Tuesday, May 11, 2021

Uma grande mudança: de energúmeno a canalha

Introito: declaração de princípios (como se já não fosse óbvio)

   O blog tem um viés democrático, e não pode ser negado. Vejamos: todas as observações e críticas recebidas foram postadas. Observações sobre imprecisões ou erros grosseiros foram agradecidas e reparadas na forma de errata. As erratas foram citadas na postagem seguinte a que foram apontadas. Inexiste o expediente de corrigir a postagem e republicá-la em silêncio. Está registrado ao pé da própria postagem a rata. Todas as críticas à postura do travesti de jornalista são rebatidas com argumentos. À medida em que argumentos foram sendo repetidos - na vã esperança de que se tornassem verdade - foram repelidos muitas vezes com novas e diferentes observações. Este sempre foi e continuará sendo a premissa desta publicação. Como veremos, tudo tem um limite.

A detratação 😂

   Está na última postagem, onde aliás citei muitas importadoras que considero praticarem margens honestas em seus vinhos: Uvavinhos, Chez France, Cellar, Enoeventos, Casa do Vinho, grupo supermercadista VerdeMar, de Minas. Então o detrator aparece com o comentário:
Pergunto-me de onde vem seu ódio pelos importadores brasileiros, que depois dos EUA, são os que proporcionam a maior variedade de vinhos para os consumidores. Se não conseguimos praticar melhores preços, os motivos são muitos. Há algo chamado livre comércio e outro chamado livre arbítrio. O senhor tem toda a liberdade de escolher onde e o que quer comprar. A propósito, todas as vezes que trouxe vinho do exterior respeitou a cota de 500 dólares? Aposto que não. E se não o fez, não tem moral para atacar ninguém. É a velha máxima do "faça o que eu falo, mas não faça o que eu faço".

Respondendo ponto a ponto

1. Pergunto-me de onde vem seu ódio pelos importadores brasileiros, que depois dos EUA, são os que proporcionam a maior variedade de vinhos para os consumidores
Que ódio, quando estou falando bem das importadoras citadas? Não há bile na discussão. Ademais, o energúmeno vale-se de uma verdade - que a quantidade de rótulos importados aqui é realmente muito grande - para tentar esboçar uma desculpa sem sentido. O fato de algumas importadoras serem realmente grandes não lhes dá desculpa para perpetrar qualquer barbárie contra o bolso do consumidor. Aliás, a margem poderia ser melhor, já que operam em escala (argumento já apresentado). E a margem pornográfica são se fica somente nelas; importadores significativamente menores também possuem sanha excessiva pelo vil metal.

2. Se não conseguimos praticar melhores preços, os motivos são muitos.
Talvez... mas não apresentou nenhum que não fosse rebatido. Basicamente o que foi apresentado também recai sobre os importadores menores e portanto não pode ser usado como argumento para justificar a diferença de margem. Ridículo, como sempre...

3. Há algo chamado livre comércio e outro chamado livre arbítrio. O senhor tem toda a liberdade de escolher onde e o que quer comprar.
Ora, claro que sim. Isso é óbvio. Tanto que escolho mesmo. Falta explicar onde no binômio "livre comércio" vs. "livre arbítrio" se encaixa em seus excessivos (e inúteis) esforços em me contradizer. Ciente da discrepância entre os preços dos vinhos 'aqui' e 'lá', praticado por algumas importadoras, eu aviso os demais consumidores que ela existe e qual sua magnitude. O utente já leu aqui, alguma vez, uma declaração minha dizendo 'não compre' deste ou daquele importador? Não, né? Prova de que tanto o livre arbítrio como o livre comércio são respeitados pelo blog! Eu comento o que vejo. O leitor-consumidor decide o que fazer. Não consigo ver qualquer desrespeito - a menos de seu argumentos, que desrespeitam até a inteligência mais rasteira...

4. A propósito, todas as vezes que trouxe vinho do exterior respeitou a cota de 500 dólares? Aposto que não. E se não o fez, não tem moral para atacar ninguém. É a velha máxima do "faça o que eu falo, mas não faça o que eu faço".
Agora a coisa entortou. O utente passou de energúmeno a canalha. Infame não é qualificativo suficiente para esse ignóbil. Você não me conhece, mas aposta que eu sou um cidadão que desrespeita a lei?! É isso mesmo? Se não coloco outra pessoa no meio desta conversa já não é porque ela não mereça, mas para manter o decoro. Repudio o idiota e sua canalhice inata. Agora às explicações, que custaram-me algumas horas procurando em e-mails de anos atrás, produzindo imagens, etc.

