Introito
O mão direita do diabo, presidente - dizem que os ex-presidentes mantêm o título - Donaldo Trumphi por pouco não sai caolho de um comício. Caolhice (sic) adquira por distúrbio advindo de AR-15 costuma levar a óbito alguns centésimos de segundo após o surgimento dos primeiros sintomas, dizem. Nunca presenciei. Mas vá perguntar-lhe o que ele pensa sobre a liberdade do cidadão para comprar armamentos até de grosso calibre. Ele pode ser favorável a uma inspeção um pouco mais rigorosa na ficha corrida do comprador, mas duvido que tenha mudado de posição, francamente conivente ao comércio de armas. E não nos deixemos enganar pela sua postura triunfante ao descer da tribuna; esse sujeito quase joga a América - para o bem ou para o mal, principalmente para o bem -, a maior, mais longa e mais estável democracia do Ocidente no caos, há uns poucos anos. Enquanto isso, aqui, o governo volta a restringir a possibilidade do cidadão comum adquirir um revólver que seja, mas nenhuma ação é anunciada para coibir o recebimento de armamentos e munições pelos bandidos soltos pelo país todo. E nem comecei a falar do Taxad. Talvez nem perca tempo com energúmenos, mesmo; estou coberto de vergonha com a aula de um esquerdiota desses que infestam todos os cantos do país. Ele foi destroçado pela direita, e não para menos: a quantidade de besteiras ditas em curto espaço de tempo levou seus detratores a risos debochados em escala industrial(!). Os pândegos estão aqui; começa no minuto 29:55, onde tratam dos memes do Andrada, digo, Taxad. O professor universitário(!) faz uma apresentação de memes, pretendendo dizer quando e onde aplicá-los. A salva de contra-argumentos tira toda a seriedade do discurso logo de cara. Ao longo dos próximos 30 minutos - e vai além... 😣 - o pobre doutor é reduzido à sua real importância sem muito esforço por parte dos algozes. Algozes... precisa haver algo de desumano quando atribuímos essa vileza a alguém... ali foi pura tiração de sarro, ironia fina, escárnio mesmo... O cúmulo do ridículo aconteceu quando o palestrante citou um programa para gerar memes... produzido em 2012! Será que não ficou velho? É tido como um dos precursores de programas para esse fim. Para mim o momento mais vergonhoso deu-se com sua constatação de a esquerda não estar preparada para combater essa estratégia da direita. Foi onde a trupe deixou passar o golpe de misericórdia, e a vergonha ficou apenas no patamar de descomunal - poderia mesmo ter sido pior. Pergunto: o caboclo estuda memes há não sei quantos anos e... nunca municiou a esquerda com suas importantíssimas conclusões e ensinamentos? É isso mesmo?! Só agora vem dizer sobre o despreparo do nosso campo face aos métodos dos adversários? Ele não percebeu isso antes ou apenas manteve-se calado até agora? Gênios da lâmpada...
Rolaram alguns encontros desde a última postagem. Em uma delas eu estava gripado e não consegui desfrutar muito do que foi ofertado pelas confrades; a informação sobreviveu graças à nossa fotógrafa oficial (rs), a Liu, em primeiro plano. Participaram também a Lu(ciana) atrás de mim e a Débora. Teve (rs) um Miolo Millésime Brut 2020. Não estava ruim, se o bebedor sisquecer que existem espumantes de Trás-os-Montes de Portugal, por exemplo. Já ouviu falar dessa região no norte português? Pois é, espumantes bons de 10,00€ chegam aqui por R$ 250,00 ou mais, então fica difícil pensar em comprar. Mas essa desconhecida - para nós - região vitivinícola produz a 10 moedas espumantes de boa qualidade que nos eclipsam, sem muita dificuldade. O Millésime custa aqui R$ 150,00 na página do produtor. Não dá pra levar a sério. Lembro ter um pouco de acidez - o mínimo para qualquer branco (mesmo espumante), mesmo sul-americano - mas meu nariz não estava apto a pegar o buquê. O Shaar-Adonay 2018 do Lídio Carraro, pretende ser (segundo o sítio do produtor) majestoso, profundo e luminoso... Seria desonesto analisá-lo mais detidamente pelo meu estado, mas... fala sério! R$ 230,00 dá seus USD 40,00 (dóla a R$ 6,00, grosso modo), e podemos comprar um La Chablisienne Premier Cru por esse valor. Lá fora, claro... Como já comentei, as meninas são neófitas nestas lides; ainda há muito para provar. Excursões nacionais estão em seu cardápio, e é bom conhecer tudo, sem preconceito, e formar assim um pós-conceito honesto.
Luciana apareceu com um espanhol, o riberense El Lagar de Isilla Albillo Mayor 2021, um Vinhas Velhas dessa cepa (Albillo Mayor) completamente desconhecida para mim. Não lembro da estória dele, mas como ela andou por aquelas paragens é bem possível que tenha experimentado e gostado, trazendo um e outro exemplar na mala. Ela mesma denunciou que aquela garrafa estava sem acidez e não fazia jus ao que fora degustado anteriormente. Às vezes a garrafa mia, por algum motivo... Como a reunião tinha por objetivo discutir a eventual compra de um vinhão na próxima viagem delas, achei legal dar-lhes a ideia do que seria um vinhão... o Torbreck The Factor 2001, do Vale de Barossa, é um australiano muito do meu gosto. Já bebi outros dois Torbrecks, inclusive essa mesma safra do The Factor. De outro, o Descendant, Don Flavitxo deu fé, aqui. Ele estava grandioso... suas frutas passaram por cima do congestionamento do meu nariz, e aquele aspecto tridimensional - sei que tinha - se não marcou com essa característica estranha, ainda sobreviveu às minhas limitações e impressionou com muita fruta. Mas eu não estava mesmo bem, e não consegui pegar mais notas. A boca tinha acidez média com boa persistência - engula, salive e note como ele continua em boca... e não tenho muito mais a dizer, infelizmente. Para elas, tenho certeza, foi uma experiência marcante. Convenci-as a, de repente, investir em um vinho mais... singular... na viagem que se aproxima. Vejamos... Para arrematar servi-lhes um portinho 1994 que provavelmente chegará ao final sem que eu fale sobre... Tentando resolver isso...