Sunday, May 17, 2020

Postagem dois em uma: o bebido Roquette e Cazes 2006 e bebendo o Clos Floridène 2009

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Introito

   Estou com muita 'meda', estes dias. Alguns vinhos nos quais apostei maior longevidade, estão descendo a ladeira. Ô tristeza! Precisarei acelerar um pouco o consumo. E, com o advento desse odioso Corola vírus, preciso comentar com a caterva que consumirei as garrafas sozinho. A 'menas' que alguém se candidate a vestir aquelas roupas de segurança de laboratórios de pesquisa genética e vir para cá ajudar na tarefa. 'Tejem' avisados.

Roquette e Cazes 2006

   Andava bebendo coisas em setembro de 2017 quando experimentei um Roquette 2006, e estava bom. Depois do pega pá capá à portuguesa, fiquei um pouco preocupado com a longevidade desses e de outros vinhos mais simples de Crasto/Esporão. Andei conversando com Don Flavitxo a respeito, e ele apontou que vinhos mais icônicos dessas casas são mais longevos. Pow (rs), pelo que custam o Vinhas Velhas e o Xisto Roquette eu esperaria mais... Mas aí vi que tinha um Roquette e Cazes 2006, mas simples que o Vinhas Velhas. Sem muita dúvida, 'chamei' uma pizza, a Carol, e mandei ver...
   A rolha não sobreviveu bem - não fotografei. Precisei retirar com o saca rolhas de 'garfo', pois logo no começo notei que ela cedeu ao ser puxada. O vinho estava bom, mas claramente seus melhores dias haviam passado. Muito bebível, ainda com fruta, aquela goiaba de fundo, acompanhou bem a pizza de pepperoni, mas a borda atijolada testemunhava a terceira idade. Certo, cada garrafa é uma garrafa, como costuma dizer Don Flávio. Mas eu não apostaria mais fichas em Roquette e Cazes na safra 2006. Você tem? Vou citar outra que Don Flávio adora comentar: melhor um ano antes do que um dia depois. Saca-rolhas em punho, taça na mesa, e... garganta nele! Vá com tudo! Safras mais recentes, claro, teje frio (sic), e guarde mais um pouco. Eu compraria... se não fosse tão caro. O mercado tem opções melhores pela faixa de preço, ou opções similares bem mais baratas. Basta procurar - ou morrer de ler as postagens já cometidas (sic) por este travesti de analista.

Clos Floridène 2009

   Esse Graves 72% Cabernet Sauvignon e 28% Merlot foi minha primeira queima impulsionada pelo susto acima. É um vinho relativamente simples, mas é um Graves. Mas é relativamente simples (risos!). E, sendo assim (um Graves!), foi um tiro n'água. Estava muito bom: 'na fruta' (vermelha), algo na direção de chocolate aparecendo com algum respiro. Boa boca: acidez presente, bons taninos, madeira discreta. O final não é longo. Mas ei (rs), você aí que pensa que vinhos sul americano têm final longo... aprenda a beber (risos!); pegue um Clos Floridène e se desespere (gargalhadas; vá para 1:50 e recorde... porque esquecer-se é a perdição do homem...). Vinho é comparação. Uma vez acostumado aos europeus - e à acidez - é isso o que esperamos. Então, se não é um final longo para o padrão do bom vinho europeu, é bom o suficiente para destroçar sul americanos nessa faixa de preço (R$ 200,00) e mesmo além. Digo e repito: chilenos estão caros. Se (quando) abaixarem de preço, vou dizer. Se melhorar a qualidade, vou falar, também.
   Lembro que paguei uns R$ 65,00  no evento; era a comemoração de 50 anos da Mercearia 3M, há muito tempo. Outro dóla, como costumo dizer... Aliás, junto do Silicum, um toscaninho muito ajeitado, ele foi considerado por respeitado júri de experts como o vinho do evento. Alguém me perguntou quais eram os melhores vinhos, e dei como opinião justamente esses dois, antes da opinião cicular. É esses júris até que sabem de alguma coisa - embora eu ache mesmo que não. Mas preciso alimentar meus detratores com algum motivo para me detestarem, certo? É esse, aí acima... 🤣😂

