Introito: Yes, o Óscar é nosso!
Regozijai-vos, PTlhos idiotas, enquanto diretopatas roem-se se inveja. O Óscar é nosso! E mais: o filme foi patrocinado pelo próprio diretor, sem aporte de renúncia fiscal - em última instância, dinheiro suado do povo brasileiro. Uólter é o terceiro diretor mais rico do mundo, atrás de Spielberg e Lucas. Estes produziram, ao longo da vida, aproximadamente 95 blockbusters cada - suaram! -, para acumularem patrimônios de 9.83 e 8.34 bi/dólas, respectivamente, contra algo como 40 bi/reais de Uólter. Quantos blockbusters você já assistiu do Uólter? Não, não. Quantos blockbusters o Uólter produziu na vida? (você não precisa tê-los assistido). Se disse zero, acertou. A fortuna de Uólter advém de escorchar o povo brasileiro à média de 352% ao ano no rotativo do cartão. Não vai duvidar, vai?
Então tá, chupa! O dado é oficial. Bom, até o mais estúpido dos leitores percebe: esse filme foi, de qualquer maneira, produzido com o suor e o sacrifício do povo brasileiro à custa da falta de um mínimo de conhecimento financeiro, que certa vaca em algum lugar disse não ser necessário na educação do brasileiro! Só faltava o rapá ter ido atrás de Lei Rouanet! Mas não fica só nisso. NAP, Nosso Amado Presidente, parabenizou o sujeito! A fonte é de quinta, mas foi a primeira que encontrei; o conteúdo da conversa foi veiculado por diversos programas mais sérios.
Então o fuckin Óscar lavou a alma do povo brasileiro.... Tá. E a tal da Pátria Educadora, (quem está lembrado?!)? O leitor pensa que perguntarei gerou quantos Nobel? Que Nobel, onde! Sonho de uma noite de verão! Nossos programas de ensino geraram quantos... quantos... quantos Prêmios Kalinga? O Kalinga é um importante prêmio para a popularização da ciência, concedido pela UNESCO. O Brasil - pasme! - foi galardoado 5 vezes(!), e o último a recebê-lo foi o professor Bertoletti, biólogo e museólogo, cujo trabalho iniciou-se nos anos 1960 e estendeu-se até 2007, quando aposentou-se. Claro está, portanto, que todo seu trabalho aconteceu antes dos PTlhos chegarem ao governo - e eventualmente financiarem-no. E desde então? Passamos 16 dos últimos 25 anos sob a batuta esquerdopata, e não amealhamos uma única condecoração, em área onde éramos relativamente assíduos: o Prêmio foi estabelecido em 1952, e o ganhamos em 1974, 1982, 1998, 2000(!) e 2005(!!). Nos últimos 20 anos, zero prêmios. É a nota (in)digna dessa turma que acredita-se de alma lavada. Parabéns. E ó (sic): a Argentina ganhou seu primeiro prêmio em 2015. O Milei já pensa em fazer um muro para separar seu país do nosso. Estamos tão bem na fita que até los hermanos pensam em não permitir que nos bandeemos para aqueles lados. Se a Argentina não nos aceita, quem mais nos quererá?
