Monday, March 21, 2022

Mamertino di Milazzo

Introito

Torcedores de algum time inglês, gente de primeiro mundo, estudada, orgulhosa de suas raízes, vão como carneirinhos tremular suas cores no estádio mesmo após a compra de sua bandeira por um mafioso estrangeiro travestido de empresário. Lembro de um documentário sobre a Segunda Guerra (creio ser The World at War) onde uma mulher perguntava como povo alemão, considerado por ela o mais estudado da Europa, deixara-se iludir por Hitler de maneira tão bisonha. Oitenta anos separam as duas considerações, e parece que nada mudou... Enquanto isso Putin continua em sua campanha desastrada - não tenho acompanhado. Até onde sei, está no ar sua 'proposta' onde a Ucrânia ficaria fora da zona do Euro e da Otan. Claro, ele só a quer fora da Otan. Mas precisa de algo mais para barganhar, caso contrário passará por intransigente. Alguém deve avisar aquele comediante sem graça qual é a saída. Por óbvio a conversa é um pouco mais complexa, existem arestas a aparar. A pergunta que ninguém fez ainda é: quem vai pagar o prejola todo? Escrevam aí: a comunidade europeia, depois que a Ucrânia for aceita como estado membro. Sendo assim, Putin continuará a destruir o que puder, motivo pelo qual o ideal seria alcançar a paz o mais rapidamente possível. Ou não... quem pagará será a população (por meio de impostos), não a banca. Sob essa ótica, a guerra pode demorar mais, já que o Ocidente pode tentar fazer Putin gastar mais de seus recursos.

Mamertino di Milazzo Vasari 2008

Já escrevi sobre esse vinho há dois anos, e chegou a vez de invocar a tão falada frase de Don Flavitxo: melhor um ano antes do que um dia depois, significando ser melhor abrir o vinho mais jovem a arriscar o envelhecimento e ele passar do ponto. O Mamertino estava bem oxidado. Por trás da fruta muito discreta, bem lá no fundo, parece dar mostras de começar a descida para o metacrilato, segundo o Akira (não sei de onde veio essa estranha comparação, mas quem trabalha com química pesada é ele). Para surpresa, prestando atenção, nota-se um fundo herbáceo com chocolate (café?) e fumo. Ainda apresentou alguma acidez, mas a boca mostrou-se bastante rápida, sem persistência. Tem uma pegada ligeiramente balsâmica, indicando que está indo mesmo ao vinagre.  Mesmo tendo começado a bebericá-lo por volta das 21:30 (quase 0:00 agora), não degringolou nem deu dor de cabeça - ainda (risos). Bebi nem um terço da garrafa, evidência de não estar tão apetitoso ou convidativo. Talvez prove um pouco amanhã, em nome da ciência. Ou não... 😑

Detratores

   Nosso amigo detrator apareceu na última postagem para comentar a parte política, inicialmente - então não percebi que poderia ser ele. Não costumo estender esses comentários, mas é incrível: disse defender o melhor presidente do Brasil, sem a devida coragem de identificá-lo! bolsonésios diriam ser bolsonésio (sic); petralhas diriam ser lulalelé... o caboclo não disse quem! Talvez se referisse à Dilma. Quando coloquei fim à discussão - afinal, as regras deste espaço são as minhas! - em mensagem não publicada saiu-se com essa: E devo dizer que você não é dono do blog. É apenas um usuário... continue vangloriando estes seus ídolos e bebendo seus vinhos ruins. Fim da discussão. Observem a quantidade ilimitada de tolices: de onde ele tirou que eu seria dono da plataforma? Sou dono d'Oenochato, óbvio, então aqui, óbvio também, mando eu. É justificável essa tola confusão? Claro que não! Depois, dei por encerrado o assunto e ele escreve como se o fechamento fosse dele! Nada mais patético. Quem tem a decisão de publicar (ou não) um comentário ou seu. Quem então determina sua conclusão? Além de tudo, demonstra não aceitar as regras e usa como último recurso a volta à conhecida tática do ataque pessoal na falta de argumentos: continue... bebendo seus vinhos ruins. Poderia até dizer que esse de hoje seria em homenagem a ele, mas não é verdade. Tamanha estupidez não merece respeito e menos consideração. O vinho estava apenas passado. Acontece, em meio a 300 garrafas. Possivelmente nenhuma comprada na importadora dele.
   O leitor notou a mudança de posição desse tópico, sobre detratores. Não mais abrirei uma postagem falando deles - quaisquer um. Nunca aparece um comentário digno, e as réplicas são cunhadas no túmulo da lógica. Talvez ainda publique algum comentário, como exercício argumentativo e para mostrar que no fundo estou mesmo correto. É mais do que esses pseudo-argumentadores merecem. Obrigado pela leitura!