Conclusão

   Não há muito o que concluir (risos!). Como primeira tentativa de reorganizar a adega, consumindo algo mais antigo, falhei fragorosamente. E olha que tenho aqui um Graves 2001. Acho que não foi exatamente uma tentativa de reorganizar a adega... foi mesmo uma tentativa de beber um vinho bom. Aí sim... 😄 acertei em cheio. O vinho ainda está a menos da metade, e chegou a pizza quentinha. Fui.

36 comments:

  1. Big Carlão,
    Então, essa comparação achei legal. Vinhos na mesma faixa de preço lá fora, (~20 doletas), safras boas (apesar da 2009 em Bordeaux ter sido muito melhor que a 2006 em Portugal, mas...). O fato é que mesmo Bordeaux simples, como esse, são mais longevos que os Douro mais simples. Pois é, o Roquette e Cazes é um vinho mais simples, apesar de ótimos em sua juventude. Mas o preço dele aqui nos dá a falsa impressão de que se trata de um vinho top, que é a obrigação de seu irmão maior Xisto...
    Abraços,
    Flavio

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    1. Caro Flávio, como vai?
      Se nos dias de hoje as pessoas comparam Bolsonaro com Lula - e estes com Deus (ou com o diabo!) - por que no vinho não daria para comparar alhos com bugalhos? 🤣😂
      Para este enochato, é tudo uma questão de 'calibre'. Às vezes tudo o que temos são os vinhos 'a' e 'b' muito diferentes, e comprá-los é uma questão de prática. Aqui é mais complicado, porque dá para comprar um vinho simples e um bom e ambos estão na mesma faixa de preço (enfatizo, preço 'Brasil').
      Agora... para um vinho simples o Roquette custar o que custa não é o rascunho da safadeza... é o descalábrio feito obra-prima completa e acabada. Aliás tem uma postagem de '17, acho, em que o leitor relata ter comprado Roquette a R$ 150,00 na cidade dele, no Centro-Oeste, acho... Como pode? Explique para o leitor mais desatento. Acho que sei a resposta...
      []s,
      C.

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  2. Olá Sr. Carlos,
    sempre vejo o seu blog, mas fico com vergonha de comentar visto que eu não sou grande conhecedor de vinhos. Esses dias eu degustei um Tarapacá Gran Reserva Cabernet Sauvignon e gostei bastante dele. O que vc acha dele? Ganhei no meu aniversário um daqueles com o rótulo azul, mas ainda não bebi.
    Atenciosamente,
    Leonardo Vieira, Araraquara

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    1. Olá, Leonardo, obrigado por escrever!
      Não sinta-se envergonhado. Eu não era conhecedor de vinhos... e hoje apenas conheço um pouco, e só.
      Sou suspeito para falar de Tarapacá's. É um dos vinhos que mais bebi na vida... Eu gostava. O problema é que aprendi a beber vinhos com maior acidez, que é uma característica mais marcante nos europeus. Daí os sul-americanos perderam a graça.
      Outro ponto, infelizmente os vinhos chilenos subiram muito de preço, de anos para cá. Digo, seus preços subiram em dólares. Então hoje pode-se encontrar no mercado vinhos 'melhores' (com acidez mais presente) até por preços menores do que o preço dos chilenos e argentinos. Meu aprendizado inicial foi com esses vinhos. Hoje não os compro mais. É apenas uma questão de custo-benefício.
      Como sugestão, fique atento à safra do seu rótulo azul. Beba-o com 5 anos de idade. Experimentei um Gran Reserva mais novo (2018) no final do ano passado e os taninos estavam verdes.
      Se você gosta de chilenos, ou se está começando a beber vinhos, vá em frente com seu Tarapacá. Apenas 'fique esperto' que existe uma dimensão diferente de vinhos. Em tempo você experimenta, acostuma-se com a acidez e quem sabe galga esse degrau.
      []s,
      Carlos