Em primeiro, algumas considerações:
1. A cota do exterior não é USD 500,00. Ela é USD 500,00 acrescidos de outros USD 500,00 do free shop. Que não precisa ser o de entrada no Brasil, podendo ser o de saída do país por onde se está voltando para cá.
2. Viajo relativamente pouco. Acontece que... cara, ao contrário do que parece acontecer consigo, muita gente gosta de mim. Já citei mais de uma vez que minha irmã trouxe-me garrafas em suas diversas viagens. Mas você não sabe ler, não é mesmo? 😞 Não apenas minha irmã. Veja nesta postagem, sobre meu apadrinhado Paulo e seu filho Vinícius. A família viajou em 10 pessoas para os EUA apenas pela viagem, sem previsão de compras. Trouxeram-me 20 garrafas, e tinham USD 5.000,00 de cota fora o free shop. Entendeu?
3. Além das pessoas que viajam e trazem-me vinhos apenas porque gostam de mim, outras pessoas que viajam recebem minha proposta de trazerem-me três garrafas e beber comigo uma garrafa de um bom vinho. Muita gente gosta de beber um vinho de USD 60,00-80,00 na faixa. E não é que não ofereça o mesmo para quem me traz na boa vontade. Esses, beberam comigo mais de uma vez! Eu pago generosidade com generosidade. Algo que pode soar estranho a um estelionatário. Compreendo, não precisa se explicar.
4. Não sou apenas 'eu mesmo' adquirindo vinhos. Tenho confrades. Pessoas que viajam e, em alguns casos, me incumbem de fazer a seleção, compra e despacho dos vinhos, porque eles não estão dispostos a gastar tempo com isso! Eles querem beber o melhor pelo melhor preço, e sem conhecerem tanto, usam dos meus préstimos (gratuitos! porque daí será minha vez de beber o vinho deles!) e conhecimentos de vinhos e de lojas virtuais para fazer as melhores compras. Muitas vezes, antes deles viajarem, estou procurando e reservando os vinhos com meses de antecedência! É isso aí. Eu maximizo minhas compras e oportunidades ao extremo. Sinal claro de um bebedor de grana curta, mas que não é tonto.

Agora vamos passar às provas - ah... as provas... um sujeito cartesiano como eu ama qualquer demonstração. O Teorema de Pitágoras tem mais de 300 demonstrações diferentes! Sabia? Ara, claro que não... você é um energúmeno! 😂

A Ester é uma amiga muito querida que não bebe. A irmã dela, a Orlinda, é apreciadora de vinho. Ester adorou sentar-se conosco em um restaurante, degustar um suco enquanto a Orlinda e eu dividíamos um vinho. Ela amou saber sobre os vinhos que tinha trazido para mim. Um deles, o Montrose, está encoberto pelo endereço do vendedor. A Ester mora na Inglaterra, e pretendi deixar em evidência o nome da loja. Mas posso postar a imagem sem o endereço...

Dona Neusa, a Sra. N, já citada no blog diversas vezes, viajava com o marido e algum dos quatro filhos (todos casados). Quatro pessoas por viagem, portanto. Ao casal, só interessava trazer vinhos... e conhecer NY, dentro outros lugares, claro... não andar atrás deles. Baba no Gravner. Baba no Pradeaux. Baba no Bosconia '05 (degustado com ela estes dias!). Veja quando compramos ('18) e quando degustamos ('21) este último. E o Graver está na minha adega... só esperando...

Aliás... olha o Gravner aqui na minha mão! Rapá... a coisa tá ficando feia pro seu lado.. tudo o que digo, provo... vá acumulando vergonha...


