Introito - Istoriadodores (sic) de araque
Um povo sem memória é um povo sem história.
E um povo sem história está fadado a cometer,
no presente e no futuro, os mesmos erros do passado.
Emília Viotti da Costa
O primeiro dever do historiador
é não trair a verdade,
não calar a verdade,
não ser suspeito de parcialidades ou rancores.
Cícero
Istoriadores (sic) de araque abundam por todos os lados. Dentre os esquerdopatas, mais; a tradição de reescrever a história é antiga neles, embora tais origens remontem ao Egito. Sim, a citação é de um filme róliúdiano, mas a prática milenar de apagar os nomes de antecessores e tomar para si realizações de outrem está registrada em pergaminhos e foi reconhecida com o emprego de fotografias de alta resolução durante os anos 50 e 60. Nessa época Stalin já se cansara de reescrever a História, e nem estava sozinho; Mussolini - direitóide por excelência - também era craque na matéria:
Mais recentemente, Nosso Amado Presidente - NAP! - parece ter cedido a tais pendores. E na tentativa de reescrever a história baseado em sua inépcia usual, ainda enfia os pés pelas mãos. Vejamos:
Entendi corretamente? Preste atenção!: Algumas pessoas me disseram, Andrada, eu não sei se é verdade... - ótima introdução. Não se compromete, embora nos premie com mais do mesmo: sua ignorância sem limites. - Que quando São Paulo perdeu a... a Revolução de 32, que eu não acho que foi revolução, eu acho que foi um golpe que os paulistas tentaram dar no Governo Federal... Como é que é?! Antes ele não sabia, mas imediatamente entrega-se, produzindo um juízo de valor! O que é pior?, falar sobre o que não sabe ou perpetrar uma ofensa aberta contra os paulistas quando estes insurgiram-se contra um governo provisório que, depondo a administração em curso, prometeu, sem cumprir, a nova constituição da qual, dizia-se (minha vez de sair-me bem!), o país precisava? NAP pretende reescrever a estória, ao sugerir um golpe? Golpe é o que o atual governo perpetra nos mais pobres, quase diariamente e sem remorso, arrastando junto a classe média. Não bastasse, Andrada, um paulista, estudante do Colégio Bandeirantes - o nome presta homenagem a homens baseados em São Paulo cuja coragem e tenacidade esticaram o Tratado de Tordesilhas dando ao Brasil suas imensas fronteiras! - aceita isso como um cachorrinho de madame! Volte lá no filme, e veja se ele não sorria! Assim NAP - NAP, bah! - flerta com a perfeita canalhice pretendendo rebaixar o esforço paulista contra um governo ilegítimo. O Decreto n° 19.398, de 11 de Novembro de 1930, estava claro. Apenas não foi cumprido:
Aliás, notou a fonte a reproduzir o fac-símile original do Decreto? É próprio Istituto (sic) Ali Lulá! Conhece? Não conhecendo, apresento-o:
O níver da Liu
Uma das comemorações do níver da Liu aconteceu no último dia 3. Ela reuniu sua galera do vinho - ou a parte que pôde comparecer -, e este Enochato estava lá... Cada um levaria alguma garrafa, e havia muito para apreciar... belisquei aqui e ali, e comento apenas alguns exemplares. Teve o Anciano Criança Tempranillo 2015, e uma curiosidade associada: no presente rótulo, diz-se que ele envelheceu em barrica por três anos. Havia provado dele anteriormente (aqui!), mesma safra, mas o rótulo indicava dois anos de guarda. Alguém explica? Lendo aquelas notas, este três anos pareceu mais redondo e melhor acabado. Mostrou fruta bem evidente (será 2015 mesmo?), boca com acidez um pouco ligeira e rápido no final, algo surpreendente para um vinho simples com nove anos. Vi na Cave912 por R$ 63,00, e por esse preço enfrenta bem a concorrência, principalmente vários portugueses de supermercado. Ainda, mais arredondado se