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    2. Olá Sr. Carlos,
      Muito obrigado por sua resposta. Agora eu fiquei mais entusiasmado ainda com os vinhos.
      Eu não entendi a questão de beber o rótulo azul em 5 anos. O meu amigo que me presenteou disse que ele dura uns 10 anos. Só que eu não tenho adega para guarda-lo. Olhei aqui no rótulo e ele foi feito em 2016.
      Fiquei curioso com essa questão da acidez, que o Sr. levantou. Isso por que eu sou químico e já fiquei interessado. Por que ela é tão importante pro vinho? Fiz uma busca no google e vi que tem vinhos com baixa, média e alta acidez. Como a gente identifica isso quando bebe o vinho? Eu entrei na página da Tarapaca e acabei encontrando informações sobre o vinho de rótulo azul. Eles dizem que esse de 2016 tem acidez de 5.2 g/L. Isso é baixo ou é alto? Eu coloquei no google e fui atrás de outros vinhos para ver a acidez deles. Achei de alguns, mas muitos não dão essa informação. Eu achei um Brunello di Montalcino, que mostrei para meu amigo que me deu o vinho e ele disse que é um vinho caro e muito bom, e a acidez era 5,3 g/L. Quer dizer que ele é menos ácido que o Tarapacá rótulo azul que eu tenho? Fiquei muito curioso. E também quero encontrar como que o vinho chega nessa acidez e que ácido é. O Sr. sabe como seria? Desculpe o número grande de perguntas, mas como me formei em Química, mesmo que já há algum tempo, qualquer coisa que trata de acidez, pH, óxido-redução e essas coisas, me atrai.
      Parabéns pelo seu blog. Já li muitos posts dele. Ontem li do Tarapacá Milenium 2005.
      Abraços, Leonardo

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    3. na realidade é o contrário em relação à acidez do rótulo azul e do Brunello di Montalcino. Pelo valor o Brunello di Montalcino é um pouco mais ácido. Mas seria perceptível essa pequena diferença? Os vinhos europeus têm acidez de quanto?

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    4. Oi, Leonardo.
      Desculpe o erro sobre o Etiqueta Azul. Leia assim: - Beba-o com 'pelo menos'(!) cinco anos de idade.
      Portanto, guarde-o por pelo menos mais um ano...
      Sei que a acidez é a principal responsável pela longevidade do vinho. Veja a postagem do Freio João 1975. No vinho mais jovem, ela dá um toque especial ao paladar depois que o bebedor aprende a reconhecê-la. Não é tão fácil para quem só bebe vinho de menor acidez, e para quem está acostumado a esse vinho, um de acidez mais alta tende a (note: 'tende a') parecer um pouco 'estranho' na boca. Meu primeiro contato com um vinho de acidez bem marcada está aqui, https://oenochato.blogspot.com/2013/02/meu-primeiro-valisere.html.
      Confesso-me surpreso com a acidez do Tarapacá versus a do Brunello. E confesso que não tenho bebido sul americanos de melhor classe em safras mais recentes. Na 'brincadeira' descrita aqui, https://oenochato.blogspot.com/2017/06/chileno-bate-franceses-em-degustacao-as.html, o Terrunyo é o segundo vinho da Concha y Toro, e levou um banho de franceses teoricamente mais simples.
      Note que minha experiência com vinho é empírica - como empírica era a própria Química antes do advento do Planck e sua turma, com a edificação da Mecânica Quântica. Gosto de sentar para beber um vinho e aproveitar seu sabor, sua história e a companhia. Claro, conversamos sobre o vinho, suas características, etc., mas não de maneira tão técnica. Assim, lamento a falta de maior especificidade quanto à acidez que tanto prezo. É algo que eu 'curto', não que eu estude em detalhes...
      Uma brincadeira para vc desenvolver com sua turma por aí: abra um sul americano e um europeu na mesma faixa de preço. Tenham duas taças para cada bebedor. Se você notar que um vinho desce pela garganta sem deixar marca (nem saudades - risos!), enquanto o outro marca mais o final da língua (lá no fundo)... aí vc encontrou a diferença entre vinho de baixa e média/alta acidez.
      []s,
      Carlos