Vinhões na #émuitovinho
Faz tempo que não embelezo (rs!) o blog com uma foto, contentem-se com esta. Em noite animada, começamos os trabalhos com um Côtes du Rhône Réserve, da Família Perrin. Eles são conhecidos pela propriedade mais importante, o Château de Beaucastel, cujos Xatefênis - branco e tinto - são reconhecidos como dois dos grandes vinhos da França. Aqui falamos principalmente do branco Vinhas Velhas e do tinto Hommage à Jacques Perrin, produzido apenas em colheitas especiais. Mas seu irmão menor, o Chateau de Beaucastel Chateauneuf-du-Pape não fica muito atrás - dizem; só provei deste último. Voltando ao Côtes du Rhône, é um corte - claro...- Grenache, Syrah e Mourvèdre (o tal do GSM, típico dessa AoC), tinha nariz muito rico, principalmente calcado em fruta com mais notas - o Ghidelli apontou algo, mas não anotei - e o fato de estar muito novo parece não ter permitido às notas definirem-se tão bem... ou pelo menos não a ponto desde Enochato poder distingui-las melhor. Os taninos estavam presentes, não tão potentes, mas claramente verdes, jovens, precisando de mais tempo para amaciarem e aportarem uma boca mais equilibrada. Não é que falte-lhe estabilidade, é um vinho redondo, bem feito, acidez presente, não tão alta', com boa permanência... ele apenas não estava completamente pronto. Côtes du Rhône '21 regulares provavelmente estariam mais adequados para ser degustados. O problema foi termos em mãos um exemplar da Família Perrin... O segundo vinho não teve muito erro: O Viña Tondonia Reserva 2011 é produzido pela López de Heredia, em Haro, Rioja. Uma das características do produtor é distribuir seus vinhos envelhecidos, praticamente prontos para consumo. Como todo ótimo vinho, seus toques são mais facilmente perceptíveis até para um deficiente nasal como este Enochato: a fruta era vermelha, o carvalho estava lá, firme mas sem excesso, o chocolate era amargo - não ao leite, amargo! -, e não se confundia com café. Ainda, tinha couro, estábulo... taninos bem firmes, boa permanência, ficava mesmo em boca... Não conheço tanto os bons Riojas, embora tenha bebido diversos - existem muitos! -, mas na faixa de USD 40.00 deve ser uma das melhores compras da região. Acompanhou muito bem o preparado (rs) da D. Neusa, carne que se não é bifim o nome invariavelmente me escapa... 🤣. Por sobremesa, um mero Icewine Riesling 2021 Pond View agradou a todos (risos). Icewines são raros por estas terras, e degustá-los é sempre um prazer. Cítrico na frente de tudo e outras notas à damasco ou pêssego, boca com toques minerais, dulçor contrabalanceado pela acidez - como deve ser em vinhos de sobremesa bem feitos - bom e com ótima persistência. Fechou bem a noite. E não foi muito vinho...
Sobre o Côtes du Rhône Réserve
Tubaronice à mão cheia, o Côtes du Rhône Réserve é um vinho de uns 13 dólas lá fora. Preo médio, encontra-se por menos em vários lugares. Isso dá uns módicos R$ 75,00. Aqui, a R$ 250,00, ficamos com mórbidos 3.33x. NAP deveria parabenizar o importador também. Dá quase os 352% do rotativo do cartão. Viva NAP! Lembre-se: em seu primeiro ano de governo (Lula 1) ele destinou 1 bi e pouco para programas sociais, e 96 bi para os bancos. Dá pra fazer uns 96 blockbusters - em um ano! - com essa quantia... às vezes as contas têm um fechamento perverso...
Carlão, só faltou falar que o Uolter, como pagou tudo, levou o Ôscar pra casa....kkkk. E no blockbuster nosso, o prato servido foi Rabada, que pegou na mão do Rondônia e fizeram o próprio roteiro gastronômico.
ReplyDeleteLuigi
Luigi, é isso... rabada... Sempre acho esse nome capcioso, por isso evito... 🤣 Mas falta responder à pergunta: quantos blockbusters você conhece do Uólter? Não que seja sinônimo de qualidade - não é! - mas o cineasta que não o faz ou é um gênio absoluto ou um completo incompetente.
DeleteCarlão, não conheço muitos.. e olha que sou meio cinéfilo.. somente Diários de Motocicleta. Mas não me lembro se ele foi fiel a estória do cara.
ReplyDeleteOi, obrigado pela leitura, e pelo comentário. Vejamos... o caboclo (Chê) foi perseguidor de homossexuais. Foi um assassino sanguinário. Você viu isso na estória? Na dúvida, leia aqui: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1997/6/19/ilustrada/13.html
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