Monday, July 18, 2022

Imbelicidade infinita no segundo dia do Domínio de Atauta

Introito

Crédito da foto, aqui. Presidentes ruins acabam com a economia de um país. Collor, Dilma, bolsonésio. Mas apenas um verdadeiro imbecil consegue, acima disso, comprometer nossa paz de espírito quando degustamos meia garrafa de vinho restante do dia anterior. Na última vez de bolsonésio nos EUA, chovia. Mais jeca impossível, à porta do hotel subiu a barra da calça para entrar na limo que o levaria à Casa Branca. Ao descer, já na sede do governo do Tio Sam, o marine a recebê-lo arranhou no português: - O senhôr não vai baixár a calça? Ao que bolsonésio respondeu, impávido: - Vou tentar conversar com o Biden antes... E lá, fez pior: depois, subindo a calça - literalmente! - ainda pediu para o Joe dar uma forcinha nas nossas eleições. Poucas coisas nos envergonharam mais; alguém poderia me ajudar? O 7 x 1? Alguém vai gritar: - Mas não foi 12 x 0! Nesta segunda-feira, bolsonésio supera-se: chama embaixadores de dezenas de países para mentir-lhes na cara, dizendo-lhes que as urnas eletrônicas não são confiáveis. As mesmas urnas que garantiram-lhe 8 eleições, or so. As regras da diplomacia precisam ser entendidas: embaixadas não costumam recusar convites. Mas, claro, reportam-se ao poder central. E não duvide, todas elas receberam a mesma orientação: entrar mudo, sair calado. Lulalelé pode ter-se emporcalhado até o pescoço, mas lá fora pelo menos ele era o cara. E bolsonésio, o que é? Ele envergonha-nos sucessivas vezes, deixou até mesmo a Dilma para trás. Como é mesmo a estória daquela música do Falcão sobre a Hebe e o Francisco Cuoco?

O segundo dia do Domínio de Atauta

No segundo dia  a fruta continuava lá, mas cedeu espaço às notas terrosas, agora bem expressas. Não havia notado antes. O couro também continua presente, o álcool desceu um tanto e a acidez continua ótima. A impressão de que a permanência em boca cresceu chama a atenção, e um final marcado (chocolate? café?), com um pouco de Skank e sua Canção Noturna põe-nos a tentar descobrir qual deles seria. Tem algum precipitado, que ficará ótimo com uma miolo de pão. Bons vinhos - e olhe que nem tão caros assim em seus países de origem, pelo número de moedas - trazem-nos essas surpresas, de ainda estarem bons - e mesmo com características novas - no dia seguinte. Não sei se Domínio de Atauta continua sem representante oficial no país, mas está aí uma ótima oportunidade para importadores honestos e que não tenham o consumidor como um estúpido tão grande quanto bolsonésio é um mentiroso.

8 comments:

  1. Que coincidência. Comprei 3 garrafas deste vinho na semana passada em um bota-fora da importadora por 150 cada. Só que era da safra 2010. Tá bom né?
    Abç
    Gustavo

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    1. Olá, obrigado pela leitura.
      Ótimo preço, parabéns. Não sei como foi essa safra, se é isso que pergunta com o 'tá bom né?', mas o preço, sem dúvida está. Quanto à safra... bem, com três garrafas, nada como experimentar uma e avaliar...

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    2. Eu já abri uma no sábado passado. Estava excelente.

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    3. Olhaí... então sabe que pode guardar as outras garrafas mais um pouco...
      Parabéns.

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    4. Logo abro outra. Não sou de guardar, pois não sei o dia de amanhã. Você sabia que muitos vinhos de leilões são de pessoas que morreram sem bebê-los? Não serei um desses.

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    5. Sim, já ouvi falar. Também tem do ditado: 'sabemos que um homem (ou mulher, claro) morreu cedo quando sobraram-lhe algumas garrafas na adega'. Muitas vezes o caboclo tem centenas (ou milhares) de garrafas, e bebeu feliz a vida toda. Cada um sabe o que faz...

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    6. Não conhecia este outro ditado. Mas ele é meio sem sentido. E se bebeu bem a vida toda, mas deixou muitas garrafas, dá na mesma. Jogou dinheiro fora e deixou vinho para leilão, ou para o Ricardão.

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    7. É só um ditado... e no final será lembrado até pelo Ricardão 😂🤣
      obrigado.

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