Introito
Estupidez infinita não é aceitável e muito menos é desculpa para algo.
Máxima do Enochato
Reunião da confraria
A confraria sem nome (precisamos dar um jeito nisso...) reuniu-se na quinta-feira para acertarmos os vinhos vindos do Canadá. Sentamo-nos Ghidelli e eu com a sra. N e ficamos coçando a cabeça de onde tiraríamos 300 dólas por cabeça para o rateio. Ao fim cada um abriu a carteira e pagou; era mais medo do escorpião dentro do bolso do que falta das verdinhas... Até que selecionei umas tralhas legais, e a própria sra. N aprontou das dela por lá, conseguindo um Faustino I Gran Reserva da excelente safra riojana de 2001. Capaiz (sic) que juntemos minha igualmente ótima safra 2005 e a muito boa 2009 para promover uma vertical desse vinho que em sua safra 2001 foi apontado pela revista Decanter como o primeiro em sua lista de 2013, se não me engano. Não entenda essas listas - por mais suspeitas - como a dos melhores vinho do mundo. Não. São sim boas compras, mas nem de longe os melhores em qualidade absoluta. Veio também um Muga Selección Especial 2005 (disse que era ótima safra, né? Pois...). Enfim, com alguma economia teremos vinho para algumas celebrações especiais pelos próximos dois anos. Parcimônia é preciso. E também temos cada um algumas garrafitxas a mais para alegrar a vida, claro 😃.
Enquanto rolava a conversa íamos nos divertindo com algo mais simples. Saquei primeiro um Villa Blanche Syrah 2019, produção da empresa Languedoqueza (sic!) Calmel & Joseph, cujo Pinot foi comentado aqui. Fiquei surpreso como o buquê agradável batendo forte no nariz. Não que esteja 100% bom, porque senti uma massa de frutas sem conseguir distingui-las. Mas estava lá, bem perceptível. Alguém comentou que as frutas seriam vermelhas. A boca ainda está congestionada, mas senti melhor do que das outras vezes uma acidez de leve. Deve ser mais alta; o pessoal gostou, apontando taninos amaciados e chocolate na boca. Depois servi um Xisto Cru 2014, que deu o ar da graça em várias postagens. Não estou certo se o Ghidelli conhecia, mas ele gostou muito. Apontou buquê à seiva de eucalipto, que para a Dona Neusa traduziu-se em mentol. Para mim a fruta vermelha predominou. A boca mostrou melhor acidez, mas um tanto ligeiro. Para os convivas, a persistência foi considerada boa. Folguei em felicidade percebendo alguma recuperação. Confesso ao inexistente leitor que estava um tanto preocupado, mas depois dessa posso pensar em ameaçar algum vinho de verdade no futuro próximo. Salve Baco!
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