Thursday, November 4, 2021

O segundo dia com o Renê

Introito

A transformação (da sociedade) só virá pela soma dos nossos esforços... Nós podemos sim transformar o Brasil por meio do exercício da cidadania, do voto consciente e da participação de cada um de nós nos problemas sociais.
Deltan Dallagnol
4/12/2021,


   Com a falha e decepcionante apresentação de armas pelo Renê na postagem passada, decidi que no segundo encontro faria mais um desinteressado serviço à humanidade na tentativa de desentortar outra boca. Porque em nosso encontro ele não cansou-se (mas cansou a mim e ao Akira! 😱) de falar de ótimos argentinos que ele estava provando. Certo, não há dúvida: Felino (Cobos), Numina, Carmelo Patti, os El Enemigo, os DV Catena em geral, Zuccardi e mais alguns, para citar esses, são sim bons vinhos. Apenas, a exemplo dos chilenos, precisam brilhar sozinhos. E andam muito caros por aqui. Caríssimos, para relembrar os superlativos da última postagem. Mas ele comprou alguns com bom desconto, então mereciam mesmo a citação que nos fez. Mas eles continuam sendo vinhos sul-americanos...
   Sobre a citação desta postagem, o sr. Deltan deixou-me gratamente surpreso pela opção que escolheu. Dispôs-se a largar o conforto de seu (ótimo!) cargo de funcionário público para se enlamear até o pescoço em favor de todos nós. E sua mensagem é clara: a transformação virá por meio da cidadania. Assim como este Enochato reclama contra os importadores energúmenos que enfiam a mão em nossos bolsos sem receio nem cerimônia, outras pequenas manifestações diárias de cidadania é que farão deste país uma grande nação. Resumindo, é assim: se é ruim para os importadores energúmenos e políticos em geral, é bom para o brasileiro.

Dois vinhos de melhor porte...

Estou sempre na linha de frente da disposição de analisar vinhos, por algum viés. Acho que o da qualidade e preço é uma abordagem importante, ainda mais nestas plagas. Daí que destaquei dois vinhos simples para combater um chileno, porque eu já sabia que eles dariam conta do recado, como deram. Mas a semana passada foi a semana do meu aniversário, e nada como começar a aquecer os motores, bocas e taças para uma esbórnia programada e aguardada há um ano (😂). E se o leitor acha que já estou planejando a festança do próximo ano, saiba ele que tenho planejada a de 60... sem pressa, e um dia de cada vez, aguardando os vinhos maturarem, espero apenas que o céu não caia sobre nossas cabeças...

Abri com alguma antecedência (1 hora) o Il Drago e le Otto Colombe 2016 e o Pago de los Capellanes Joven 2019, vinhos já degustados há não muito tempo. O Il Drago mostrou boa fruta, boa estrutura, boca equilibrada, bom corpo com a acidez adequada que tanto prezo e teve boa receptividade. O Renê viajou na maionese sem perceber, comentando que poderia ser ibérico, ou italino... Pow, mas aí só deixou a França de fora, Renê! 😂 O Akira foi certeiro: tem algo esquisito, e para mim algo esquisito costuma ser italiano... E matou na lata. Como o corte é 65% Sangiovese, 20% Merlot e 20% Sagrantino, ele considerou que o estranho na jogada era esta última cepa. Mas acertou a nacionalidade só no buquê, porque não bebe. O Capellanes também teve boa presença, com muita fruta no nariz, corpo médio, acidez menor mas presente, e em comparação o final é mais curto. Mas é aquela velha estória, a comparação que só aparece com ambos os vinhos degustados juntos, taça a taça. Ainda assim fez um bom par com Il Drago, e ambos acompanharam bem um bifim mais leve que o Renê encomendou em algum restaurante local. O Akira, claro, matou que era um espanhol, enquanto o Renê ficou entre espanhol e italiano. Se saiu de S. Carlos mais convencido da qualidade dos europeus, é assunto para outra postagem. A próxima brincadeira é colocar algum europeu com alguns dos vinhos que ele citou no começo da postagem, e dos quais ele comprou diversas garrafas. Os próximos encontros prometem ser eletrizantes... (risos!)
   Ah, sim! Ambos foram comprados na Enoeventos, importadora de onde jamais ganhei qualquer vinho - e não aceitaria! - e que sempre faço questão de citar como ótima opção para vinhos a bom preço. Como de hábito, pago pelos vinhos degustados, o que é posição importante para quem deseja manter a seriedade do espaço. Il Drago está esgotado, mas existem outros produtos da Donatella Cinelli Colombini; a linha Capellanes ainda dispõe de muitas opções, inclusive o Joven. 

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