Sunday, October 23, 2022

Escolha sua tragédia

Introito

   Os ânimos acirram-se. Bob Jeff socou bala na polícia e cantou de galo. Os próximos capítulos serão eletrizantes. Ou não, como diriam os sábios de óculos. O sujeito que um dia mandou Zé Dirceu 'sair daí' para não comprometer um cidadão inocente que era nosso amado presidente Lulalelé agora abraça bolsonésio e seu lema 'Deus, Pátria, e-mais-alguma-tolice-qualquer'. No andar intermediário, um monte de gente estúpida, sem noção e desconhecedores da própria importância além dos restritos círculos a que pertencem - desportistas, 'artistas' e 'influenciadores' (risos!) - pregam votos em um ou em outro. Alguém acredita nessa turma? O suprassumo do extrato de pó de titica de galinha chegou na forma da declaração de um cantor obscuro, tido por muitos como intelectual porque, em sua fase relativamente produtiva tropeçou em duas ou três boas rimas: Os bilhões (roubados) da Petrobrás são nada comparado com esse projeto. O baguá assume que a Petro foi aliviada em bilhões e relativiza, aferindo que um escândalo desse tamanho é 'nada'?! E que, supostamente, bolsonésio é um perigo maior? Não pode ser. 'Bilhões' já é a ordem de grandeza do valor da empresa. E ela quase faliu nas mãos dos PTralhas. Alguém está muito, mas muito errado nessa estória. E claramente não sou eu...

A fonte do vídeo está aqui.

   Aqui, no térreo, gente que jamais na vida moveu os fundilhos para qualquer manifestação política agora é ativo cabo eleitoral de um tranqueira-genocida ou de um ladrão-corrupto. Recebo manifestações de ambos os lados, justificando por qual motivo deveria votar em 'a' ou em 'b'. Só queria que me respondessem o seguinte: para que votar em um ou outro se no dia seguinte à eleição estarei na oposição?! Deixo registrado meu pedido antecipado para Papai-Noel: que bolsonésio ganhe por um voto. Vou virar para os lulaslelés apontando o dedo e dizendo ser bem-feito, pois se eu jogasse meu voto nulo em lulalelé o empate garantiria a cadeira a ele, visto que o critério de desempate é o candidato de maior idade. Ou conceda-me o bom velhinho que lulalelé empate - e leve justamente pela maior idade. E vou virar para os bolsonésios e dizer que faltou justamente o meu voto para sua vitória. Está registrado aqui! 🤣 Em caso de resultado tão apertado, meu voto nulo terá sido o fiel da balança! 

Encontro Nix e as Moiras

O grupo Camarão com Pão, sucedido pelo Camarão com Vinho, assumiu sua forma final, Nix e as Moiras, nome retirados da mitologia Grega. A (boa) sugestão foi da Luciana, inicialmente repelida pelo articulista um tanto insatisfeito com a possível conexão entre Moiras e o... o... o 'Juiz', como dizem os PTralhas. E, claro, coisa alguma, tipo Petrolão, jamais aconteceu, a despeito da caetaneada que esta semana transformou nossos ouvidos em penico. Mas voltando... havíamos falado em desfrutar de um vinho com camarão em meu níver do ano passado(!) 😣, e por falta de agenda para testes o evento foi passando... até que rolou sem teste mesmo! A Dayane na foto, este Enochato, a Luciana, a Renata com a Sofia; atrás, o Akira.


Abrimos os trabalhos com o Mirabeau Pure 2020, um rosé delicado produzido na Provence, corte Grenache e Syrah, com buquê discreto até melhor nariz contestar (rs), fruta leve e algum detalhe que passou. Acidez quase média (sic), boca não muito complexa e ligeira, leve demais principalmente se perdemos um pouco a temperatura. Deve-se ter cuidado e servir em pequenas porções para mantê-lo agradável. Tivemos um Petit Chablis Pas Si Petit 2020, produzido pela La Chablisienne. Um 100% Chardonnay de Chablis (como todo Chablis!), deve ser o vinho mais simples do produtor e não me encantou, confesso. Tem sim sua graça, mas falta um pouco da força característica dos irmãos maiores. O toque cítrico está presente no nariz, acidez média, boca sem tanta mineralidade - mas está lá, precisa de atenção - também um algo rápido. Basta notar a garrafa, sobrou um bom tanto... Na esteira veio o Premier Cru Beauroy 2018, do mesmo produtor. Está mais no estilo que gosto, nariz mais pronunciado e complexo, embora não consiga separar bem as notas. Sempre penso identificar abacaxi na primeira cafundaga, mas quase nunca é (risos!). Acho que alguém comentou maçã. A boca é bem viva, a mineralidade se expressa numa pontinha de sal facilmente perceptível. Boa acidez e permanência, equilibrado. O Akira achou um pouco novo, mas não atinjo essa percepção. Para mim estava bastante bom 😋. Seguiu-se um Chablis Grand Cru Valmur produzido pelo Jean-Paul & Benoît Droin, cuja história remonta a 1600 e pouco. Com parreirais distribuídos pelas melhores zonas de Chablis, seus vinhos são muito respeitados. E muitos deles não são caros... nariz com frutas mais distintas - peguei damasco e casca de laranja, ou algo nessa direção, e alguém mais apontou outra fruta;  boca com mineralidade ainda mais marcada, ótima acidez com larga permanência e final delicioso. Acho que está no ponto para ser bebido. Valeu a pena ter guardado a garrafa por seus 8 ou 10 anos. Camarão a provençal e Chablis é uma combinação clássica, e funcionou muito bem. Sob preparo da Luciana, que já treinara solitariamente mais de uma vez antes (risos!), ela acertou a mão e em algum momento cada um suspirou e curtiu seu gole de vinho com camarão. Ainda tivemos um borgoinha tinto levado pelo Akira e um Sauternes Château Doisy-Védrines 2016 para fechar com sobremesas - não fotografei... Teve bão, senão os vinhos, as companhias sem dúvida! E ainda iniciei a Sofia aos vinhos de Chablis, sob olhar atento da mamãe Renata. Sofia gostou...

2 comments:

  1. L rouba mas faz. Pense bem no próximo domingo.

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    1. Até o slogan vocês roubaram do Maluf?! Deixaram-no pelado no meio da avenida Paulista?! De fato, reduziram-no a um trombadinha, não é mesmo?
      Bom, JB também... faz muita fuzarca. O país jamais será o mesmo depois dele! Pense nisso. 😂

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