Sunday, November 14, 2021

Quase no próximo aniversário...

Introito

   O fato político mas importante dos últimos dias foi o discurso de filiação de Sérgio Moro ao pequeno Podemos. Praticamente lançando-se candidato à presidência, entusiasmou a muitos e preocupou diversos. bolsonésio, como de hábito, escancarou o repertório de idiotices:
   - Não aprendeu nada... ficou um ano e quatro meses ali e não aprendeu o que é ser presidente... nem ministro, né?
Bem, todos sabemos que - felizmente - algumas coisas Sérgio Moro não aprendeu mesmo; atalhos cunhados na vileza de acordos nebulosos como a promessa de uma vaga no STF em troca da mudança no comando da Polícia Federal é só um bom exemplo de quem não negocia cargos por convicções: Não estou à venda. Moro passou no concurso para tornar-se juiz, sabidamente muito difícil e que seleciona no mínimo gente muito competente para cargo tão importante. Ao contrário do banana comentado há uma semana (né, astronauta), permaneceu no cargo de Ministro até o momento em que notou não ser mais possível guiar seu ministério na missão para a qual ele foi criado. A consequência mais engraçada foi a reação do medíocre - desde sempre - Ciro Gomes, propondo imediatamente um debate com Moro. Quem se lembra, se não me engano em 20002, quando ele admitiu, após as eleições, que não estava preparado para assumir o cargo? Triste notar que ele nada melhorou desde então; continua um bufão com tiradas à ditador de filme de quinta categoria; o vínculo mostra três situações elucidativas de um mentiroso que já já baterá à sua porta pedindo votos. Lembre-se dos fatos. Não são boatos ou detração. Basta ver o vídeo... e não ser otário nem crédulo. Ora, porque Moro precisa debater com ele? Acredito que sua candidatura registrará traço em mais seis ou oito meses. Petelhos e bolsonéios, tremei; a terceira via ganhou corpo e o próximo passo será acompanhar os esforços de ambos para neutralizar Moro. Muito jogo sujo, mentira e sordidez à vista. A ver...

Um feliz reencontro

Fui escrevendo as últimas postagens e de repente a semana mais do que voou. A comemoração de encerramento do meu aniversário aconteceu no dia primeiro, para aproveitar o feriado do dia dois; pow (rs), registro seu acontecimento quase à véspera 😂 do aniversário seguinte... Vieram o Duílio e o Paulão, infelizmente sem as esposas. O Paulo driblou as restrições sanitárias durante a pandemia, e volta e meia passava para um café. O Duílio já andava sumido um pouco antes dela. De forma que foi um feliz reencontro nos sentarmos à mesa e começarmos a conversar à beira de algumas taças. Bastou o cumprimento inicial - eles chegaram quase ao mesmo tempo - e em poucos minutos a saudade era passada; estavam ali três amigos conversando como se o último encontro tivesse sido na semana anterior. O acompanhamento inicial foi composto por alguns queijos e embutidos. Falcoaria Clássico 2014, um Tejo já comentado outras vezes, casou bem com os embutidos. Fruta agradável e bem perceptível no nariz, boa acidez e taninos maduros agradaram os bebuns. É um vinho de seus 15 dóla 'lá' que aqui anda à venda por 'meros' R$ 99,00. Talvez não valha esses 15zão lá. Doze? Dez? Faça as contas e veja que continua um preção aqui. Se cortassem-lhe as duas pernas e um braço, ainda jogaria um bolão e acertaria um nariz desavisado ao melhor estilo de Pelé contra o Uruguai em '70. Para o Chianti Classico Coli 2016, cumpri novamente o ritual de pelo menos duas horas de aeração. Toscanos e embutidos, tudo a ver; o pessoal gostou muito. Vai então uma das máximas deste Enochato: embora repetindo bastante esse vinho ultimamente, tenho mostrado suas qualidades para confrarias diferentes, e tem agradado sempre. Estavam lá a cereja, a boa acidez no corpo médio e o bom final. Outro vinho de 12 dóla 'lá', por R$ 85,00 aqui: excelente compra. Claro que não é um Chiantão - estes são vinhos de uns 50 dóla 'lá' que vc pode comprar e envelhecer 10, 15 anos, ou pagar 100 'dóla' nele já envelhecido - mas para um Chiantizinho é muito honesto e vale a pena. Pena que, embalados pelo animado reencontro e pela conversa, não tiramos uma foto sequer...

Esta postagem foi movida a um presente de aniversário. Fecho o ciclo voltando ao dia 25 passado, quando a Vestal Luciana, da confraria Noivas de Baco, recebeu ao Gustavo e a mim para um bacalhau, e presenteou-me com um Papa Figos 2019. Até onde saiba, é junto do Estava um dos vinhos de entrada da respeitabilíssima Casa Ferreirinha, produtor do Barca Velha, o vinho tinto seco mais icônico de Portugal. Empresa familiar por mais de 200 anos, foi adquirida pela gigante Sogrape na década de 1980. É um corte de Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz, Tinta Barroca, 13,5% de álcool, nariz com fruta vermelha mas um tanto fechado. Boca com algum dulçor - característico do Douro, mas não aquele dulçor a que estou acostumado. Tem acidez presente, boa permanência, mas a boca também parece fechada. Por ser um vinho mais simples - ainda que de uma grande casa - achei que poderia estar pronto para beber. Ledo engano... 😫; um erro de avalição só possibilitado pela soberba em seu mais alto grau... Deveria guardá-lo por mais dois ou três anos. Infelizmente a Casa Ferreirinha é representada aqui por uma das importadoras tubaronas do mercado, ou compraria algumas garrafas para guardar. Seu preço 'cá' é superior a 3x o preço 'lá'. Particularmente não compraria pelo preço, unicamente. Ainda assim, adorei ganhá-lo...

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