Monday, May 29, 2023

Evento da Mercearia 3M - parte III: teste de campo

Introito: encerramento do encontro


A Salete lembrou-se de registrar parte da turma que circulou pelo evento. Dentre uma galerinha que volta e meia encontra-se ou na Mercearia ou no Shot, estavam este Enochato, a Aninha, a Thais mais atrás, a Tatiana, a Salete ao meio com o Eduardo da Caminhos do Turismo e a Ana. Um pouco mais atrás, tímido, rapá que só viria a conhecer em degustação no meio da semana seguinte, o Moisés. Salete enviara a foto em tempo do fechamento da última postagem, mas na pressa para postar e sair correndo (rs) para outra degustação em pleno domingo - aguardem, tem mais besteira vindo por aí - acabei deixando passar. Fica o registro de uma galera que tornou a noite muito agradável...

Teste de campo do Calcu Gran Reserva Branco

Paulão liga convocando para comemoração da formatura do Vinícius, cuja colação de grau vem aí. Na foto, Vini à minha frente, junto de Paulão e Dona Claudia; ao meu lado a Jéssica e o Francisco, filho mais novo do casal. A provocação - comida japonesa - não poderia ser melhor: no ato lembrei-me do Calcu branco. Encontrei a família reunida degustando um Vinha da Defesa Branco 2018, já comentado aqui. Sem surpresas: mostrou seus toques cítricos, acidez presente, boa persistência e final. Costumo comer mais sashimis e nighiris, (salmão e atum), deixando variações mais condimentadas de lado. Harmonizar cozinha japonesa é difícil; se começar a inventar com mais temperos e variações, nada funciona... Defesa não fez feio; se não foi uma harmonização com "H", não nadou contra a corrente. Servi Calcu Gran Reserva 2020 e logo ouvi dois suspiros enquanto Paulão olhou-me feio e disparou: O canalha recomenda vinhos e depois traz essas coisas diferentes para acabar com o que comprei! 😔 O mundo não é perfeito... 🤣. Enquanto Calcu também repetiu as notas já descritas aqui, para os novos provadores foi uma descoberta feliz; a mesa toda preferiu o chileno ao português. Sim, ele está mais fresco - é 2020! - contra um vinho algo envelhecido e tem a seu favor a madeira cuidadosamente harmonizada. Sua maior acidez e frescor de fato aderiram com mais graça aos peixes, conquistando os convivas. Tecnicamente, reputo Calcu como melhor. Não harmonizou (com "H") tampouco, mas apresentou-se melhor. Agora vejamos os valores.

   Calcu custa no Chile entre 6 e 10 'Luca' (1 Luca = 1000 Pesos Chilenos), o que dá entre USD 7,50 e USD 12,50 (R$ 38,00 e R$ 62,00), na safra 2021. Defesa tem um valor de marcado mais constante nas lojas de Portugal, cerca de 6,70 a 7,20 Euros (R$ 35,50 a R$ 38,600). Olhando o preço inferior de Calcu no Chile, não é injusto classificá-los na mesma faixa de preço para o consumidor, em seus respectivos países. No evento da Mercearia - se não estou enganado - custava R$ 90,00, mas encontrei Calcu na internet por R$ 80,00. Tomando por base o menor preço do Chile dá cerca de 2x para os R$ 80,00 do Laticínio Marcelo. Se custar muito mais, está caindo na tubaronice... Defesa, conforme já comentado, é um bom vinho na faixa do R$ 60,00 - dá menos de 2x! - e mencionei não valer os R$ 95,00 regulares cobrados amiúde por aí (2.7x...). Vemos agora um chileno batendo um português - e um português tradicional - em preço e qualidade. Os importadores que se emendem. Não tenho o menor constrangimento em reformar opiniões antigas e mudar de vinho. 

Calcu, no Brasil


Calcu, no Chile



Defesa, no Brasil

Defesa, em Portgal




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