Sunday, July 10, 2022

A novas marvadezas do Renê

Introito

O Governo Federal prepara-se para tacar a mão em mais 3 bilhas do orçamento da pesquisa. A fonte é a Academia Brasileira de Ciências. Um presidente cujo nome do meio não fosse Estúpido desceria a mão na cara do pai dessa ideia cretina. 😔 Não, parece que o pai é ele mesmo... Reformando: um Ministro da economia cujo nome do meio não fosse Idiota desceria a mão na cara do pai de tal ideia imbecil. 😣 Não, parece que nosso Ministro é a mãe da ideia. Nunca desejei que uma criança caísse de cara no chão logo ao nascer. Agora desejo.

As novas marvadezas do Renê

As marvadezas do Renê vêm de longe, e sempre crescem. Alguma proposta dele pode até não ter saído como esperado - afinal, a troco de quê arriscamos? - mas seus alertas causam apreensão. Explico: gosto de comprar uma briga; dou uma boiada por qualquer uma (😱) apenas pelo prazer da argumentação. Daí o desafio soou à provocação e desci para a adega onde parei a pensar. Esta,  e subi avisar o Ghidelli. Na quarta-feira a reunião aconteceu no Barone. Em 'u' pela esquerda, Ghidelli, Renê, Akira e este Enocato. Tentei aplicar um filtro embelezador em mim mesmo, e além de não produzir efeito algum, deixou-me mais gordo... filtros, nunca mais...

Início descompromissado: prenúncio de um final igualmente descompromissado...

O vinho do Renê estava preparado para serviço às cegas, ainda arrolhado. Não tive o mesmo cuidado com o meu; a ideia era chegar arrepiando 😂. Ninguém reparou nele... 🙄 e sedentos que estávamos, começamos por ele mesmo. O Akira pronunciou-se logo, com as orelhas em riste: - Mesmo aberto agora, tem nariz muito bom. Esse vinho está em seu melhor momento... Eu sabia, pois experimentara dele havia um ano, e estava ótimo. Pela cara do Akira, tive certeza de que enfrentaria tranquilamente o que o Renê jogasse para cima de mim - ele tem queda por Sul-americanos. Em frente, marche! Boa fruta, algo herbáceo, chocolate/fumo - acho que o Akira ainda falou 'violetas' - nunca consegui pegar isso! Boca com boa acidez, taninos bem amaciados, álcool sem aparecer, madeira discreta. Ferraton Crozes-Ermitage Le Grand Courtil 2009 mostrou as armas e ainda brindou-nos com boa persistência e final agradável. Não é longo, mas é marcado. Paguei menos de R$ 300,00 na Enoeventos, mas infelizmente mudou de casa, e seu preço anda um pouco alto. Se lembro-me bem, seria um vinho de USD 50,00 lá fora. Antes do clímax fomos para o branquinho nojento do Ghidelli, então aberto e resfriado: muito cítrico - lichia (disseram, e também não consigo identificar algo assim!), pêssego ou pera, sempre confundo, e limão. Boca muito agradável com mineralidade presente e ótima acidez, além da madeira entrosada ao conjunto da obra. Falcoaria Vinhas Velhas 2016, com seu bom final e persistência, já foi postado aqui diversas vezes e é um bom vinho para amantes desse estilo 'branco amadeirado'. Infelizmente só está disponível no Verdemar de Minas - desde que acabei com os estoques de S. Carlos e de Araraquara. Pelos R$ 99,00 pagos, é um preção. 