7 comments:

  1. Sou chamado de detrator apenas por te questionar? Por discordar de sua visão simplista do mercado de vinhos? Nunca te xinguei, apesar de ter sido xingado de diferentes formas por vossa senhoria. Discordo de seu comportamento "democrático". Então você só publica se a pessoa concordar com você? Ou escrever aquilo que você quer ouvir? Isso não é democracia. Aliás, em relação à democracia, devo dizer que meu Presidente é aquele que enxergou e deu um lugar ao sol para pobres e excluídos.

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    1. Lógico que não é chamado assim por qualquer questionamento. É pelo conjunto da obra. 🙄

      Minha visão supostamente simplista nunca foi questionada com argumentos que não fossem rebatidos. Você sim foi no mínimo deselegante com a concorrência supondo que ela não transporta e armazena vinhos corretamente, e apenas para citar um exemplo. Uma grande tolice. Ainda tentou explicar altas margens com a ridícula consideração sobre o custo do transporte dos vinhos até os restaurantes que apresentam os vinhos em seus menus... então seu comprador que nada tem a ver com isso precisa pagar o transporte dos vinhos para restaurantes também!? Dentre outras tolices, claro. Todas rebatidas.

      Nunca me xingou? Memória curta, heim? Estúpido. E isso não é um xingamento, é um qualificativo.

      Discorda de meu comportamento 'democrático'. Mas não obedece a uma das regras mais básicas da Democracia (com D): um homem tem direito de saber quem o acusa. Ou o confronta, neste caso. Vamos lá, idiota. Apresente-se, se for algo diferente de um embuste.

      A prova do respeito da ideia oposta neste espaço está muito bem expressa em nossas diversas discussões. Esqueceu disso também? Aliás, democracia não é, nem um pouco, apenas direitos. Onde estão seus deveres? Esse é o segundo argumento para que se apresente. Não bastasse, democracia pressupõe boa argumentação, o que anda em falta de sua parte. Ou vai recomeçar a repetir as ladainhas de sempre?

      Presidente que dá lugar ao sol aos excluídos.. seu presidente é o bolsonésio, então?! O auxílio emergencial dele supera em muito o bolsa-farelo do lulalelé, em um ano. Parabéns, novamente.

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    2. Quando você compra em um supermercado, deveria saber que eles têm perdas diárias, principalmente em setores de alimentação, onde há perecíveis. Estas perdas, para que o negócio se mantenha, são divididas com os consumidores. Isso aparece no conjunto, não em um setor específico. É uma questão apenas de matemática simples. Ou você acha que não? É correto? Esta é outra questão. O fato é que nenhuma empresa consegue se manter tendo perdas. Uma importadora grande, que tem como clientes restaurantes, lojistas e até mesmo consumidores finais, tem que equilibrar seus custos, senão fecha. Não dá para comparar com importadoras pequenas, que geralmente tem como cliente, geralmente, apenas os consumidores finais. Mesmo assim, elas convivem com perdas, de vinhos que não saem, que vem estragados, que não agradam o mercado etc. Geralmente, isso é coberto com ações promocionais. Para que qualquer negócio funcione, ações de marketing são absolutamente necessárias. No caso dos vinhos, isso significa garrafas e garrafas em eventos. Isso tudo, custa dinheiro. E como o empreendedor consegue equilibrar isso? No preço final. Precificação é algo complexo, muito complexo, que depende de inúmeros fatores. Não é somente ver o preço fora e multiplicar por um fator "X". Depende muito das características da empresa. Por isso, algumas empresas pequenas conseguem, às vezes, praticar preços menores, pois tem custos menores. Estas empresas, ou ficam sempre pequenas e trabalham no fio da navalha, às vezes fecham ou então, crescem e acabam tendo que praticar preços mais altos para suportar o seu novo patamar. Isso é muito fácil de se ver no mercado. Note o que acontece com importadoras pequenas. Elas são obrigadas a trabalhar com portfólios limitados, e isso, às vezes, as leva à estagnação ou até mesmo, retração do negócio.
      Eu gostaria que o Sr., que gosta de voltar aos posts antigos, com citações e exemplos, buscasse neles os xingamentos que fiz à vossa pessoa e os elencasse aqui. Os outros leitores podem facilmente ver alguns dos seus em relação à minha pessoa. É só olhar acima e ver que em poucas linhas me chamou de "estupido", "idiota" e "embuste". O Sr. deveria rever os seus conceitos, sendo mais educado com as pessoas, menos agressivo, mais simpático.
      Fique completamente à vontade para publicar ou não este comentário, pois como afirma e reafirma, o blog é seu. Tenha um excelente dia.

