Introito
Preciso começar por um reparo na penúltima postagem. Escrevi assim: Sem algum fator extraordinário, as pesquisas praticamente definiram o segundo turno. A presença constante de energúmenos neste espaço fez-me proferir essa idiotice sem tamanho. É claro que as pesquisas nada definiram. Pesquisa nada define desde sempre. Sem entrar em absurdas teorias de conspiração, com a grande (e vendida) mídia mancomunada contra os brasileiros, torna-se claro que vaticinar um pleito já definido agrada a ambos os atuais primeiro e segundo candidatos nas pesquisas. Querem vender-nos a crença de que 80% dos votos já estão cristalizados, e isso seguramente é mentira. Vamos à tradução d'Oenochato dessa mentira: dos 25% que votarão em lulalelé de qualquer maneira, e dos 20% francos eleitores bolsonésios, 80% estão com os votos cristalizados. Só 80%... quer dizer, nem o suposto 'núcleo duro' desses canalhas está certo de que se renderá de quatro a seus senhores. Não se deixe enganar. Outra falácia diz respeito a um suposto protagonismo do Gê num governo PTralha. Na época do 'pró-mercado' do lulalelézinho-paz-e-amor, da carta aos brasileiros, o vice não era exatamente um político de carreira: Alencar ocupou um único cargo eletivo justamente antes de ser convidado a participar da eleição nacional. Seu posto era ornamental. Acreditar em Gê moderando lulalelé é esquecer o que os PTlhos fizeram com Temer após a eleição da presidAnta: ele ficou escanteado até começar a costurar o destino de seus detratores. Quando estava tudo certo, lançou a famosa carta Verba volant, scripta manent. Inês era morta e os estúpidos PTlhos sequer perceberam já terem ido.
Para aclarar a proposta do voto em bolsonésio para quem acha necessário participar com voto válido na eleição, é necessário enfatizar a escolha aos demais cargos. É óbvio que o eleitor precisa desancar os candidatos bolsonésios! Lembre-se, ele não governará. Até porque mesmo agora, com sua base inicialmente eleita, nada governou. Ele não sabe como deve fazer, percebe? Ademais - recorde-se daquela foto onde as raposas se cumprimentam - o grande risco será votar em deputados estaduais e federais cujo caminho natural será o colo do Nosso Guia. E ele próprio garante-nos: está com tesão de 20 anos! Finalizando: também de pouco adiantará votar em bolsonésio e ficar calado. Isso é desculpa para quem já está propenso a tal, mas precisa de uma justificativa. Para quem votará em bolsonésio, o caminho no dia seguinte será cobrar o impeachment sonegado de nós até agora. O eleitor precisa escolher deputados que combaterão com ele na trincheira de democracia em 2023. Observe que eleitor sozinho não faz verão. Ele precisa do parlamentar em consonância com sua aspiração para espalhar medo (sic) entre os demais que estão lá. Porque a maioria dessa caterva é composta de estúpidos de ocasião. Já para os próprios PTralhas a solução será convidativa: eles terão a segunda chance se aprovarem a deposição de bolsonésio em até dois anos. Com um pouco de sorte, sai em um ano, um ano e pouco.
Tempo demais
A Dayane me uátizappa comentando ter conversado com a Renata acerca do baixo nível de confraternização em suas correntes sanguíneas. Foi a senha para uma reunião de almoço no sábado, e lá se foi todo feliz e faceiro este Enochato estrada afora até Araraquara. Levei, para que elas conhecessem, meu vinho do momento, o Chocapalha 2016. A fruta estava lá, e a especiaria também, mas não peguei claramente o chocolate desta vez. Madeira presente, álcool sempre um pouco a mais, a acidez e os taninos como esperado fizeram, pelo que notei, o vinho preferido da Dayane. Também experimentamos um Delas Frères Côtes du Rhône Saint-Esprit 2018. Curiosamente o sítio do produtor indica um corte Syrah e Granache, embora tenha encontrado a segunda cepa como sendo principal em dos importadores brasileiros. Logo de cara notei a característica sempre comentada pelo Akira para essa região, um buquê adocicado na direção de melaço. Tinha nariz com fruta muito presente e agradável; especiaria, algo como couro/café, taninos e acidez médias com álcool discreto: elegante do começo ao fim, embora de final um pouco curto. Mas ótimo para um Côtes du Rhône. Foi o preferido da Renata. E meu.Acho que como acompanhamento do cupim com arroz e mandioca cozida o Delas foi melhor, pelo conjunto. A Sofia, desta vez presente, acompanhou-nos degustando alguns goles sob supervisão cerrada da Renata, dizendo-nos ter gostado de ambos. E não caiu no sono como já vi muito marmanjo fazer, nem ficou reclamando que era muito vinho. Já está ameaçando o lugar de muito confrade mais tarimbado. Ainda tivemos, preparado pela Renata, um fondue de chocolate com morangos muito bom. Baco reclamou a falta de um vinho de sobremesa, falha indesculpável deste travesti de crítico. Teremos outras oportunidades...
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