Wednesday, March 16, 2022

Os três mosqueteiros e D'Artagnan

Introito 

 Internamente, estamos gastando tempo (e tempo é dinheiro...) à toa e por nada. Arthur do Val tentou trazer à tona a discussão do Plano Diretor enquanto candidato à prefeitura paulistana. Recentemente veio falando de Pacto Federativo. Sabe o que é isso? É uma confabulação onde o estado de São Paulo envia dois caminhões de dinheiro para a União e recebe em troca uma carriola de balas Chita. Aí não temos como pagar melhor os professores, policiais e outros agentes do estado. Recentemente Arthur foi cancelado (rio disso, cancelamento) assim como Danilo Gentili, Kim Kataguiri, o rapá da bicicleta e quaisquer outros que não falam bem da esquerda tola ou da direita estúpida. O que ninguém comenta é que a próxima legislatura, mais uma vez, caminhará de braços dados com o presidente eleito  até o final de seus mandatos. Em diversos países (EUA, Inglaterra), há uma eleição dois anos após o pleito presidencial que renova um terço do congresso. Se o governo da vez está derrapando, corre o risco de perder a maioria nas casas legislativas. Se a oposição está derrapando, corre o risco de tomar uma carraspana dos eleitores. Só aqui temos que aturar um presidente idiota e um congresso canalha caminhando lado a lado e de mãos dadas enquanto nós é que ficamos na berlinda.
*   *   *

   Externamente, o quarto poder vai ganhando a Guerra da Ucrânia. Esse pessoal em quem não votamos nem nos presta contas vai cavando a caveira do Putin. A direita mundial condena Putin, mas aqui ele é apoiado pela esquerda e pela direita. Ponha a mão na cabeça - ou em outra parte de seu corpo, alguns pensam com outros órgãos - e pergunte-se se isso está correto. Nessa guerra nenhuma potência é mocinho. Nem bandido. São todos patriotas e lutam pelas suas doutrinas. Que doutrinas? De conquistar o mundo, claro. Conquistar, não. Dominá-lo, no médio prazo. Porque no longo prazo os chineses levarão, e isso são favas contadas. Eles nos conquistarão, seja em 200 ou 300 anos; seus planos não são imediatistas. Quem viver, verá... 😝 

Os três mosqueteiros - e  D'Artagnan

O Duílio é um caboclo com quem viajei para o Hawaii, nos idos de '08. Mergulhos com arraias, Pearl Harbor, mergulho com tartarugas em Molokini, uma rodovia cortando a rota da lava (sic) - sem qualquer vegetação, quilômetros e quilômetros de uma aterradora paisagem de rocha solidificada que remete-nos ao inferno - jantar em alto mar para ver o pôr do sol no mar (era um jantar romântico, para casais, entramos de gaiatos e gerou na turma a famosa frase do Duílio, Larga da minha mão, Carlos André!), praia de areia negra (há havia visto no Chile), a Pipeline e 300 revistas pelas autoridades aeroportuárias, enquanto íamos de uma ilha para outra. Um dos oficiais foi extremamente simpático. Visitara o Brasil - Rio - e gostara muito. Os outros, apenas profissionalíssimos. O Paulão, tirando a foto, é um amigo de mais de 20 anos. Conheci-o após sua separação e quando ele estava cheio de interesses pela Dona Cláudia; a galera toda olhava com um sorriso de satisfação, Isso vai dar casamento. Tanto deu que fui o padrinho do noivo. Acompanhei o crescimento das duas crianças do primeiro casamento, e agora vejo o Chiquinho querendo virar homem. O Vinícius já tornou-se; à minha esquerda, é o D'Artagnan dessa estória.

