Sunday, October 4, 2020

Sundawg Ridge 2009: continua um bom Pinot

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 Introito

   Outro dia (sic, duas postagens atrás) falei de um vinho que aparentemente mudou de nome. Agora um desapareceu...  Vinhos desaparecem quando são muito ruins. O leitor lembra-se de algum que tenha desaparecido? Dê um googada, de acordo com os nomes que se lembra. Se encontrar algum que desapareceu, principalmente por ruindade, me avise, por favor. 

James MacPhail

   James MacPhail é considerado um especialista em Pinot Noir em terras Além-Borgonhesas (sic). A certa altura da vida, estava no comando da produção da linha Sequana, baseada em Russian River. O endereço www.sequanavineyards.com não exibe mais a página, e no Twitter a página da empresa foi inaugurada em abril de 2011, tendo a última postagem em agosto de 2012. Vida curta...

   Sequana foi comprada pelo produtor Hess, que descontinuou a marca. Os vinhedos hoje provavelmente produzem vinhos de outro rótulo. MacPhail  seguiu seu caminho. A WineSpectator noticiou o fato.

Sundawg Ridge 2009

   Sundawg Ridge Pinot Noir 2009 foi uma das últimas safras produzidas por MacPhail (a venda concretizou-se en 2011). Comprei ali por 2011, 2012, e a linha Sequana foi lançada por aqui um pouco depois. O noticiário local reportou degustação em 2013. Em 2012, com dóla a cerca de R$ 2,20, paguei USD 45, cerca de 100 real (sic). O vinho chegou aqui em 2013 a mórbidos R$ 360,55. Poderiam ter deixado por R$ 360,00, não concordam?



   Por umas e outras, já comprovei a longevidade de bons vinhos norte-americanos. Experimentei uma garrafa logo depois de ter comprado. Flavitxo Vinhobão deu testemunho da qualidade de Sundawg em outubro de 2013. Vale ler a postagem, é bem completa, fala da origem do nome, do vinhedo, e de como Sundawg não fez feio quando colocado na mesa junto de um Mazis-Chambertin 1997 de um de meus produtores preferidos (pela faixa de preço, 'fora', claro!), Dominique Laurent. Voltando a Sundawg... passados 7 anos, tive a graça de nova experiência. Arredondou. A fruta vermelha está bem viva. Tem mais coisa misturada lá (rs). Talvez o alcaçuz referida pelo Flávio em 2013... parece que desponta um café também, bem discreto. O álcool, 13,9%, não aparece. A madeira está contida. Se valer o preço que paguei, volto a falar de felicidade engarrafada. Por 50 dóla (preço atual), para um vinho ianque, é boa compra. Combinou bem com um bifão (novamente, filé ao molho gorgo. Será o cardápio do final de semana; estou aprendendo a cozinhar... rs. Desta vez o molho gorgo ficou melhor, o gorgo apareceu mais: mais gorgo, menos creme de leite...). Tem boa presença na boca. Bebido só, parece leve. Mas casou bem com o bifão, para mim, prova de boa estrutura. Seria a boa acidez realizando seu trabalho sutil mas tão necessário? O final é bem marcado, retrogosto muito bom. Outubro promete...

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