Já citei no blog a minha irmã, que trouxe-me vinhos diversas vezes. Não das primeiras vezes de uma época em que, por questões profissionais, ela viajava aos EUA diversas vezes ao ano. Claro que não. Nas primeiras vezes ela esgotava a cota consigo. Depois que até a saboneteira da pia do quarto de hóspedes da casa dela era automática, despejando a quantidade 'certa' de sabão na mão do usuário era 'de lá', ela passou a trazer-me vinhos. Certa ela, e eu a agradeço de joelhos pelos favores! Vejamos...

Compra de USD 494,94... Está dentro do limite, certo? Mas ela estava acompanhada do marido, tinha mais cota ainda. Note que o quarto estava no nome marido...


E, cara, veja só o tamanho da sua babaquice contra minha eficiência em maximizar uma compra: USD 472,00 é bem próximo de 500tão... para 3 garrafas, é maximizar a compra mesmo...


O Romeu é um amigo de 30 anos. Fã de Casillero del Diablo que dói (risos). Ficava constrangido quando eu o chamava para uma noitada na confraria e colocava um vinho bom na cota minha e outro na cota dele. Até que tivemos uma conversa muito séria: meus vinhos são para mim e para as pessoas que eu gosto. Não importa se elas conhecem, ou se poderão tirar da experiência o mesmo que eu. Importa que eu tirarei a minha parte, e meu convidado vai tirar o que puder de experiência para ele. E acabou. Algumas vezes fiz o vinho chegar-lhe à mão, e tenho os comprovantes. Outras, ele mesmo foi buscar, porque tinha um dia livre e para ele faria parte do passeio, daí que comprou o produto na loja e trouxe. Tenho dois exemplos de quando cuidei e despachei a encomenda. Observe os idiomas dos invoices! 



Quer mais? Eu tenho! Mas a postagem está longa, e claramente atingiu seus objetivos. Aí está o pulha desmentido em todos os seus argumentos... como sempre! Você não ganha uma!

Conclusão

   O canalha me confunde por ricaço que viaja frequentemente, em vez da pessoa de modestas posses que sou. Note, não sou o pobretão. Pobretões não compram alguns vinhos no padrão aqui degustados. Mas, sem filhos, se não puder dar-me a alguns luxos, então seria mesmo um fracassado na vida. Estou entre o ricaço e o pobretão: justamente alguém que sabe maximizar suas oportunidades - como bem descrito e comprovado aqui! Então, vejamos: quem é você para querer dizer que não tenho moral para algo? Tenho, e muita! Tenho a moral advinda da honestidade! Que expulsa a lorota como a luz expulsa ao diabo! Vade retro, você e seus argumentos desavergonhados! Que repudio por podres! Não compro aqui os vinhos que degusto porque uma estrutura falida e emporcalhada, da qual você faz parte, crê os cidadãos deste país como um bando de estúpidos - que não somos! Aqui não! Resistir é preciso, e esse é o marco do blog! 
   Assim o bosfenetro (sic) tenta desqualificar-me esquecendo-se das regras mínimas da cordialidade e abraçando os conhecidos ideais lulo-bolsonésios (sic):
Acuse-o do que você faz.
Xingue-o do que você é.
   Isso mesmo. O sujeito acusa-me de bandido - ao apostar que burlo impostos. Deve frequentar as bocas; anda ladeado de outros gatunos. É gente baixa, posto que deve ser íntimo dessas paragens (as bocas). Sim, deve reunir-se sempre com donos de importadoras 'tubaronas' (sic). E pretende rebaixar-me a seu nível! Inaceitável, tanto que facilmente rebatido - e com excesso de provas e exagero de contra-argumentos!

   Dito tudo isso, depois de muitas e muitas postagens debatendo o assunto, argumentando no vazio, vejo-me agora questionado em minha honestidade - o que tenho como principal pilar da minha vida de 56 anos - por um idiota que se recobre com o manto do anonimato. Isso requer uma nova postura para o espaço. Esse tipo de comentário não mais será publicado. Quem desejar debater ideias radicalmente discordantes deve apresentar-se com perfil identificado - plenamente identificado! Gastarei uma chamada telefônica para confirmar a identidade do debatedor, e darei prosseguimento à argumentação  conforme a declaração de princípios, onde a honestidade intelectual seja de fato respeitada. Quem estiver fora disso será solenemente ignorado. Recorro à já consagrada máxima: deixe de defender os ignaros; faça parte do time dos bons!

No comments:

Post a Comment