Friday, April 1, 2022

DHMO: isso ainda vai matar você

Introito

Novamente as pessoas focam o olhar na direção errada. Enquanto o assunto do momento continua sendo a guerra na Ucrânia - cadê a Covid? -, tema já discutido aqui à exaustão, a mídia nacional e internacional deixa passar ao largo um comunicado da Unric, órgão ligado à ONU, a nos alertar sobre a questão do monóxido de di-hidrogênio (DHMO da sigla em inglês). Essa substância, componente da chuva ácida, associada fortemente ao efeito estufa, foi encontrada em tumores de pacientes terminais com câncer. Fato: enquanto procuramos melhorar nossas defesas imunológicas com antioxidantes, o DHMO alimenta a oxidação das células (e muitas outras coisas mais...), motivo pelo qual (somando tudo!) deve ser considerada uma substância tóxica à saúde humana. Por isso a chamada da postagem: DHMO ainda vai matar você. Mas sabe o pior de tudo? Nossos encanamentos estão cheios disso! Foi falácia completa a proposta, há 60 anos, de trocarmos as tubulações de chumbo por PVC. De nada adiantou! Somos nossas escolhas. As eleições estão vindo. À despeito das surpresas políticas de hoje - o tempo provará que são menores - escolher deputados, senadores e governadores bem preparados para tomar decisões difíceis será mais importante do que a escolha do presidente. Um presidente idiota perante um bom congresso não passará (sic), enquanto um presidente idiota perante um congresso mambembe proporcionará mais um round de explícito mensalão, cujo novo nome é Orçamento Secreto. Por outro lado, somente um presidente e um congresso capacitados nos tirarão da beira do abismo onde estamos. As cartas estão aí, na mesa, viradas para cima. Não tem xadrez eleitoral algum. É Rouba Monte, como já comentado - até o nome combina com a intenção de alguns muitos (sic). O idiota do turno disse que na eleição teremos a luta do bem contra o mal. Grande verdade. Só precisamos fazer o bem chegar ao segundo turno.

Memórias...

Ainda sem poder beber sem estragar o vinho (rs), abuso novamente do leitor e recobro um vinho não postado. Foi degustado em um jantar dois dias depois do meu níver, em novembro de '18. Quando lembro-me dele recobro que bebi um dos melhores vinhos da minha vida. Um dos 10 melhores. Não... um dos 20... Bem... talvez um dos 10... O eleitor decidirá! 😁

O Domaine Pierre Usseglio é uma empresa familiar fundada em 1948 por um italiano(!), Francis Usseglio, que na verdade queria vir para a América do Sul mas tomou o trem errado 🤣 e foi parar em Châteauneuf-du-Pape. Foi nas mãos de seu filho, Pierre, que o Domaine foi aumentado e ganhou fama. Não produzem uma gama tão grande de vinhos, mas existe alguma diversificação. Experimentei o Domaine Pierre Usseglio et Fils Chateauneuf-du-Pape Cuvee de Mon Aieul 2003. Para minha completa surpresa, parece ser um 100% Grenache. Não que um CdP 100% Grenache seja surpresa, mas surpreendeu que esse fosse. Voltando e falando sério: esse vinho impressionou pela potência no nariz e na boca. Lembro que além de empestear impregnar o ambiente do restaurante a ponto das mesas próximas olharem, eram camadas de frutas misturadas com couro, café, fumo. No nariz, a primeira impressão evocava um charuto boiando na bebida. Não qualquer charuto, mas um cubano, e dos bons, como aqueles que o Renê fuma e sempre me oferece uma degustação nasal antes. O que torna esse vinho tão bom é que a boca acompanha o nariz à altura e sem favor desse articulista. Quando o Jacimon recorda-se de um vinho grandioso, menciona-o também: novamente camadas de fruta misturadas a chocolate, tostado e café, com ótimos taninos, acidez muito agradável, taninos já domados (15 anos, à época), persistência e retrogosto espetaculares. Pareceu novo, creio que mesmo hoje a safra deva permanecer em seu auge. Já tentei conseguir outra garrafa, adoraria partilhar com confrades diferentes. É mais um daqueles exemplos de vinho que o bebedor não tem dúvida ao distinguir certas características que aporta; elas ficam muito óbvias. Essa é a diferença ente beber vinhos mais simples e grandes vinhos: nos primeiros - principalmente para os deficientes nasais - temos, ainda que razoavelmente reconhecíveis, sugestões disso e daquilo; nos últimos, as características estão de fato marcadas. Um motivo para que, mesmo em confraria, ousemos beber pelo menos duas taças de bons vinhos para experiências que podem ficar acima do convencional. Paguei por ele cerca de R$ 160,00 (na época... USD 80,00 dólas), valor em Real impensável hoje: lá fora está cerca de USD 150,00. E tem muito pouco disponível. Safras mais novas são um tanto mais baratas...

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