Introito
Alguém está sacaneando as galinhas
Nosso Amado Presidente (NAP)
Alguém está sacaneando o povo brasileiro
Oenochato
[Abre parênteses
Não pode haver dúvida, o pateta proclama-se um analfabeto. Ser analfabeto não é demérito, e ser um analfabeto bem sucedido é extrema virtude, e da mesma maneira não vejo o menor problema em um analfabeto ser presidente da República. O problema é quando esse analfabeto - de pai e mãe - sisquece dos anseios da população que o elegeu, deixa de lado suas promessas e senta-se - literalmente! - no colo dos poderosos. Comentado com dados aqui.
Fecha parênteses]
Voltando a mais enganos: presidente competente não gasta tempo fazendo estudo... Ele chama o responsável pela pasta relativa àquele assunto e pergunta. Se competente, o sujeito terá os dados na ponta da língua. Por que não perguntou ao Andrada o motivo da alta? Antes, até - um ministro supostamente é um sujeito ocupado - poderia simplesmente ter perguntado para o Google!
Surpresa na Paduca
A Paduca reuniu-se completa depois de algum tempo, com o Fernando conseguindo um sossego com suas crianças. Ter pais nonagenários(!) - e lúcidos - é uma bênção. Amiga confrade também tem a mãe, e todos da confra sentem-se orgulhosos por ela. Por isso, sabemos tratar-se, quase, de crianças... requerem o cuidado constante dos rebentos (rs), sempre concedidos com grande generosidade e carinho. Tradições não são ruins, às vezes... Mas bem, Paduca completa, vinho do Paulão e deste Enochato a postos, O Quinta de Chocapalha 2019 servido primeiro. Creio ser o primeiro exemplar dessa safra degustado por nós. Tinha sim um pouco do dulçor algo típico dos portugueses, mas encontrei algo diferente. O buquê, logo de cara, tinha algo que ligo com aromatizantes artificiais. Não estou dizendo que Chopalha os tenha - ou que os tenha agora - mas tive a impressão. E, afinal, vinho é impressão, correto? Então tem mesmo, que não sou de ficar com meias palavras à menor suspeita de algo! É uma pegada com doce diferente, e isso às vezes pode ser perigoso... que se liga, sabe...
Voltando, na boca continua ser o nosso conhecido Chocapalha, razoável para seu preço e bom se bem comprado aqui, pelos R$ 100,00, +/-. Muito mais, é tubaronice. Ofereci às cegas um Zuccardi Q Malbec 2018, que causou furor e confusão entre os confrades. Bom corpo, bem frutado, agradou muito na primeira impressão. Opiniões diziam ser superior ao Chopacalha, mas ninguém palpitou num primeiro instante. Duílio deu uma sugestão errada, Paulão oscilou para lá e para cá, e foi o Fernando quem matou a charada, indo direto: Um Malbec argentino. Sim, ótimo palpite! Um vinho com boa fruta, acidez discreta mas presente, não sei como ele pegou logo de primeira. Só um problema: sorvendo doses pequenas e alternando entre um e outro - eu estava no serviço, garantindo (rs) doses modestas e contínuas para todos - na terceira taça já não conseguia bebê-lo com o mesmo gosto: apresentava-se com um doce demasiado enjoativo, e sinceramente não descia! Não é má vontade, foi apenas a percepção daquele momento. Quando voltei ao Chocapalha, o doce não se pronunciava tanto. Comentei com os confrades, eles não perceberam. Não bebi mais dele, enquanto os colegas sorveram-no de bom grado. Achei tudo muito... curioso... Seu valor aqui oscila bastante, entre R$ 250,00 em importador de reputação estabelecida e R$ 120,00 em outra loja que encontrei ao acaso em pesquisa rápida na Internet. Isso sugeriu uma busca no país vizinho, e o resultado de uma única consulta qualquer retornou o valor de R$ 80,00. Cadê a estória de Mercosul? Sim, aqui temos impostos totais mais altos... mas estamos mais próximos, e enquanto Chocapalha, vindo de lugar bem mais distante, mantém-se numa média de 2x, Q insiste em apresentar-se com um preço 3x com relação ao seu valor no país de origem... Para isso NAP não está nem aí... Decididamente, ele não governa para mim, enquanto cidadão. Governa para uma parcela menor de brasileiros. Governa para os tolos. Dizê-lo melhor do que Bolsonéscio, por isso ou por aquilo, apenas confirma a tontice do crente.
