Sunday, May 22, 2022

A culpa é minha, coloco em quem eu quiser

Introito

A culpa é minha, coloco em quem eu quiser.

   Nando Moura é um músico com canal no Youtube que acabou envolvendo-se em política e outros assuntos - mas atualmente anda mais focado em política. Tem 3 milhões de seguidores e vídeo-postagens que chegam a 100 mil visualizações em 24 horas. Não é pouca coisa. Para promover seu curso online Mestres do Capitalismo fez uma propaganda estrelada por ele mesmo como contraponto ilustrativo à corrente oposta, o Mestres do Çossialismo (sic), espinafrando os esquerdopatas que acreditam ser lulalelé algo (sic) digno de atenção, importância ou crédito. O vídeo é muito engraçado, embora perca-se um pouco em variações do mesmo tema por ser algo longo (12:30 min), mas recomendo a primeira metade. 

   Sobre a última postagem, o Jairo da Vinho e Ponto contribui com uma notícia para aprofundarmos a reflexão sobre a situação da camada mais baixa de nossa população:

Consumidor deixa de pagar conta de luz para comprar alimentos
Por Márcia De Chiara, para o Terra.
Em fevereiro passado, Viviane da Silva Rocha, de 36 anos, mãe de um menino de 6 e há quatro meses desempregada, teve de fazer uma escolha: ou pagava a conta de luz - que subiu repentinamente de R$ 80 para R$ 300 - ou fazia as compras de alimentos no supermercado. "A minha opção foi comer", disse.
Fonte completa aqui.

   A culpa não é inteiramente do bolsonésio; só uns 80%. O desastre começou com lalelelé, e foi piorado pela estúpida da Dilma - já já ela também voltará à cena para pedir seu voto. Vejamos quem serão os estúpidos. Resumidamente, lulalelé cometeu a troca da nossa externa, em dóla e com juros de 1,25% ao ano, por uma dúvida interna com juros a 25% ao ano. Ainda, como já comentado, em seu primeiro ano de governo pagou aos bancos 145 bilhões de Reais em juros e destinou 1.8 bilhão a programas sociais. E dizem-no Pai dos Pobres. É mesmo! Nunca a pátria pariu tantos! Seu modelo econômico baseou-se no consumo enquanto surfava no aumento de valor das commodities, e ao final apenas aprontou a cama para a sucessora. Como ela nada tinha de esperta, seguiu-se a tempestade perfeita. Isso não sintetiza bem o conjunto da obra, mas dá um esboço da estória toda. Paremos por aqui.

Encontro Vinho e Turismo na Vinho e Ponto

Na semana passada realizamos o encontro mensal do grupo Vinho e Turismo. A ideia era degustar duas safras do mesmo vinho. O escolhido foi o Floral de Lisboa, em suas safras 2015 e 2018. É produzido pela Casa Santos Lima, situada a 45 km ao norte de Lisboa, pertencendo a essa região vitivinícola; produz uma extensa gama de vinhos, dos quais a V&P representa o bom Colossal e o mais simples Cabra Cega. Lembro de ter experimentado há muito tempo o Azulejo e o Quinta de Bons Ventos, que já foram comercializados aqui em S. Carlos por outras lojas. Eram simples, mas à época não bebia nada diferente de chinelos chilenos, de modo que lembro de ter gostado. Floral de Lisboa é um corte Touriga Nacional, Syrah e Castelão. A primeira é sempre majoritária, mas a proporção das outras duas varia de acordo com a safra. 

Florais de Lisboa apresentaram-se com bastante fruta, corpo leve a médio, assim como sua acidez. Não consegui separar alguma fruta, mas as confrades opinaram em peso e houve quem acertasse na mosca. Não tem muita persistência e o final é curto, bem típico de vinho para o dia-a-dia. Tem taninos médios, acho que alguém comentou sobre um pouco de álcool numa das garrafas, e fiquei em dúvida se são vinhos para envelhecer mais. Acho que não. Bem, a missão era acertar a safra a partir das informações das fichas técnicas, que exibiam características olfativas diferentes. Quase todo mundo - senão todo mundo mesmo! - acertou. Desprovido de olfato à altura dos demais, este Enochato foi por outra direção. Ora, a composição de Floral de Lisboa passa pela Syrah, uva conhecida pela cor intensa. Bastou prestar atenção para descobrir qual taça estava mais escura... e ficamos assim: enquanto todos os demais cumpriram a missão com graça e esforço, este Enochato pegou o atalho mais rápido e acabou ganhando - como todos os que acertaram - o livro eletrônico Viajando com Edu - Portugal, do Eduardo, nosso palestrante e proprietário da empresa Caminhos do Turismo.
   A experiência teve seu mérito, embora as safras fossem algo próximas. Melhor experiência seria escolher safras mais separadas no tempo e em boas condições de prova, o que sugeriria vinhos de maior guarda para que o mais novo já tivesse alcançado uma boa evolução. Às vezes encontrar duas garrafas assim é mais complicado...
   Esta postagem, que começou a ser escrita ontem, foi tocada a um MOB Lote 3, degustado pela primeira vez em maio de 2021. Ainda ficará um tantinho para amanhã, quando colocarei a impressão dele na frente de outros vinhos degustados recentemente.
   Obrigado pela leitura!

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