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    5. Sr. Carlos,
      Obrigado por sua paciente resposta. Mas ainda estou confuso em relação a isso. Falando mais como Químico que como entendedor de vinhos. Se tecnicamente a acidez é a mesma, as sensações relativas a ela devem ser as mesmas. Ou o Sr. acha que as análises podem conter erros ou até mesmo serem alteradas para dar uma suposta característica ao vinho? Essa questão da acidez do vinho me chamou muita a atenção. O que faz um vinho ter mais acidez que o outro?
      Agradeço mais uma vez a sua paciência.
      Abraços, Leonardo

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    6. Oi, Leonardo. Desculpe a demora em escrever. Vamos lá:
      Citando você, <>Se tecnicamente a acidez é a mesma, as sensações relativas a ela devem ser as mesmas<>. Não tenho certeza. Afinal, o vinho é uma mistura... junto da acidez existe um grande número de componentes oriundos da fermentação, pelo menos.
      Ainda assim, não explica minha surpresa quanto à alta acidez do Etiqueta Azul (ou a baixa do Brunello - gargalhadas!).
      A pergunta 'de onde vem a acidez?', que é apenas uma variação da sua pergunta, <>O que faz um vinho ter mais acidez que o outro?<>, é o que chamam por aí de 'a pergunta de um milhão de dólares'. O Flávio Vinhobão comentou uma vez, e acho que não fixei o ponto dele. - Perdi um milhão de dólares! 😣
      Não acredito em análise errada, ou que ela tenha sido alterada. Eu apenas não sei responder. Vejamos se Don Flavitxo se digna a aparecer por aqui. Escreverei para ele...
      []s,
      Carlos

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    7. Ah, mais um detalhe: o valor numérico da acidez, para mim, significa... nada! 😅 Nunca prestei atenção aos valores em si. Apenas fui aprendendo sobre a acidez 'por comparação' - de maneira empírica, portanto...

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    8. Big Charles,
      Deixa eu dar minha opinião pessoal aqui. Não tenho a menor intenção de que seja a verdade. Acho que, do ponto de vista químico, acidez é acidez e pronto. Não têm variável. É medida de pH. Se duas bebidas tem a mesma acidez, esta acidez deve ser detectada da mesma maneira, como os sabores básicos (doce, salgado e amargo - bem, tem o umami também, mais controverso, mas já aceito). No caso da acidez (ou azedo), a detecção é nas papilas das laterais posteriores da língua. O que varia é o paladar, que é um componente disso tudo com o olfato. Desta forma, eu acho equivocado uma pessoa dizer que um vinho tem mais acidez que o outro se eles tem pH idênticos. O que pode acontecer é, como eu comentei uma vez em uma postagem sua, as pessoas terem limiares diferentes para detecção desses sabores. Eu, por exemplo, sinto muito o doce e salgado, e o pessoal aqui de casa diz que as comidas que eu faço ou tem pouco sal, ou são menos doces, por que o limiar de todos aqui é mais alto para esses sabores. Qual está certo ou errado? Nenhum. É apenas uma questão fenotípica, individual. Por isso, o vinho que é agradável para um, pode não fazer tanto sucesso com outro. Obviamente, se você pega um vinho, por exemplo, e dá para 100 pessoas, e 95% delas o acha agradabilíssimo, ele agrada a maioria e deve ser mesmo um vinho bom. Os vinhos ditos internacionais vão justamente nesse sentido: Agradar o paladar da maioria. O que não quer dizer que os outros 5% estão errados, pois eles têm paladares diferentes. Mas estamos falando de um vinho que não tem defeitos ou desequilibrios evidentes. Se você der um vinho bouchonné para 100 pessoas, e 95% não detectarem o defeito, só tem uma explicação: Essas 95 pessoas não são boas bebedoras de vinho (ainda...). O que penso é que, em vinhos desequilibrados, a acidez pode ser mascarada por um excesso de extração, por exemplo. Ou seja, qualquer desequilibro pode mascarar essa ou aquela característica de um vinho. Por isso os bons Borgonhas são insuperáveis: pelo equilíbrio entre fruta, álcool, taninos e acidez! Aliás, eu acho que muitas vezes o que se chama de mineralidade é confundida com acidez, e vice-versa. Mas acho que é como você disse, temos que olhar o conjunto e ver o que mais nos agrada. Se eu bebo um vinho e ele me agradou, e só no final vi que ele tinha 15,5% de álcool, não vou mudar de opinião por não gostar de vinhos carregados assim.
      Bem, vou parar por aqui senão ninguém aguenta...rs.
      Abraços,
      Flavio