A Confraria do Dardo
Marco (esq.) nos chama à sua casa. Havíamos nos encontrado na humilde adega antes do Carnaval, e o Márcio (dir.) estava indócil por mais uma reunião. Enquanto o último não chegava, o anfitrião confidenciou-me uma lacuna na formação afetiva de sua mocidade. Afirmou, antes de dizer qual era, ser tempo de saná-la de uma vez por todas, e a providência fora tomada naquela semana, estando a caminho: comprara o jogo War, do qual jamais jogara quando jovem. Lembre-me - e contei-lhe - de episódios dos meus tempos de república: quando os republicanos estavam voltando a se falar, silêncio mútuo causado pelas desavenças da última rodada desse jogo, alguém surgia com uma brilhante ideia: - Ei, que tal uma partida de War para comprovamos que somos adultos e não vamos mais brigar? E começava tudo novamente...Quem conhece, sabe: War jogado em 3 é um pouco chato. Talvez chamemos alguns membros de outras confrarias para degustar ótimos vinhos e lançar os dados em busca da sorte...
Quem bate os olhos nas garrafas pode ter um insight: o Marco é assinante do Clube do Vinho da Mercearia 3M. Representantes do produtor argentino Familia Cassone, com linha de produtos relativamente grande, seus vinhos volta e meia aparecem nas seleções mensais. Deixarei como exercício para o leitor procurar no Wine Searcher - ou mesmo no Google - o valor desses vinhos no país vizinho e aqui - quem aposta na média de 3x? Ambos são vinhos fáceis de beber, bem frutados, sem o enjoativo travo do Q. Obra Prima Reserva Malbec 2019 pareceu melhor acabado, um pouco mais encorpado, e já amaciado; tem seu equilíbrio - relativo, falta acidez - e pode agradar o público na faixa de preço, talvez uns R$ 100,00. Achei um degrau acima do Cassone Malbec Reserva 2022. Mas o que seria da comparação com um exemplar um pouco mais envelhecido? Para mim, Quinta de Chocapalha 2020, mesmo com a sugestão de batizado por algum aromatizante, ganha pela acidez e melhor conjunto, e não por pouco. Não é tanto interesse dos confrades - ao menos neste momento - fazer comparações mais profundas. E mesmo Chocapalha está ficando fora do meu horizonte de vinhos; se tenho algumas garrafas elas servem para mostrar a bebedores de sul-americanos, como os confrades do Dardo. Estes dias até peguei uma e outra garra em qualidade similar, de outros países, para poder apresentar-lhes algumas opções diferentes. Depois de termos acertado uns 30 dardos na parede, o Marco ainda aparece com um Tarapacá Cosecha Cabernet Sauvignon 2022 que abria no dia anterior. Esse é o vinho de entrada do produtor que mais consumi em minha vida. Infelizmente não tantos Etiquetas Negras, mas pelo menos diversos Reservas comuns. Saudades dessa época.. era boca torta e não sabia... mas pelo não gastava tanto com vinho... Voltando, um vinho mais simples, já aberto, até surpreendeu por sustentar um pouco de fruta e serviu para terminar a noite. Sempre digo e repito: não compro mais sul-americanos, mas provo deles com muito gosto. Afinal, só se pode critica o que se conhece.
*(o crédito do corte é pertence ao Poder360, que por sua vez o pegou em fontes oficiais, canal.gov. É importante demais para ser perdido, razão pela qual duplico aqui. Ainda, está em canal aberto do Youtube).
*(o crédito do corte é pertence ao Poder360, que por sua vez o pegou em fontes oficiais, canal.gov. É importante demais para ser perdido, razão pela qual duplico aqui. Ainda, está em canal aberto do Youtube).
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