Então chegou terceiro. Cafunguei. Cafunguei e cafunguei... O buquê pareceu bom, mas não marcante. Senti que talvez ele quisesse sair, mas não saía... baunilha sem duvida, e fruta, para mim algo discreto. O Akira achou baunilha em excesso, muito pronunciada. Pronunciado não é marcante, note bem! Abordagens diferentes da mesma propriedade. Passa longe daquilo que menciono como 'tridimensional'. Boca com um arremedo da elegância dos bons bordaleses e similares (refiro-me aos cortes onde impera a Cabernet Sauvignon). Boca também frutada, com travo doce, taninos muito leves e quase sem acidez. Não deixou saudades nem lembrança no final; passou feito um escorregador pela garganta. Ainda assim, tem a virtude de fugir dos travos dulcíssimos, desbalanceados e enjoativos do que costumamos ver por aí - e que levou-me a parar de comprar vinhos Sul-americanos. Na consideração do Akira - que não bebeu - a receita baunilha, travo doce e baixo tanino/acidez remete ao paladar infantil, fácil de beber e de gostar. O Akira ainda comentou que o buquê podia ser de vinho chipado - não envelhecido em barrica. Os chips, lascas de madeira mergulhadas nos tonéis de inox, conferem leve caráter de madeira ao vinho, e não devemos encarar isso necessariamente como um defeito ou economia! Pode sim ser uma proposta. As cepas - quaisquer umas! - expressam na América do Sul características diferentes daquelas da Europa materna. Novas abordagens devem ser respeitadas. Mas ao fim achei o vinho um pouco decepcionante pela aura - e preço! e notas(!) que ganhou. O Ghidelli acompanhou meu voto (sic! rs!), ponderando que ele ofereceu muito pouco pelo valor. Comentei que não notava a picância da Cabernet Franc como a percebo nos Loire - não conheço bem sua proeminência nos Bordeaux -, e por uma exclusão bem simplista - o máximo que posso propor em uma discussão - optei por Malbec. Claro, era um Cabernet Franc... 🤨 Gran Enemigo Gualtallary  2017 é um single vineyard - feito de um único vinhedo - onde cultiva-se ambas as variedades de seu corte 85% Cabernet Franc e 15% Malbec. Recebeu notas do tipo 98+ em várias safras, com as quais não consigo concordar nem um pouco. Também recebeu boas 'pauladas' (90/91) com as quais tendo a concordar. É um vinho de cerca de R$ 300,00/USD 60,00 na Argentina e USD 90,00 nos EUA (vide abaixo), o que sempre evoca a pergunta, saiu (da Argentina) por quanto?! Aqui custa a bagatela de R$ 800tão, o que também levanta a questão: Mercosul onde? Só se for no meio da taça da mãe de alguém que, lucrando muito, acha graça de tudo. Certo, está por R$ 360,00 em loja concorrente, mas não posso deixar de expressar uma surpresa infinita quando o 'importador oficial' da marca apresenta-nos um produto com tamanha disparidade de preço.

Os pés pelas mãos, Vigil?!

Alexandre Vigil ganhou a alcunha de enfant terrible quando apresentou ao mundo sua linha El Enemigo. Mal tinha 30 anos, e recém passara a comandar a produção dos vinhos topo de linha da Catena Zapata. Dois mestrados nas costas, competente, é inegável que saiba o rumo pretendido para suas crias: Creio que o desafio nas próximas décadas será comunicar como a Malbec (e a Cabernet Franc, claro!) se identifica com cada zona... Estamos falando de um trabalho de muitos nos, mas que deve ser feito. A fonte é a revista diVino, ed. 18, ano 3, julho de 2011. É claro que ele sabe o que está fazendo, e qual a meta pretendida. O problema é o resultado insatisfatório apresentado no momento para tal ambição. E não é o único ponto. Como apontou a confrade Liane certa feita, por que eu é que tenho que pagar desde já para a consolidação desse projeto? Porque USD 60,0 é preço de vinhão, não duvidem! Claro, quem faz o preço (sic) do produto não é o Vigil. Voltando: chegar a 40% de qualquer resultado é estupidamente fácil; chegar a 60% é ridiculamente fácil; chegar a 80% é bastante fácil, e chegar a 90% é apenas fácil... o problema é chegar os 99%, aí vou querer ver se tem macho! (rs!) Talvez nem seja ele quem o faça - como latino-americano que sou, até torço para que sim! - e é inegável que o pontapé pode estar dado. Mas não estas primeiras safras de El Enemigo... E, Vigil, aceitar essa ovação toda tem um toque de quem está deixando-se levar por algo que nada ou pouco tem a ver com mérito. Isso preocupa.









18 comments:

  1. Com todo o respeito, a sua descrição do Gran Enemigo Gualtallary é uma ofensa ao Ale e totalmente incongruente com aquelas de vários especialistas. Não entrarei na questão das notas, que é controversa, e sim, nas impressões. Acidez quase inexistente e baixos taninos? Todos citam boa acidez e taninos presentes, características da Cabernet Franc e Malbec, respectivamente. Eles também destacam a picância da Cabernet Franc, característica não só daquela do Loire, mas também, da bordalesa.
    Eu bebi este vinho mais que uma vez, desta mesma safra, e posso atestar o seu bom frescor e ótimos taninos. A desconfiança de uso de chips de madeira é uma ofensa aos produtores, muito sérios e competentes. Só posso suspeitar da procedência da garrafa que vocês beberam. Tomem cuidado com este aspecto, que pode comprometer a análise.
    Saudações,
    Tarcísio

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    1. Olá, Tarcísio, obrigado pela leitura.