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    3. Um textão que nada traz de novo e mistura muitas coisas. Aqui vai outro.
      Relata que as perdas em supermercados são uma questão de matemática simples, mas que a precificação dos vinhos é complexa. No supermercado: a seção de hortifruti deve sofrer muita perda, de fato, mas não a de arroz e feijão. Pesar essas diferentes perdas não deve ser simples como proposto. É mais complexo do que no caso do vinho. De qualquer maneira, é claro que isso vai para a conta final do preço dos produtos. Todos entendem, e nada há de novo aqui.

      O problema maior é que nosso utente lista, para o caso do vinho, uma sequência de componentes de preço que de fato não fazem sentido - diga para seu cliente que o vinho que ele está pagando custa mais só porque parte das garrafas precisa ser entregue neste ou naquele restaurante. Eu não seria educado na resposta. Quem não é cidadão - e escuta essas explicações com cara de paisagem - fica do lado bovino da questão. Já fui assim. Não mais. Afinal, o que estamos fazendo aqui é justamente questionar tudo isso.

      Preciso repetir um argumento já apresentado: ações de marketing, armazenamento, quebra de garrafas, encalhes, etc. são questões inerentes não apenas ao nosso mercado, mas aos outros também! Ou as garrafas só quebram aqui? Nos EUA a competição é ainda mais acirrada, afinal eles são os maiores importadores do mundo. Onde crê ser necessário mais ações de marketing, aqui ou lá?

      Depois, há outra confusão grave: Não é somente ver o preço fora e multiplicar por um fato "X". Claro que não! Esse fator "X" justamente se origina de uma precificação à brasileira fora de padrão no mundo inteiro. Não pode haver dúvida. Ainda, recobro outro argumento: reportagens escandalizadas denunciam produtos da Apple como custando... 100% a mais do que lá fora. Apenas 100%! E já estão escandalizados!

      Nosso utente fala em xingamentos. Novamente tenho de repetir-me. Classificativos já foram definidos aqui. Definição de dicionário:

      Tolo: 1. que ou aquele que não tem inteligência ou juízo. 2. que ou o que é tonto, simplório, ingênuo, diz ou pratica tolices.

      Idiota: 1. Quem diz tolices ou coisas sem nexo; tolo, estúpido. 2. Pessoa sem inteligência, discernimento nem bom senso; ignorante.

      Estúpido: Que não tem ou não desperta interesse = ABORRECIDO, CHATO, ENFADONHO, TEDIOSO."estúpido", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2021, https://dicionario.priberam.org/est%C3%BApido [consultado em 23-03-2022].

      Note que ninguém está livre de ter uma idéia tola de vez em quando. As tolices que escrevo aqui são registradas na forma de erratas, na maior honestidade intelectual possível. Não edito o texto à socapa, para esconder meus erros. Exemplo: o erro ao comentar o corte riojano, quando disse que a Grenache não faria parte dele. Por outro lado, quem diz tolices sequencialmente, uma atrás da outra, esse sim é uma pessoa idiota. É seu caso. Suas repetições de argumentos já contrapostos tornam a conversa enfadonha, tediosa. Você não aprende. Acredita que repetir a mentira mil vezes a tornará verdade. Para o público bovino, possivelmente. Para o cidadão, jamais. O cidadão pode até não querer comprar briga, mas levará a mágoa para casa. A diferença é que eu compro a briga sim, estúpído.