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    9. Flávio, obrigado pela opinião, que ilustra muito a questão. Um ponto que me confunde um pouco é: um vinho de baixa/média acidez não poderia ter essa característica mascarada por um açúcar em excesso, por exemplo? É um ponto que nunca notei no vinho, mas no meio dessa discussão, acabou caindo a ficha...
      Espero que o Leonardo aproveite toda essa discussão.
      []s, e obrigado,
      Carlos

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    10. Grande Carlão,
      Na meu longo comentário eu fiz a seguinte consideração sobre a questão que você coloca, sobre o mascaramento: "O que penso é que, em vinhos desequilibrados, a acidez pode ser mascarada por um excesso de extração, por exemplo. Ou seja, qualquer desequilibro pode mascarar essa ou aquela característica de um vinho'.
      Abração,
      Flavio

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    11. Verdade... 😣
      Principalmente porque um pouco a mais de açúcar (por exemplo) é sim um defeito.
      Um erro de conceito, e devemos estar atentos aos detalhes... porque 'conceito' é isso mesmo, firmar corretamente <>até os mínimos<> detalhes...
      Obrigado,
      Carlos

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    12. Mas é por isso que você, que não é bobo nem nada, prefere os Borgonhas e demais vinhos europeus. Por que os bons, claro, primam pelo equilibrio e não, exageros. Ainda mais os Borgonha... Eu, particularmente, fico muito incomodado com excesso de açúcar (menos nos Sauternes, claro...rs - Mas mesmo nesses, o dulçor é equilibrado com a acidez). O grande problema é o danado do desequilibrio. Por isso eu tenho gostado mais dos vinhos argentinos mais recentes. Os caras notaram isso e estão fazendo vinhos mais equilibrados. É claro que eles mantêm aqueles de sempre, para agradar a turma que gosta do bom malbecão extraídão, doce...rsrsrs.
      Abraços,
      Flavio

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    13. Malbecão extraído... 😣
      Não... não...
      Infelizmente(?) não acompanhei a evolução dos melhores argentino e chilenos ultimamente. Não sei como estão. E, pelo preço, a melhor compra são os europeus - para surpresa deste que escreve e mesmo surpresa geral. Desde que, claro, 'bem comprados'. Porque de compra ruim as prateleiras estão cheias...
      Walew.
      Cralos

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    14. Pois é... Também fujo dos malbecões extraídos demais. Mas bebo em um churrascão, sem problemas...rsrs. Ultimamente tem pintado bons vinhos argentinos e chilenos. Bebi recentemente um Clos de Fous Cauquenina 2011 que me surpreendeu. Duvido que às cegas você não dissesse se tratar de um Languedoc ou sul do Rhone. E olha que, além da Syrah, tem Malbec e Carmenere no corte. Essa última, completamente não identificável. Tenho exemplos também de argentinos muito minerais e ricos em ervas, que tem me agradado muito.
      Abraços,
      Flavio

