil caiu nas avaliações internacionais do Pisa. Na posição de poste, foi apresentado pelo padim Ali Lulá ao famigerado Paulo Maluf - quem se lembra? Olha aqui... - para disputar (e ganhar) a prefeitura de São Paulo, da qual foi ejetado quatro anos depois, em primeiro turno, perdendo para um completo neófito em eleições majoritárias e tendo um número de votos menor que os brancos e nulos. A fonte, inquestionável por ser o próprio TRE, está aqui. Então faz sim todo o sentido esse rapá ser enviado para a fazenda. Na roça, creio, aprenderá a levantar cedo - seus detratores acusavam-no de ser um completo preguiçoso enquanto prefeito, nunca começando e expediente antes das 10:00, ou algo assim - e, capinando, acredito que  tornar-se-á o homem que até o momento recusou-se a sê-lo, exercendo um pouco a tão propalada e nunca vista humildade. Saudemos o novo ministro! Que vá para a fazenda, e não saia de lá... tarde! Preferencialmente saia levando seu chefe junto. Bolsa de apostas: Oenochato aposta em Jean Uilis para a Cultura, afinal ele está sem mandato e tentará re-ganhar (sic) capital (político) para nos perturbar mais uma temporada. Ademais se o Frias esteva lá, o que de pior poder-se-ia esperar? Bem... Malhação não era lá essas coisas, mas Big Bródi?

Continuação daquela degustação de níver

Poderi Luigi Einaudi foi fundado em 1897 e atualmente produz uma gama relativamente grande de vinhos e grappa. Se entendi bem, esse exemplar agora traz a informação de ser produzido no vinhedo Costa Grimaldi localizado em Terlo. Não estou certo de que antes fosse um vinhedo designado. O Akira sempre comenta que abrir Barolos com menos de 20 anos é... Barolicídio (sic! rs!), mas sua experiência com esses rótulos de 30+ anos é calcada em exemplares do Voerzio, um produtorzão pelos comentários espalhados mundo afora. Confesso que estraguei um Domenico Clerico Ciabo Mentin Ginestra 2001 alí por 2018, que aerei por 6 horas antes do início do evento - servido umas 8 horas depois de aberto, portanto - e estava com os taninos completamente verdes. Nessa condição, não adianta deixar o vinho para o dia seguinte. Somente muitos anos mais de garrafa podem amadurecê-los a ponto dele poder ser degustado com prazer. Mas Podere pareceu-me, pelo rótulo, sem indicar uma procedência mais nobre, poder ser degustado com seus meros 16 anos. Tá, uma olhada na janela de beberagem da Wine-Searcher (2011-2026) também me encorajou. Aberto com duas horas antes de iniciarmos com o Champagne, na sua vez mostrou nariz bem rico com abundância de fruta, chocolate e couro, madeira muito discreta, sem sinal visual de envelhecimento e boca com mais fruta, couro e um pouco mineral. Taninos bem macios e ótima acidez conferiram permanência e ótimo final. A dado momento achei que poderia estar melhor que o La Rioja. Sabe aquele momento quando o vinho descansa na taça o tempo exato para atingir um quê a mais, o seu melhor instante, que depois você não consegue captar novamente? Então, nesse triscar de epifania Barolo Terlo alcançou seu ápice. Perguntei para o Akira se o Barolo poderia competir com o Gran Reserva, e sua opinião foi que 'não'. Sem sabe? Importante foi ter acertado seu momento de serviço, embora possa seguramente ser guardado por mais cinco anos sem perder a riqueza da fruta. Como sobremesa tivemos um Icewine Vidal 2016 da Lundy Manor, produtor da península do Niagara. Iwecines são difíceis de se encontrar no Brasil. Até acha, p. ex. o Inniskillin (375 mL) pela bagatela de R$ 851,00. Se citar que viu n'Oenochato e pechinchar, R$ 850,00. E o Bra-sil-il-il-il-il já produziu Icewine! Foi em 2010, quando um pessoal lançou o produto com toda pompa a circunstância, pela bagatela de R$ 189,00 a garrafa de 200 mL (quase USD 100,00 à época). Lembro que pagava (lá fora) USD 45,00 na garrafa (inteira!) do Château Guiraud - agora subiu um pouco. Bem, nosso produto - que jamais provei - seguramente é muitíssimo superior a um mero Sauternes, quanto mais um... um... um... Guiraud! Quem conhece, sabe, e ponto final. Voltando... Lundy Manor Vidal mostrou nariz bem explosivo misturando cítrico bem marcado e mel, com toques de damasco - acho que foi o Akira quem mencionou. Boca com dulçor equilibrado maravilhosamente pela acidez - nem é tão alta, apenas média, mas com harmonia que até choca! Seus 11,5% de álcool podem enganadoramente nos levar a pensar que não tem muito ali, mas quanta surpresa ao prová-lo! Enche a boca, tem ótima permanência e combinou à perfeição com uma torta de cheesecake de frutas vermelhas da Glaceart, ótima confeitaria Sãocarlense. Já havia experimentado essa combinação (mesma torta com vinho de sobremesa) no Ghidelli, e achei que seria a combinação segura para fechar um aniversário. Bateu...

   Como não houve quórum máximo, no dia seguinte fiz um rescaldo. Só apareceu o Duílio. Servi o Champagne tirado da geladeira direto para a taça, enquanto advertia sobre a necessidade de resfriar melhor. Ele fez uma cara de quem comeu e não gostou, e logo partimos para os tintos. Estavam ótimos, 24 horas depois de abertos. Ele cravou o La Rioja como melhor do que o Barolo, e estava mesmo. Mas a surpresa chegou com a segunda passada do Champagne, depois de resfriado. Ele olhou espantado, surpreso, e soltou um Agora sim!, achando-o delicioso. Tenho uma tampa especial para Champagne, e no dia seguinte - mesmo a garrafa tendo ficado aberta durante quatro horas na noite anterior - as borbulhas estavam lá. Sem tanta perlagem, OK, mas ainda foi uma degustação prazerosa. Os nacionais, possivelmente, alcancem exatamente o mesmo nível de qualidade no dia seguinte. Somos f#d@! Então, leitor desavisado, teje alerta para a temperatura de Xampas. Faz toda a diferença. Uma geladeira só não dá certo (sic). O bom é congelador mesmo (40 minutos antes de abrir), e, se sobrar, no dia seguinte o baldinho com gelo sempre! Claro, sem uma tampa especial não ficará tão bom...




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