      A maior confusão é misturar os qualificativos aplicados de maneira correta ao xingamento. Já foi explicada a diferença entre eles (http://oenochato.blogspot.com/2021/04/chateau-letoile-de-clotte-2011-e.html),

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    4. Continuando a reposta, por excesso de caracteres,

      Xingamento é 'filho da puta', 'corno', 'lazarento', termos que escrevo aqui para explicar-lhe didaticamente o que é, de fato, 'xingamento'. Esses termos o senhor não viu aqui. Xingamento usou o utente, ao dizer que fico gritando como uma galinha velha, sem botar ovo. Aliás, galinha não grita, cacareja... Então, por favor, parece com mais essa tolice de achar xingado, porque não o é.

      Retornando às ações de marketing. Existem duas lojas grandes aqui, que compram de diversas importadoras - praticamente só das tubaronas. Pausa: e depois se perguntam por que o público vai embora, comprar na internet. Voltando... os gerentes de ambas são unânimes em dizer que os tempos de vacas gordas acabaram-se, não há mais verbas para degustações gratuitas... desde o tempo da Dilma! Assim, não é mais questão de dizer tolices, agora trata-se de uma mentira. Ademais, nunca fui favorável às degustações gratuitas. As pessoas não dão valor ao que vem de graça.

      Finalmente, a questão do grande/pequeno importador: os grandes importadores, coincidência ou não, possuem os melhores produtores em seus portfólios. Só não conseguem vender porque os preços são de fato escorchantes, e o consumidor não vê nexo em pagar tantos reais por uma mera garrafa de vinho. De qualquer maneira, sua hipótese contradiz as regras fundamentais da escala industrial, onde pressupõe-se que a maior quantidade de mercadorias transitadas contribui para um custo menor, por causa da escala. E perceba, esse argumento também não é novo.


      Por conclusão: observou o tamanho dessa resposta? Sabe quanto tempo custa-me produzi-la, lendo com calma, reescrevendo, sendo didático? E para que? Receber de volta os mesmos argumentos repetidos? Que, claro, nestas páginas jamais passarão a valer só porque mera reiteração? Então, utente, está avisado, e agora é pela última vez: não publicarei argumentos repetidos e voltas intermináveis sobre o mesmo tema. Sinto-me sem paciência para conversas tolas, vindas de estúpidos alucinados. E, se notou, não é um xingamento...

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    5. Desisto.
      Você venceu, como sempre.
      Adeus Sr. Carlos.
      Até nunca mais.

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    6. Assim vai-se o utente, feito Denethor... https://www.youtube.com/watch?v=isPbMSOznvE

      Recapitulando sua passagem pelo blog:

      Veio debater seu ponto de vista - embora houvesse um claro conflito de interesses no questionamento -, deu argumentos e ouviu contra-argumentos.

      Não rebateu nenhum contra-argumento. Tentou novas exposições e repetiu as antigas, na esperança de que sua reiteração as tornassem verdadeiras. Tudo foi rebatido, até com argumentos diferentes conforme o round.

      Chegou mesmo a sugerir que este Enochato abrisse uma loja de vinhos para enfrentar na carne o problema, sem levar em consideração que propunha outro claro conflito de interesses - como um avaliador de vinhos pode vendê-los? A tarefa de vender é dele, não minha.

      Sentiu-se xingado, mas foi apresentado a definições de dicionário mostrando que não era o caso. Por outro lado, xingou. Não bastasse, mentiu, dizendo que não havia xingado.

      Reclamou da falta de democracia do espaço, mas suas reclamações foram publicados e contestadas. Mostrou ter uma definição de democracia bem canhestra: grita pelos direitos, sem assumir qualquer responsabilidade.


      Ao fim e ao cabo, vai-se sem dar maior contribuição à discussão, além de mostrar a face desse pessoal: covardes que não se apresentam e sem argumentos satisfatórios. Um bom retrato da nossa sociedade como um todo, infelizmente. Não deixou saudades. Que vá bem.

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