Monday, September 7, 2020

Cabeças do Reguengo Solstício 2016

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Introito

   Ontem mesmo falei desse produtor, tendo degustado seu vinho branco, Equinócio. Acho que sua apresentação está mais do que feita (aqui), mas ainda tenho um comentário adicional. As garrafas desses vinhos (Equinócio e Solstício) são lacradas com cera, o que lhes confere um charme a mais. E uma sujeita enorme se o caboclo não estiver acostumado a lidar com esse tipo de lacre. Tejam avisados (sic). Uma sugestão é colocar a garrafa na geladeira. Ao tirá-la, a cera estará mais quebradiça e fácil de remover... Acho que desta vez não farei mais tantos comentários comparativos. Para o leitor mais exigente - ou para meus detratores - não farei a mesma comparação com o Private Selection tinto de Esporão, porque para tintos o Esporão encontra-se em outra faixa de preço - e de qualidade, também.

Cabeças do Reguengo Solstício 2016

   Pelo sítio do importador, ficamos sabendo que Solstício é um corte não-linear (rs) de Alicante Bouschet, Aragonez, Castelão, Trincadeira e Tinta Caiada, nossas velhas conhecidas. Menos a última, talvez... 😮. Mas, lá no fundo, lá no fundo... bem, (E) lá ao Fundo Vivem os Wubs, dizia PKD, mas voltando (rs), parece que o corte completa-se com partes de Tinta de Olho Branco, Grand Noir, Moreto, Tinta Grossa, Corropio, Tinta Francesa, Tinta Carvalha e Moscatel Preto. Pow... aí complicou, não é mesmo? Não compromete o resultado final, com boa fruta vermelha, chocolate (café? - rs) e algo a mais que dá uma 'presença' no nariz, mas não consegui identificar... A boca é mais marcante. Resultado para o bem da boa acidez e para o mal dos taninos pegando um pouquinho - vai arredondar com mais um um ou dois anos - Álcool não parece (13%, bem integrado), madeira discreta. Aquele doce que é-me um pouco típico dos portugueses também está discreto. Não sei se chutaria 'lusitano', se servido às cegas. Sei que combinou bem com uma maminha assada e servida com um queijo por cima. É um vinho dispendioso em Portugal: 25 a 30 euros. Principalmente se comparado com outro vinho tinto (e igualmente field blend) que é-me muito caro, o  Vallado Reserva, que está na faixa de 30 a 40 euros e é muito mais vinho. Bem, Vallado é muito mais vinho do que muito vinho em Portugal, e a competição fica difícil para praticamente todos os demais produtores que conheço. A parte boa é que Solstício custa aqui R$ 180,00, enquanto o Vallado está saindo a partir de R$ 340,00... A margem do importador mata, heim? No caso de Solstício, ela é mais do que honesta. Se o Vallado fosse competitivo aqui, não teria para Solstício - e talvez para muito poucos outros portugueses, pelos seus preços médios. Infelizmente está longe de ser o caso. No quesito 'boa compra', Solstício vale quanto pesa.

3 comments:

  1. Opá! Não sabes desarrolhar quando tem cápsula de cêra?

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    1. Humildemente desconheço outra técnica além de, ao refrescar a própria garrafa na geladeira, ganhar 'de brinde' o endurecimento da rolha... 😕
      Os inexistentes leitores agradecerão qualquer dica.

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    2. Ups, deveria ter escrito "lacre", e não "rolha".

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