Saturday, August 1, 2015

Fattoria di Travalda 2010: Contraponto

"Custaria facilmente mais de 200 reais se fosse importado por outra empresa",
diz o departamento de marketing... mas...

Poderia custar até R$ 100,00, 
se fosse importado por alguma outra, diz o Enochato



Vejamos: pela tabela abaixo (fonte: Evnoeventos),


  • Na margem média da Cellar, o custo seria algo como 9,50 x 1,62 (margem da Cellar) x 3,76 (cotação do Euro) = R$ 57,87! 
  • Tomando a margem da Delacroix, 9,50 x 1,71 x 3,76 = R$ 61,10.
  • Tomando a margem da Casa Flora, 9,50 x 2.1 x 3,76 = R$ 75,01.

Tá, precisarei fazer contas atá amanhã ou o amigo leitor já entendeu? Aposto que entendeu...

6 comments:

  1. Você deveria abrir uma loja ou importadora para sentir na pele o que é ter uma. As coisas não são tão simples como você imagina. Quer comprar meu estoque encalhado, que paguei à vista?

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  2. Caro anônimo, sem entrar no mérito:

    * É lamentável comentar e não se identificar - embora talvez o tenha feito, ainda que inadvertidamente. O blog é livre para discussão, as postagens sequer são moderadas para que a troca de ideias seja livre mesmo.

    * Mais lamentável é mandar uma tunga desse tamanho para o consumidor, querendo vender (muito) caro um produto que nas mãos de outros teria preço muitíssimo menor, e se fazendo de "legal" ao ofertar algo que "Custaria facilmente mais de 200 reais se fosse importado por outra empresa".

    Agora, entrando no mérito:
    * O senhor foi quem abriu a importadora - um negócio de risco, como aliás todos os outros negócios - então assuma os riscos sozinho, e sem reclamar.
    * Note que o preço original já era ridiculamente alto. Eu quero acreditar que o consumidor está ficando atento e não aceita mais tamanha extorsão.
    * Encalhe, é? Se vendesse a um preço razoável desde o início... será que teria encalhado?
    * Se o preço fosse convidativo, será que as pessoas já não teriam comprado? Sendo o produto bom, não teria sido bem comentado nos blogs? Isso não teria contribuído para aumentar as vendas? Eu chamaria isso de ciclo virtuoso.
    * A mentalidade de reclamar de quem não se deixa ser explorado reforça a falta de foco de quem administra uma importadora e deveria se preocupar em como alavancar as vendas, não ficar contestando pontos de vista diferentes por meio de mero blá-blá-blá.

    Sinta-se à vontade para continuar participando. Mas com melhores argumentos, por favor.

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  3. Sr. Carlos,
    Nota-se pelos seus textos e resposta que objetividade não é o seu forte.
    Além disso, faz suposições equivocadas sobre minha identidade.
    Tenho produtos encalhados sim, que muitas vezes assim o ficam por desconhecimento do público, que prefere vinhos de padrão internacional e bem pontuados àqueles genuínos. Os trouxas que que bebem pontos, e não vinhos, demoram a aprender a escolher com base no produtor e qualidade. O público brasileiro ainda é muito desinformado e facilmente influenciado pelos críticos.
    Certamente podem ser encontradas discrepâncias de preços em diferentes lojas e importadoras. É papel e direito do consumidor escolher o que mais lhe agrada. Deveria ele também considerar como estes vinhos são acondicionados.
    Espero que o Senhor um dia conheça melhor como funciona um negócio em nosso país, e não apenas critique sem conhecimento de causa.
    Saudações e bons vinhos.
    Anônimo

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  4. Caro Anônimo:

    Novamente, sem entrar no mérito:
    Parece-me que divergimos sobre o significado de "objetividade". Mas isso nem é tão importante. Querer desclassificar o argumentador em vez do argumento é o mais vergonhoso e tolo que um debatedor fraco pode tentar. É ranço de uma época da qual a maioria das pessoas não traz boas memórias. É arbitrário.

    Entrando no mérito:
    Na postagem em pauta, eu apresentei números crus. Bem... o que há de mais objetivo do que números?

    Outro ponto: algo que eu critico aqui é justamente o exagero em certos produtores em tornar seus vinhos "internacionais" (vide a postagem de 23/7/2012, "É o terroir, estúpido"). E costumo discordar frontalmente sobre pontuação de diversos vinhos (vide "O Xabec 2008...", de 29/7/2012). De outra maneira, sou sim daqueles que acha o sistema de pontuação uma forma razoável de comparação entre vinhos. Não-razoável são colunistas que se deixam levar por "agrados" de produtores e pontuam mais em função disso do que do mérito em si. Não-razoável são blogueiros declararem que fazem avaliações de vinhos ofertados por importadoras. Eu pago por todos os meus vinhos.

    Minha suposição acerca de sua identidade: pode estar errada, mas não deixa de ser lógica. O motivo é óbvio, pela sua primeira resposta. Pela nova resposta (parece querer negar ser alguém da importadora citada), pode ser então outro importador assumindo as dores de outro. Não tenho medo de errar, posso fazer mil conjecturas a medida que o senhor vá se expondo.

    A destacar, uma pérola: "Espero que o Senhor um dia conheça melhor como funciona um negócio em nosso país". Isso sim é falta de objetividade. Os impostos estão declarados na compra de vinhos em qualquer supermercado, e são da ordem de 60%. Talvez exista algo que o caro anônimo possa explicar mais... objetivamente! Explicar sem meias-palavras, indo direto ao ponto.

    Ademais, falando de acondicionamento de vinhos, algumas importadoras eu conheço pessoalmente sim senhor, e sei do cuidado delas no tratamento do produto. E elas estão no topo da tabela publicada por Enoeventos. Portanto, querer colocar o critério "acondicionamento" como justificativa a margens pornográficas é... apenas mais uma balela. Apresente outro argumento, por favor. Sinta-se livre para continuar a participar, mas, repito, com melhores argumentos. Tentar desqualificar o argumentador em vez do argumento é abaixo da crítica. Estraga até os bons vinhos.

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  5. Sr. Carlos,
    Xabec? Que vinho é este? O Sr. acredita mesmo no Parker e sua equipe, não? Compra e bebe pontos, não vinhos. O Sr. conhece mesmo pessoalmente as importadoras que cita desta tabela e site que eu desconheço? Já visitou o depósito de alguma? Duvido. E por que acha que eu tenho uma importadora? Eu estou sim defendendo aqueles que sofrem com as dificuldades empresariais em nosso país.
    Sugiro que o Sr. beba mais vinho de procedência, conheça os produtores pessoalmente, visite as vinícolas, em vez de beber pontos. Tente se divertir. Sou capaz de apostar que nunca colocou vossos pés em um vinhedo, ou entrou em uma área de produção de vinhos.
    Saudações

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  6. Isso vai requerer algum tempo para responder.

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