Saturday, August 26, 2023

Uma vez Paduca... sempre Paduca...

Introito

Na última postagem comentei, textualmente, acerca do NAP: Ele deve estar preocupado com assuntos realmente importantes (sic!), como a lei, a ordem e a democracia. Aliás, suas inquietações  nesse ponto são relativamente antigas, portanto justificadas. Vejamos (novamente, o vídeo, disponível no Youtube, pertence a seu criador e é reproduzido aqui para discussão):


Destaco sua fala: Eu espero que a Polícia Militar tenha a responsabilidade de entrar naquela casa, pegar esse canalha e dá um corretivo nele... (sic).

   Não entendo de Direito, então arriscarei meter o louco, como diz atualmente: Ele sugere três inconstitucionalidades em uma só frase: 1. A polícia adentrar uma casa sem mandato e sem motivo razoável; 2. A própria polícia julgar e condenar (sem possibilidade de defesa ou recurso!). 3. A própria polícia aplicar a pena. O cidadão que reclamava ainda levou um xingamento de graça; e se ele estivesse protestando apenas pelo barulho? Poderia ser um comício de qualquer partido; ele apenas não o queria na porta de casa. Bem, aí está a índole do NAP quando algo não o agrada. Ao final, uma desinformada ainda completa: Em quinhentos e poucos anos de história do Brasil ele foi o primeiro presidente que olhou para os pobres... Puxarei esse gancho; já comentei anteriormente, em seu primeiro ano de governo NAP destinou ao Bolsa Família algo como 2 bilhões, enquanto os bancos levaram uma bola de 90+ bilhões. Encontrei outro gráfico, veja:
  Somando toda a gestão de NAP, o dinheiro investido nos desfavorecidos foi algo como 65 bilhões. Uma bela quantia...
...só que não... o lucro dos bancos foi três vezes maior... O leitor deve estar escandalizado. Ele não sabe disso: 

Reproduzo o trecho em destaque: ...a se confirmarem as previsões do Tesouro Nacional de que a dívida interna federal pode fechar 2010 em até R$ 1,73 trilhão, ..., um débito quase duas vezes maior do que o que (NAP) recebeu. A reportagem é do Correio Braziliense e está aqui. Ou seja: ao internalizar uma dívida externa em dólas, pela qual se pagava juros de 1,5% ao ano, para empréstimos locais a cerca de 20% ao ano em Reais, os bancos tornaram-se credores de outros 893 bilhões! Note, isso não é lucro, é dinheiro a receber mas... um dia será lucro! Enquanto isso não acontece, o credor deixa no juros sobre juros, e atualmente nossa dívida é de...

6 trilhões de Reais! A fonte é oficial, pois é da EBC. Venho comentando sobre o fato de estarmos pobres. Coloque mais esse débito na conta. Depois não reclame de ter que andar nu para cima e para baixo.

Uma vez Paduca... sempre Paduca...

Paduca reuniu-se mais um vez, e sobrou para este Enochato fazer o serviço dos vinhos às cegas. Como o Fernando chegou atrasado, com um branco, e à temperatura ambiente, o vinho dele ficou para a próxima. Sem o Paulão saber, servi o vinho dele em primeiro. Seu Chianti Santonino 2020, comprado junto à Evino, é corte de Canaiolo, Ciliegiolo e Sangiovese. Tem fruta discreta e não peguei mais complexidade; taninos ligeiros, apenas 12% de álcool, acidez baixa, rápido na boca; custou R$ 56,00. Não encontrei dele uma única citação sem seu país de origem. Pela informação do rótulo cheguei ao sítio da Castellani Spa, mas não encontrei o rótulo por lá. Creio não ter errado, pois o endereço bate, tanto no contrarrótulo como na página eletrônica. O que encontrei desse produtor foi o malfadado Fattoria di Travalda, vítima da propaganda-tubarona mais desavergonhada que já vi na vida: os discípulos do capiroto ousaram comentar assim: Custaria facilmente mais de 200 reais se fosse importado por outra empresa. O ano era 2015; o valor do Euro, 3,76; o valor do vinho, na oferta, R$ 149,00; o valor do vinho lá fora, 9,50€. O Euro vinha subindo desde o ano anterior - o vinho (safra 2010) seguramente fora comprado bem antes. A margem devia ser simplesmente... gorda balofa. Então demonstrei que seu preço, se trazido por outras importadoras do mercado, custaria entre R$ 58,00 e R$ 75,00 - no teto, a metade da oferta. Está aqui. Siga nos comentários um capirotinho tentando defender a tubarona, e a postagem-resposta feita em seguida. Voltando ao Santonino: é um vinho muito simples, e imagino se custa €2,00. Para a sorte do Paulão, todos temos claro: ele apenas comprou o vinho, não o fez 😂. Sua escolha não foge ao espírito dos bebedores do grupo, de experimentar sem medo. Precisamos introduzir nos associados essa variável (medo) de maneira mais contundente... 🤣😂😅

Depois foi servido o vinho do Duílio, trazido pelo próprio devidamente empacotado e, depois de revelado, com nome muito apropriado. Putos 2021 é um corte Alicante Bouschet, Aragonez e Trincadeira, movido a 14% de árco e nenhuma frexa para impulsionar sua proposta. Cometido no Alentejo - fazem bons vinhos lá, garanto! - Putos segue a linha de Santonino com um pouco mais de riqueza no buquê, acidez 1% maior, taninos discretos, final muito rápido mas ainda com aquele travo ligeiramente doce dos portugueses, embora sem ser tão característico. Perguntado da nacionalidade, chutei - e chutei mesmo - ser português, comentando que um vinho tão simples poderia até ser francês ou espanhol. É um vinho de R$ 50tão. Chegou o Fernando enquanto bebíamos meu escolhido também às cegas. Para ele, não houve dúvida: o terceiro era bem melhor. Chianti Clássico Coli 2016 chega à sua derradeira garrafa. A fruta está lá; o Duílio disse vermelha, e cereja é mesmo uma marca da Sangiovese. Ainda tem algumas garrafas no Savegnago a R$ 85,00. A cor denotava sua idade avançada pela qualidade simples, embora tanino e acidez estejam bons, com final mais marcado. Não pense o leitor que Chiantis são vinhos de vida curta; veja aqui um Chianti 1999 degustado em 2021. Tava um muléqui (sic! rs!), bom corpo, taninos e acidez espetaculares, poderia até ser guardado mais tempo. É a diferença entre um Chiantão de 50,00€ e um Chiantinho de 2,00€. Não que ambos não possam existir no mercado. Não renego este último, mas ele é bem simples. E, pela simplicidade dos vinhos, não fui atrás dos preços com maior afinco. Melhor assim.

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