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    15. Interessante... Só falta dizer que o preço atual desses vinhos está bom (rs). Tipo: que na faixa de R$ 60,00, sejam competitivos como um Quinta da Cheda. Ou que na faixa de R$ 100,00, sejam competitivos com um Cheda Reserva. Ou que na faixa de R$ 150,00, sejam competitivos com um Chateau Teyssier (o 'reba', claro, não o Grand Cru... nesse preço... 😆). São?
      E assim caminha a Humanidade. Não, os vinhos sul americanos! 🤣😂

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    16. Eles têm bom preço sim. Mas se a gente ficar olhando só o preço, nunca vai experimentar diferentes vinhos. Não podemos nos privar por causa disso. Se você for ver o preco de um Valentini Montepulciano d'Abruzzo, nunca vai experimentar um vinho maravilhoso. Obviamente, se tiver do lado um vinho que custa o dobro, tripo do outro, ficarei com o outro. Mas eu não fico neurótico com essa questão do preço, ainda mais, estando no Brasil.
      Abs

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    17. https://www.youtube.com/watch?v=jV7BRaIQYes (veja!).
      É impressionante esse youtube... (como a internet): o que eu imagino de citações de filmes, vou lá e encontro o trecho. Alguém se deu ao trabalho de destacar e colocar lá! Pena que nesse trecho repita várias vezes, desnecessário.
      - Many machines on Ix.
      Assista Duna, um bom filme.
      - Muitas coisas, no Brasil - digo eu.
      O que vc disse está tudo certo, e tudo verdade... e ainda assim cabe minha discordância em tudo! 🤣
      <>Mas se a gente ficar olhando só o preço, nunca vai experimentar diferentes vinhos<>
      Verdade. Mas ainda dá para olhar par ao preço e experimentar coisas diferentes!
      <>Não podemos nos privar por causa disso<>
      Não mesmo. Mas se ficarmos atentos, não vamos nos privar. Nada nada, dá para esperar as queimas, quando o vinho é caro. O dia em que sobrar de monte na importadora, o preço cai. É uma condição de mercado.
      <>Se você for ver o preco de um Valentini Montepulciano d'Abruzzo, nunca vai experimentar um vinho maravilhoso.<>
      Verdade também. Mas são 30 mil rótulos no país (dado de um palestrante da Adega Alentejana, não chequei). São vinhos o bastante para experimentar. Podemos escolher os de melhor preço.
      <>Mas eu não fico neurótico com essa questão do preço, ainda mais, estando no Brasil<>
      Verdade outra vez. Nem eu. Não precisa (rs) ficar neurótico. Basta ir escolhendo as melhores oportunidades primeiro - apenas uma sugestão minha, "escolher as melhores oportunidades primeiro".
      Mas indo ao cerne da questão, não preciso comprar sul americanos porque:
      1. Volta e meia alguém coloca um na mesa.
      2. Já bebi muitos, e seu número é até reduzido comparado aos europeus - para ficar só nesses.
      3. Ainda tendo bebido poucos europeus (olha a adição), olhando o preço, a relação costuma ser melhor a favor destes. Então simplesmente 'não há porque'.
      Precisa ficar claro a diferença entre o Flavitxo Vinhobão (como você dizia em seu blog mesmo), um sujeito que nos anos 90 já selecionava os Mit Pradikat em meio às sofríveis garrafas azuis, e este Enochato, que praticamente conhece europeus há parcos 10 anos. Então, no meu caso, tenho muito europeu para escolher, e que posso tranquilamente colocar na frente dos demais pelos motivos já explicados... Wow... essa argumentação ficou grande. Só espero que faça sentido...
      😅