      Por favor, esqueça com todo respeito e outros comentários desse tipo. Aqui trocamos ideias, e ponto.
      Apenas tome cuidado para não sentir-se ofendido no lugar do enólogo. Nossa opinião vem de de gente que conhece o mínimo de vinho e não deve ser desprezada. Aliás, o colega não entra na questão das notas, mas quer entrar na questão das nossas opiniões? Não entendi porque poupar uns e não poupar outros... E veja: como dito, várias avaliações foram discordantes das notas estratosféricas que ele recebeu.

      Bebi desse vinho só uma vez. Frescor? Tem. Ótimos taninos? Não. Como apontado, ele tem qualidades. Que não decolam. A garrafa foi comprada na Argentina. Então, quando foi suspeitar, aproveite também para desconfiar da garrafa - garrafas são exemplares únicos; ainda que um certo vinho possa vir de apenas uma barrica, pode haver variações.

      Novamente, cuidado por não ficar ofendido no lugar das pessoas, agora no lugar dos produtores. Foi bem enfatizada minha opinião sobre chipagem: não devemos encarar isso necessariamente como um defeito ou economia! Pode sim ser uma proposta. Aliás, valendo sua opinião de que todos citam boa acidez e taninos, sinta-se à vontade de recorrer aos todos (em outras palavras, às suas fontes) e indique-me por favor onde está escrito que chipar vinho é ruim, irregular, antiético, prejudicial ao produto ou qualquer outro aspecto negativo que possa ser destacado. Uma referência assim pode ser dúvida engrandecer a conversa.

      obrigado!
      Oeno

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  2. Obrigado pela resposta Carlos.
    Em relação à ela, devo deixar claro que não fiquei ofendido pelo produtor. Até poderia, pois conheço ambos pessoalmente, há anos. No entanto, o fato de eu dizer que o que você escreveu é ofensivo, refiro-me a eles, não a mim. Você é livre para ofender quem você quiser. Obviamente, estará ofendendo Alejandro Vigil se disser que os vinhos dele parecem ter sido tratados com chips de madeira, em vez de maturarem em barricas de excelente qualidade, que eu mesmo já vi em várias visitas que fiz à vinícola. Usar chips não é ilegal, mas não é uma prática que produtores de primeira linha adotam, nem mesmo em vinhos mais simples. A diferença entre usar chips e maturar em barricas, para quem entende um pouco de vinhos, é muito grande e acho que não preciso te explicar, pois você mesmo que você e seus amigos entendem ‘o mínimo sobre vinhos’.
    Quanto às notas e opiniões de especialistas, obviamente, confiarei muito mais nas deles que nas de vocês, pois seria idiotice dizer que vocês entendem mais de vinhos que eles. Vocês, como eu, são amadores, simples bebedores. Veja um trecho da Wine Advocate sobre o vinho que beberam:
    ‘On the contrary, it's austere and has citrus acidity, with great freshness and minerality. The palate is super austere with vibrant acidity—by far the highest among the Gran Enemigo bottlings—and very fine, chalky tannins’

    Da Wine Enthusiast:

    ‘The aromatic nose shows notes of cumin, green bell pepper and red fruit. Medium- to full-bodied, the palate features chalky tannins and lively acidity, structuring the juicy cherry and red plum flavors.’

    E tem outras, mas não me estenderei. Está claro que eles detectaram aquilo que vocês não detectaram.
    É claro que cada garrafa é única. Mas você então deveria levar isso em consideração, dizendo que o parecer de vocês é sobre esta única garrafa. Você dizer que ela foi comprada na Argentina não altera em nada. Ou você acha que as falsificações são feitas no Brasil? Mas se você comprou na vinícola, as coisas mudam.
    Saudações,
    Tarcisio

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    1. Tarcisio, grato pela longa mensagem.
      Lamento não tê-la respondido ontem ao publicá-la, estava recebendo confrade que viajará ao Canadá para um bota-fora. Não poderei responder agora - farei! -, mas fiquei de cabelos em pé ao saber que a falsificação é feita na própria Argentina. A sra. N, confrade que viaja e já foi diversas vezes ao vizinho, também tem uma garrafa comprada no comércio local lá no sul do país, um lugar que tem uma zona franca (esqueço o nome). Mas aos pontos que gostaria de perguntar:
      * Há quanto tempo essas falsificações são feitas?
      * Basta ler o blog, não compro vinhos sul-americanos - embora jamais me negue a experimentá-los. Então, onde o consumidor de boa fé pode comprar um vinho 'legítimo'?
      Obrigado!

