Saturday, January 30, 2021

Postagem dois em um

Introito

   Postagens se acumulando... desde outubro, na verdade 😲... e este travesti de blogueiro fazendo corpo mole... Algumas provas ficaram até sem foto... vai no fio do bigode. Além, claro, do testemunho de quem participou.

As noivas de Baco

   Quem se lembra da postagem As Noivas de Baco? Imaginei - coberto de razão - que as quatro garrafas de tintos e duas de espumantes não seriam suficientes para o... culto. Daí que preparei uma surpresa, degustada às cegas pelos demais bacantes. Estavam lá um Cabra Cega 2017 e um Lavradores da Reitoria Reserva 2015. Já havia degustado ambos com o Jairo da Vinho e Ponto, que representa o Cabra Cega, e as conclusões estão aqui. Para este momento, segui a recomendação do vendedor e aerei Cabra Cega, que foi aberto cerca de uma hora e meia antes da degustação principal. Lavradores da Feitoria é representado pela Enoeventos, e foi aberto somente uns 15 minutos antes de ser servido. Cabra Cega levava então umas três horas de aeração em garrafa. O grupo ficou um pouco dividido: quatro gostaram mais de Cabra Cega, dois gostaram mais de Lavradores. É necessário dizer que este que escreve - como da primeira vez - apreciou mais Lavradores, o que coloca o placar em 4 Cabras contra 3 Lavradores (sic). Preço por preço, Cabra = R$ 84,00, Lavradores = R$ 115,00, foi uma boa disputa. As Noivas (e vestais) saíram satisfeitas. Particularmente, achava que Lavradores fosse levar. Não foi o que se verificou. Viva a diversidade.

Experiências do Gustavo no Bistrô Graxaim

Gustavo, proprietário do Bistrô Graxaim, liga-me perguntando-me se toparia ser cobaia de um experimento culinário. Ô... 😃. Com luz ou sem... e olha que faltou uma hora antes... mas quando cheguei, tinha voltado. A proposta era experimentar um Steak Tartar à Brasileira, com castanhas torradas e condimentos típicos. Defendi-me com um Chateau Teyssier Grand Cru Saint Emilion 2011. O par fez uma boa harmonização, o Gustavo precisou se abaixar e roer um pouco do pé da mesa de madeira de raiva. Não conseguia acreditar como a harmonização dera tão certo. Insatisfeito, ainda comentou que não acreditava o pessoal ter gostado mais Cabra Cega. Ri-me...
   A safra 2011 não é uma grande safra de Bordeaux, mas também não é uma tragédia como aquelas de 2006, 2007 e 2008, que importadores energúmenos andaram socando no consumidor brasileiro até há algum tempo. Comprei uma em 'promo' a R$ 210,00, gostei e na promo seguinte comprei mais quatro. Aqui um comentário: a classificação de Saint-Émilion de 1955 é diferente daquela de 1855 do Médoc, de onde saíram os grandes Bordeaux franceses. Contudo, enquanto aquela é uma classificação estática, a de Saint-Émilion é atualizada a cada dez anos, mais ou menos. A classificação de 2006, copiando a dos Cru Bourgeois de 1932, também terminou em pancadaria, deixando as viradas de mesa dos nossos campeonatos de futebol parecendo missas de Páscoa. De qualquer maneira, ela apresentou os Premier Grand Cru Classé A e B, os Grand Cru Classé, os Former Cru Classé e finalmente os Grand Cru. Quer dizer, tem muita gente na frente de Chateau Teyssier Grand Cru, mas ele não deixa de ser um vinho honesto. Já havia experimentado dele aqui, e ainda com outra garrafa fiz um 'doelo' ('do', de dois) com o chileno Montes Alpha. Contudo aquela garrafa 'miou'. Acho que foi aberta logo que chegou do vendedor, balançada, agitada, esquentada e maltratada (sic), precisando de um descanso. Não sei se tem a ver. Como normalmente costumo guardar o vinho por algum tempo após sua chegada (seis meses, no mínimo), talvez aquela brincadeira tenha sido precipitada. Desta vez, ele se mostrou em toda sua gloria (sic! rs!). Estava bastante bom, similar à da outra postagem. Tem sido vendido por aí, na safra 2015, a R$ 400,00. Um nojo... 

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