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    18. Caramba! Se o Blogger começar a cobrar pelo espaço usado, você tá f....! rsrsrsrs. Mas eu concordo com quase tudo. Só acho que, apesar do número monstro de vinhos que existe no mercado, muitos são mais do mesmo. O citado Valentini, não é mais do mesmo e merece uma chance. Como o bebi? Comprei com os confrades em uma reunião de final de ano. No mais, só se tiver mesmo uma bela promoção. Eu também faço isso. Adoro o La Rioja Alta 904, mas não tenho coragem alguma de pagar o que pedem no Brasil. Mas é um vinho que já bebi muito (e não enjôo), e quero sempre ter a chance de encontrar algo diferente, o que não é fácil (e nem sempre barato). Desta forma, quando tenho que gastar em vinho ou compro os mais baratos para o dia a dia, ou junto e pago mais por um que tenho curiosidade em beber, mesmo que saiba que lá fora pagaria muito menos por ele. Como não estou lá fora, não há o que fazer se eu quiser conhecer aquele vinho específico.
      Infelizmente, embora possamos reclamar, estamos no Brasil e o preço é esse. É igual o cara que não quer pagar 100 k em um carro aqui por saber que lá fora ela custa menos da metade disso. Então fica sem o carro...
      Abração big Charles!

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    19. Bom... nunca valeu tanto aquele ditado idiota, 'uma foto vale por mil palavras'. Um milhão delas, na verdade... Em termos de espaço, claro. Podemos escrever à vontade, economizo uma foto depois 😂🤣.
      Citando você, <>Só acho que, apesar do número monstro de vinhos que existe no mercado, muitos são mais do mesmo<>, concordo. Mas ainda sobra... algum milhar deles.
      O Valentini merece uma xanxe? (sic! rs!). Ótimo. Tá caro? Trago de fora, quando puder. Ou 'pego' alguém que tenha e coloco um vinho meu, equivalente. Felicidade geral espalhada em vários coraçõezinhos...
      Citando você, <>quando tenho que gastar em vinho ou compro os mais baratos para o dia a dia, ou junto...<>, é exatamente isso. Para o dia a dia, temos desde os Cheda começando em R$ 60,00 até o Teyssier a R$ 150,00 - vai do bolso -, e encontramos uma infinidade de boas compras. Para quem conhece sobre vinhos há 30 anos, talvez (apenas talvez) as oportunidades de encontrar novidades boas comecem a rarear. Para quem começou a experimentar depois, saindo dos sul americanos (como eu...), há apenas 10 anos, há uma infinidade...
      Sobre o final das suas ponderações, reforço que precisamos atentar que elas valem para pessoas como você, que é uma minoria. Pela minha condição de 'iniciante', esse comentário pode não valer muito. Você talvez concorde em pagar por algo específico pela falta de melhores oportunidades ou só pela curiosidade. Eu não preciso. Posso comprar outro vinho, de importador melhor, e aguardar outro momento. Basta comparar o caso do Korem... apareceu em segundo importador (Enoeventos), com preço realmente 'justo'. Foi lá que comprei o meu...
      Enoabraços 😣🙃
      Carlos

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    20. Big Charles, seu safado! Você não bebe vinho há apenas 10 anos. Já faz mais que te conheço e você já bebia. E os vinhos que bebia não eram ruins. Lembro de você bebendo Zavala, Don Melchor etc. Eles só são caros perante europeus que oferecem mais.
      Abraços,
      Flavio

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    21. Calma lá! Não falei que não bebia antes desses 10 anos... falei que não variava muito - bebia chilenos e argentinos relativamente bons, até esses que vc citou. Mas minha experiência de europeus era minúscula. Há 10 anos eu já tinha alguns europeus, mas eram novos e os estava guardando. Lembro-me bem: enojado com o repentino aumento dos tops chilenos em 2009, só então voltei atenção para europeus, e ainda assim comprando-os fora do país - como aliás fazia com os Zavala, Don isso, Don aquilo (rs). Por 50 dóla (sic!) no Chile eles eram boas ofertas. Por 130 dóla, deixaram de sê-lo. Naquela época, por 50 dóla comprei Aalto e seu adorado La Rioja Alta. Por 60-70, Torre de Muga, Beaucastel e outros... dá pra comparar?
      risos!