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  3. Carlos, as falsificações são antigas, mas se intensificaram durante a pandemia.
    Na Argentina, vinhos legítimos são encontrados nas vinícolas e boas lojas. Na divisa, há shoppings e dutty frees, nos dois lados da fronteira, nos quais se pode confiar. E obviamente, nos importadores. São mais caros? Sim, mas garantidos, inclusive no quesito acondicionamento. Você não imagina como transportam esses vinhos vendidos para todo lado. O problema é que há uma chuva de vinhos em diferentes mídias sociais a preços muito baixos. A turma se vangloria de comprar Gran Enemigo por cerca de 200 R$ ou até menos, mas não sabe o que está bebendo. Eu te garanto que o Gran Enemigo, bebido na vinícola, é um vinho impecável. E é ele que os provadores internacionais bebem.
    Saudações,
    Tarcísio

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    1. Obrigado por mais esta contribuição. Devendo comentários, mas viajei segunda-feira. Já já retorno.

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    2. Muito a discutir, vou apresentar algumas ideias separadas. 
      1. Estava bebericando um Vall Llach 2000 quando escrevi minha nota escondido e perguntei para um confrade sobre sua avaliação. Ambos cravamos 93, para um vinho 96 RP e 95 WE. Está aqui: https://oenochato.blogspot.com/2020/05/quando-o-vinho-e-babel.html. Claro, duas notas 93 foram apenas coincidência. Mas uma nota 92 e outra 94 ainda mostraria uma 'média' com grande discordância para com as notas dos profissionais, embora com boa concordância entre os bebedores. Nossas confrarias são sim constituídas de amadores e a diferença entre nós e eles é clara: não estamos à venda... Não bastasse, minha discordância com eles vem de longe, vide https://oenochato.blogspot.com/2012/07/o-xabec-2008-no-contexto-dos-espanhois.html. Assim, qualquer leitor pode escolher fiar-se entre nós amadores e os profissionais. Particularmente, sou mais eu. Tenho um conjunto da obra intelectualmente honesto atrás de mim como baliza; basta trilhar as páginas.

      2. O preço relativamente alto de barris de qualidade levou a indústria a desenvolver meios mais econômicos de obter a influência do carvalho no vinho... bolsas de nylon com lascas de carvalho que são maceradas nas cubas de amadurecimento como saquinhos de chá.Fonte: Vinhos do Mundo Todo, Jorge Zahar Editor, 2006, p. 159.Batendo no mesmo ponto: a literatura - nem ninguém - condena o uso de chips. Amplamente condenável é o uso de chips para vinhos vendidos como Reservas e Grans Reservas, mas aí a estória é muito outra. Portanto, não há que ficar ofendidinho se comento que um vinho parece ter sido tratado assim. Não é problema meu, mas se o próprio Vigil diz que o projeto está no começo, pergunto: há sentido em usar caras barricas num vinho que só ficará bom - dentro do próprio projeto dele! - daqui 50 anos? É uma pergunta acadêmica, e não para debater.

      3. É verdade que os profissionais detectam coisas que eu não consigo. Sou um pobre deficiente nasal, está escrito na fachada do blog. Tenho dificuldade em entender se o vinho expressa chocolate/café/couro, aparece diversas vezes em meus comentários - a menos de vinhos muito bons ou excelentes, quando essas características ficam de fato muito marcadas. Mas se for colocar os profissionais junto dos meus parças achando que eles serão superados por larga margem, aí darei muita risada. Mande vir! (sic! rs!) Sei do que falo, sei quem são meus confrades; suas capacidades estão descritas nas postagens e... como é mesmo? Ponho a cara no fogo por eles. Certo, sr. Tarcísio?

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    3. continuação:
      Agora vamos entrar em um ponto importantíssimo comentado pelo debatedor.

      Bebo de uma garrafa e analiso o que bebi. Existem falsificações dele? E são antigas?! Pow, e o produtor nunca mexeu seu bundão gordo para combatê-la? É um claro desrespeito aos consumidores da marca! Não bolou um lacre holográfico para proteger seu produto? Falamos talvez de milhares de garrafas falsificadas por safra, com a confiabilidade de um nome sendo corroída ano após ano?! Por muito menos (seriam duas garrafas?!) o Ponsot pegou um avião da França para os EUA para averiguar o que se passava, conforme vemos em Sour Grapes. Ele tinha um nome a zelar! E passa longe de produzir milhões de garrafas por ano! Então esses bostas da Catena sabem da falsificação, nada fazem para combatê-la e querem ficar ofendidinhos porque eu acho que podem ter produzido seu vinho com chips? É isso? Depois você me dá seu telefone, eu ligo e digo onde eles podem ficar ofendidinhos.