comparado ao Faustino Faustino VII Garnacha, degustado recentemente em duas safras, e vendido em mega-promo a R$ 58,00 ou sem promo a R$ 98,00. Esse Faustino de fato não me ganhou, embora eu goste de seus Gran Reservas. Rolou um chileno, o Leyda Reserva Pinot Noir 2022. Há muito tempo trouxe do Chile um Grand Vin também Pinot do produtor, e não convenceu pelo preço lá. Não recordo-me muito das notas do reserva, mas este igualmente não convenceu na boca: bem ligeiro, acidez baixa, nada trouxe de novo ao meu conceito sobre chilenos: permanecem caros. Teve outro Pinot, o Fração Única 2021 da Casa Perini. O produtor teve seu Moscatel eleito como o quinto melhor do mundo, ali por 2017, por um painel de jornalistas ou algo assim, mas ninguém colocou o nome na reta. Experimentei e tive a certeza: o mundo faz Moscatéis melhores. Já experimentou um Moscato d'Asti? Experimentei um só, não lembro agora qual foi, mas mantenho na memória algo básico: equilíbrio. Doce sim, contrabalanceado pela acidez. O Perini era somente doce - enjoativo, portanto... Seu Fração Única tinha ótimo buquê, mas a boca entregava todas as características de um vinho simples: sem acidez nem diferencial, muito leve - pouco tanino, também -, rápido e rasteiro. Outro típico caso a despertar a dúvida: como pode ter um nariz tão interessante e uma boca tão singela? Uma possível explicação foi comentada recentemente: aromatizantes artificiais. Não sou contra colocar chips de madeira em tonéis de inox para dar toque de carvalho em vinhos simples. Acho desonesto quando isso é feito às escondidas - fora quando ainda vendem o produto como Reserva... Mas aromatizantes artificiais? Ninguém me perguntou, mas se querem saber, é o seguinte: aceita artificiarias (sic)?, vai beber cococola....
Apareceu um Poeme Grande Reserve Cabernet-Syrah, de garrafa bem bonita mas cuja safra perdeu-se em algum lugar... Um languedoquês (sic) um pouco acima dos já comentados aqui, com bom nariz mas boca quase tão simples quando os sul-americanos já descritos. Batizado também? Tem um pouco mais de estrutura sim, mas competiu com vinhos relativamente fracos - a menos do Anciano, e este pareceu-me acima dele. Assusta seu valor aqui, cerca de R$ 140,00, mas vem de importadora tubarona. Não deve ter custo superior a 4,00€ na França, mas não encontrei nenhuma referência a ele em sites franceses! Dá a impressão de vinho feito para o mercado brasileiro... Este Enochato compareceu com um Quinta do Noval Syrah 2016. O Eustáquio - não falei do vinho dele, um branco - comentou ter sido para ele o vinho da noite. Quando todas as garrafas estavam empilhadas num canto e a turma olhava para as taças vazias, saquei da mochila a derradeira, um MOB Lote 3 2018. Evaporou... Esses já foram bem comentados, não vou repetir-me.
Ao fim e ao cabo, para um encontro onde a estrela foi a aniversariante e não os vinhos, diria o Enochato: teve bão... walew, Liu!
CA para contribuir as pizzas estavam deliciosas o serviço de mesa atenciosos, seu capricho nos detalhes! A honra foi toda minha de tê-los comemorando meu aniversário, entre vinhos, contos, fatos, ensinamentos e lindas risadas, à noite foi especial e quem brilhou com toda certeza foi a Amizade! Meu muito obrigada, adoro estar com vocês. Memória no meu coração Kids, TV bão.
ReplyDelete😣 verdade... nem comentei sobre o lugar do encontro e o prato servido... algum dia aprendo a fazer postagens decentes. Má que teve bão, teve... Obrigado!
Delete😣 verdade... nem comentei sobre o lugar do encontro e o prato servido... algum dia aprendo a fazer postagens decentes. Má que teve bão, teve... Obrigado!
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