Sunday, October 16, 2022

Xatenêfi de pobre de novo

 Introito


Apenas um estúpido de pai e mãe chama burguesa
À cigarra que economiza seus recursos para o inverno
Dito d'Oenochato

Dito d'Oenochato



Uma boa parte dos alemães não apoiava Hitler até o nazismo estar infiltrado nos corredores do poder na República de Weimar. Outros tantos deixaram-se iludir por ele e sua corja. Sem aplicar o mínimo senso crítico ao que se desenrolava à frente de seus olhos, o povo mais estudado da Europa, quando deu por si, era refém de um estado-bandido. Mas houve alguns que resistiram... ainda que silenciosamente, não curvaram-se frente à iniquidade. Convenhamos, àquela altura pouco havia par ser feito; o cidadão de bem não pode pegar em armas para resolver seus anseios ou frustrações; se o faz, torna-se tão bandido quanto aquele que deseja apoiar - e se seu suposto herói fosse merecedor dessa honraria - de herói -, seguramente não deixaria a situação política chegar a tal ponto, e muito menos apoiaria tais soluções. Um verdadeiro líder jamais falaria algo como 'meu exército' ou 'minha polícia'. Assim, para ter o direito de discordar de qualquer um dos néscios que vença a próxima eleição, meu voto repetirá  o do primeiro turno, e será nulo. Recobrei a memória perdida dessa foto escutando esta ótima reflexão sobre o pós-eleição.

Xatenêfi de pobre

Já abordei esse vinho aqui. Com uma visita rápida do Luciano, e pensando em apresentar-lhe uma boa opção de franceses - seara onde ele começa a trilhar os primeiros passos - peguei minha última garrafa de Cellier des Princes Vacqueyras 2018. Aerou um pouco antes de começarmos a degustar, e chegou com sua boa fruta e especiaria no nariz, para não desapontar. O Luciano observou notas de couro, e prestando atenção tinha mesmo. Vai longe esse rapaz; ao contrário de mim não vacila muito em reconhecer esses detalhes. Gostamos da boca, com taninos muito macios, acidez aproximando-se de média, alguma permanência e uma picada de especiaria. O Luciano ameaçou - e cumpriu - fazer um burgue (sic) com seus condimentos preferidos e acertou bem no prato: bacon, queijo e um molho barbecue trazido sei lá de que entranha de vulcão (risos!), deu um toque diferente ao conjunto e fez bom par com o vinho. Seu custo atualmente é R$ 176,00/150,00 no Enoclube da Enoeventos. Lá fora, encontrei, também em condições 'enoclubísticas' de €20,00 por €16,00. Acho que é superestimado para €20,00, em função de outras opções; €15,00 estaria mais honesto. Até porque por €25,00 começamos a encontrar boas ofertas, por exemplo, do Quinta do Crasto Reserva Vinhas Velhas, e a competição fica difícil para o lado do Cellier des Princes Vacqueyras... o mercado se autorregula... De qualquer maneira, se comprar por R$ 150,00 aqui, não é negócio ruim; o preço médio do Crasto Reserva Vinhas Velhas é R$ 400,00...



No comments:

Post a Comment