      Ademais, o debatedor defende que eu precise ir na vinícola para ter segurança em beber por USD 60,00 um vinho Sul-americano, origem que de maneira geral professo não ter qualidades comparáveis aos europeus? Ou pagar aqui 800tão (mais de 3x!) por um vinho 'mercosul'? Nope! Estão considerando esse produtor gostoso demais, e alguém precisa dizer-lhe que ele não é! Pare de idolatrá-lo e caia na real: ele faz vinho Sul-americano, e caro. 

      Parece que temos outra garrafa entre os confrades, e estamos decididos a prová-la no próximo mês, com a volta de sua proprietária do exterior. Qualquer resultado será reportado com a honestidade de sempre. 
      Obrigado pela leitura. Senso crítico sobre essa turma de Sul-americanos. Alguém disse uma vez que o melhor negócio do mundo é comprar um argentino (vinho ou pessoa, tanto faz) pelo preço que vale, e vender pelo preço que ele acha que vale. Por tudo exposto aqui, não posso deixar de concordar.

      Oeno

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  4. Ora, ora, ora. Quer dizer que agora, o paladino do consumidor, crítico feroz de importadoras e lojistas que pagam impostos e geram empregos, está bebendo vinho de origem duvidosa?

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    1. Não sei de onde o utente tirou isso.
      Quer dizer que o comentário de terceiro, ao levantar a hipótese de que a garrafa trazida por outra pessoa e degustada por mim seja de origem duvidosa - mesmo quando ela foi comprada de boa fé no mercado argentino! - significa que apoio o comércio de vinhos falsos? Nada mais ridículo - apenas não surpreende esse raciocínio torno.

      Aliás, sendo a hipótese da falsificação verdadeira - e não vinho fraco mesmo! - sou tão vítima quando o comprador da garrafa. Que dúvida resta?

      Só mesmo um debiloide para pretender uma linha de raciocínio assim.

      Enoabraços,
      Oenochato

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  5. Duvido que comprou na argentina. Deve ter comprado daqueles caras que atravessam a triplice fronteira com celtinha. Foi querer economizar e se deu mal.

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    1. Então, é assim: de tanto mancomunar-se com bandidos, nosso detrator (como se tivesse potência para tal 🤣) passa a crer que todos sejam bandidos também!

      Vá com a sua turma, e deixe as pessoas de bem no canto delas.

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  6. Boa tarde Carlos,
    Eu só bebi os El Enemigo, da linha básica. Onde encontro este Gran Enemigo a bom preço?
    Abraço
    Gustavo

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    1. Olá, obrigado pela leitura.
      Como você pode ver pela postagem, a loja Los Hermanos o tem em preço razoável. Contudo, pela polêmica das discussões, fica impossível dizer se estamos falando de falsificação ou não - independente da loja; todos podem comprar de boa fé um produto falsificado, hoje em dia. Minha sugestão é: procure vinhos europeus. São indubitavelmente melhores e o risco de falsificação é muito menor. Acostume-se a esse estilo, muitas vezes com mais acidez. São vinhos 'de verdade'.
      []s.

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  7. Obrigado Carlos. Desculpe, eu não havia visto a figura na postagem. Eu vi umas ofertas no mercado livre e em umas listas que recebo no zap. Tem um cara de São Paulo que vende por 235. Mas tem o frete até Araraquara. Se pegar 3 garrafas é frete grátis. Acho que viu rachar com uns amigos e pegar com ele.
    Eu gosto de vinho europeu, mas também são caros.
    Abraços
    Gustavo

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    1. Oi, Gustavo. Teje frio (rs).
      Olha... o Renê pagou mais do que isso na Argentina. Aí é pra desconfiar...
      Claro, os europeus também são caros. Vc sabe o que é um Cru Bourgeois do Médoc? Tem em algum lugar de blog (rs!). https://www.crus-bourgeois.com/en/ Se bobear, alguns bons dão uma carraspana em qualquer sul-americano. Enoeventos comprou (e já estão no fim!) alguns, https://www.lojaenoeventos.com.br/produtos?pesquisa=cru%20bo (comprei mas não experimentei ainda).

      Ainda, recebeu recentemente os Argiolas, com ênfase no Korem (também no fim!), https://www.lojaenoeventos.com.br/produtos?pesquisa=argiolas
      Safra 18, mas já comentei a 15 aqui. Acho que leva qualquer sul-americano no peito.

      Se tentar o sul-americano, e decidir pegar algum desses europeus para comparar, me avise depois que achou...

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  8. Marvado mesmo este seu amigo Renê hein? Ele sempre apronta com você? Tem que vingar dele um dia. hahahaha

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    1. 😆
      Mas leia a postagem sobre o Estiba Reservada 2003...
      obrigado!

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