Sunday, July 5, 2020

Mais um pega-pá-capá à portuguesa

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Introito

   O leitor atento lembra do Jairo. Empresário do ramo de café, em dado momento comprou um ponto que também tem duas franquias, uma de chocolates e outra de vinhos. O pessoal (conhecedor) do café, quando bem orientado, tem uma vantagem grande sobre o pessoal do vinho. Aquela estória da acidez, que é-me tão cara. Em seu curso para amantes de café, o Jairo apresenta como 'lição' a brincadeira de desenhar uma língua e começar a notar as diferentes percepções para diferentes preparos do mesmo café. A acidez despertada pelos diferentes preparos toca diferentes pontos da  língua do degustador. Acho que o curso dele seria indicado para a maioria dos sommerdiers (sic! rs!) da região. Num raio de 200 km, daria Bauru de um lado e Campinas do outro. Um dos vinhos degustados vem da loja do Jairo, que é representante da Vinho e Ponto em S. Carlos.

Os vinhos

Cabra Cega 2017. Produzido pela Casa Santos Lima, o maior produtor do Vinho Regional Lisboa segundo dados do sítio. Mistura de Touriga Franca, Castelão e Syrah, mostrou fruta vermelha bem marcada, taninos, acidez presente. Para meu gosto, um pouco de extração em excesso retirou o caráter mais facilmente reconhecível de um vinho português. Isso não é um defeito, é uma característica desse vinho. Santos Lima produz ainda uma grande quantidade de rótulos, dentre eles o Azulejo e o Quinta de Bons Ventos, que já apareceram por S. Carlos via outros importadores. Hoje são vinho mais encontráveis em supermercados. Com este 'dóla' a R$ 6,00, Cabra Cega custa lá fora R$ 50,00. Conta de padeiro, esse 'dóla' está 30% mais caro do que o 'usual'. Recalculando, preço lá = R$ 35,00. Preço cá, uns R$ 80,00. Dá uns 130% de margem. Acho que não dá para colocar no time dos mocinhos. Tem bandido mais malvado? Puuuuu... um monte. Só não estou certo que de que isso seja desculpa...
Cheda Lavradores da Feitoria 2016 e Cheda Lavradores da Feitoria Reserva 2015. Já comentei sobre estes produtor, o Lavradores da Feitoria, ao falar do Quinta da Costa das Aguaneiras 2011. Está aqui. Vinhos do Douro, ambos os Cheda são uma mistura de Touriga Franca,  Tinta Roriz e Touriga Nacional. Parece que o Reserva estagia mais tempo em barrica. Vinhos jovens mas prontos para beber ou mesmo guardar (o Reserva mais tempo, claro), apresentaram fruta, taninos mais leves, bom equilíbrio, final um tanto curto, o que deve ser relativizado. Em comparação com sul americanos, e na faixa de preço, são 'matadores'. O Reserva é mais marcado na boca, pela boa madeira. É mais o tipo que vinho que eu gosto, e que aprendi a reconhecer mais facilmente como português. Tem aquela pontinha doce que não enjoa, tão... tão... tão... patrícia! Para desespero de uns, o Ceda mais simples esgotou... Na faixa de R$ 50,00, estou satisfeito em ter comprado meia caixa: como vinho de 'entrada', é uma ótima opção. Já o Reserva, na faixa de R$ 100,00 por aqui, custa, lá fora, com o mesmo 'dóla' de R$ 6,00, a bagatela de R$ 75,00(!) - e faz jus ao preço ligeiramente maior. Aí sim... Para mim, mais vinho do que Cabra Cega por praticamente o mesmo preço; se você for sócio do Enoclube (quando sai por R$ 88,00), fica ainda melhor. O Jairo achou o Cabra Cega melhor. Cabra macho, ele... (risos!). Para mim, o melhor foi o Cheda Reserva. Viva a diversidade.

7 comments:

  1. Cadê as fotos?

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  2. O querido leitor acredita mais nos seus olhos ou nas minhas palavras?!
    🤣😂😎
    Esqueci de colocar... está em outro computador... depois...

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  3. Cadê as fotos?

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    1. Pronto! Leitor de pouca fé...

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    2. Que foto feia. Não dá para ver direito os rótulos dos vinhos. Por que não aproximou mais o iPhone?

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    3. Não foram tiradas por mim... 🙄

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