Paduca e seus vinhos

Essa confraria existe há tempos, com reuniões muito incertas. Tentamos tornar os encontros regulares. Paduca - Paulão, Duílio e Carlos - reuniu-se algumas vezes mas nunca teve uma postagem a altura. Agora vai! De reunião anterior, sobrara um Casillero del Diablo 2011(!) Cabernet Sauvignon, que foi trazido pelo Duílio e ficou para trás. Não que esse último encontro tenha sido há um quinquênio(!), ele apenas tinha esse vinho por lá e resolvemos ver como estaria. Não estragou, mas perdeu o pouco que um dia teve (rs!). Sem nariz, sem acidez, sobrou o álcool e um pouco da picância típica da cepa na ponta da língua. Ainda assim fomos carcando pra dentro até acabar, pois meu candidato ficou de lado para respirar e depois precisou ser resfriado. Já na temperatura apropriada tivemos o Carmim Reguengos 2018, vinho de cooperativa produzido em Reguengos de Monsara, cidade próxima a Évora. É um corte de 40%  Trincadeira, 40% Aragonez e 20% Castelão, que mostrou boa fruta vermelha, cacau (café?), corpo e acidez médios e bem integrados, malvadeza tocada a 14,5% de álcool com alguma persistência. Pagou na faixa de R$ 50,00, e preciso dizer que é uma ótima compra. É um vinho de 3 a 4 dólares em Portugal, e seu preço dá um pouco mais de 2x. Queria ver esse vinho servido às cegas em meios a nossos vinhos de R$ 150,00-R$ 300,00. Neguin ia chamar o Putin com seus tanques... Servido por último, após serviço cuidadoso, apresentei aos confrades o Quinta de Chocapalha 2016, Vinho Regional de Lisboa corte de 45% Touriga Nacional, 20% Tinta Roriz, 15% Touriga Franca, 10% Castelão e 10% Alicante Bouschet e 14% de álcool. Por obra de Don Flavitz conhecia sua versão Reserva, comprado em 'promo' há muito tempo. Vinho de importadora tubarona, encontrei a R$ 97,00 (4 garrafas, somente), mas depois a R$ 120,00. É um vinho de USD 12,00 lá fora, então pelos R$ 120,00 ficou subitamente bom. Curiosamente, em outra loja, havia encontrado o Vinha-Mãe, superior ao Reserva, a preço pouco maior que o próprio Chocapalha comum (usualmente R$ 180,00). A fruta é bem mais presente e mais ampla do que em Reguengos, acompanhada de chocolate e especiaria; a madeira dá um toque elegante, a acidez é muito boa, os taninos convergiram e o álcool não escapa. Está ótimo, e pode ser guardado. Esse é o vinho que entra naquela estória do bebedor ter  uma caixa (ainda que de meia dúzia), provar uma garrafa de tempos em tempos e ser feliz. Na foto, consegui caçar o Paulão entre as garrafas. Fez boa figura.

4 comments:

  1. Estou deveras perplexo ao ver as pessoas que defende.

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    1. Sem entrar no mérito: um anônimo que não assume a sim mesmo - muito menos quem defende - vem espalhando ideias tolas por onde passa. Parabéns pela coerência, 'cidadão'.

      Entrando no mérito: seguramente eu ficaria muito mais perplexo ao ver aquelas defendidas por você... mas estamos em uma democracia, então fique à vontade para defender quem desejar onde seu discurso for bem vindo.

      O blog não discute a parte política. Pule-a, já que a leitura do vinho independe da introdução.

      Obrigado.

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    2. "fique à vontade para defender quem desejar onde seu discurso for bem vindo". Ou seja, democracia de araque.
      Devo dizer-lhe que eu defendo o melhor presidente do Brasil.

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    3. O blog é um espaço privado que tem dono regras. Isso é democrático. Duvidar disso é exemplo de 'democratismo' bolsonésio e lulalelesco, o que de pior já vimos nesse país.

      E... defende um presidente que não nomina. Deve mesmo ser o melhor... do supra sumo do extrato de pó de bosta.

      Fim de discussão.

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