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    22. Não dá para comparar, de jeito nenhum! Eu não pago 100 doletas em Don Melchor. Os últimos que tenho paguei 60.

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    23. Tenho falado desde sempre... (risos!)

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  3. Caro Sr. Carlos,
    Vi agora os novos comentários sobre a questão da acidez dos vinhos. Agradeço os esclarecimentos. Mas eu acho que ainda preciso beber mais para conseguir identificar essas características. Mas já estou ciente que devo dar preferência aos vinhos europeus. No sábado vou até um empório daqui dar uma olhada.
    Abraços, Leonardo

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    1. Leonardo, bem vindo de volta.
      Então, chamei Don Flávio e a conversa 'andou'.
      Vá devagar, se posso sugerir. Não sei sua 'litragem', mas não se apresse. Mais importante, se tiver uma confraria, comece(m) com uma garrafa de capa, para comparar. Grosso modo, se um vinho passa direto pela garganta, sem deixar vestígio nem saudades (rs), deve ter baixa acidez. Comparando, fica mais fácil.
      Bons goles.
      Carlos

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    2. Obrigado Sr. Carlos.
      Eu bebo vinho não faz muito tempo. Uns dois anos, talvez. Compro sempre na Casa Deliza, mas não os mais caros. O que seria uma garrafa de capa?
      Obrigado, abraços, Leonardo

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    3. 😣
      Uma garrafa de 'cada'... a ideia é abrir dois vinhos ao mesmo tempo, com duas taças para cada bebum (rs). Ou três vinhos, três taças... tá, três vinhos duas taças também funciona... (risos).
      O importante é ter duas taças para comparar vinhos dois a dois. Abrir tudo junto permite que todos sejam experimentados e evoluam ao mesmo tempo - não significa que a evolução será igual para todos. Isso daria uma postagem inteira... O mais errado é deixar para abrir uma garrafa por último, abri-la e verter na taça. Não dá para o vinho respirar...
      Deliza tem alguns bons rótulos. Procure, no contra rótulo, pelo importador. Os vinhos da Beal - ou Empório Festival, mais recentmente "Lovino" - possuem boa relação custo-benefício. Já Adega Alentejana não tanto. Veja nas postagem passadas como faz para conferir o preço do vinho lá fora. Muito embora você, como neófito (risos!) não precise se preocupar com isso tão cedo. Adquira litragem, no padrão que está acostumado. Deixe para refinar dentro de um tempo.
      []s,
      Carlos

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    4. Desculpe Sr. Carlos em relação à minha pergunta. É que no seu comentário acima estava "garrafa de capa" e eu não entendi.
      Tenho dois amigos que também gostam de vinho e vou convidar eles para fazer o que o Sr. indicou. Um dia escrevo sobre os nossos encontros.
      Abraços, Leonardo.

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    5. É, ficou sem sentido mesmo... lamento.
      Mas bem, agora que está claro, boa prova para sua confraria. Se precisarem de ajuda com algum Barolo ou Brunello, não hesitem em me chamar... 😏

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    6. Sr. Carlos, infelizmente esses vinhos não são para meu poder aquisitivo. Quem sabe um dia poderei aprecia-los.
      Abraços, Leonardo

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    7. Mas quando puder... me chame...
      😂😂😂

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    8. Não vai na dele, Leonardo! Ele está com a adega cheia de Brunellos e Barolos. Muitos deles cozidos, mas tem um monte. Ele que tem que levar para você beber. E ainda pagar a conta no Vitório, que tem aquela abobrinha chips maravilhosa.
      Abs,
      Flavio

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    9. Olha a oposição invejosa...

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